Empresas enfrentam barra mais alta para IPO em 2024

Empresas enfrentam barra mais alta para IPO em 2024

O Informe IPO é uma curadoria quinzenal do time Deals and Finance da InPress Porter Novelli, com o resumo das principais notícias e conversas relacionadas a IPOs e follow-ons na B3.

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Perspectivas para IPOs 

O ano de 2024 pode ver de 8 a 25 novas ofertas na B3, segundo fontes consultadas pelo E-Investidor. A esperada queda dos juros no Brasil e nos EUA neste ano seria a principal razão para o otimismo, além do controle inflacionário, contribuindo para um melhor ambiente de mercado. 

A matéria pondera que os investidores precisam ter cautela e evitar um potencial “mau negócio” ao investir em IPOs. E citando fontes, coloca o início da nova “safra” de IPOs somente no segundo semestre.

Realmente, após o adiamento de IPO da Oceânica, “ao que tudo indica, ainda será preciso esperar mais um pouco”, conforme matéria do InvestNews. Das “cerca de 20 possíveis candidatas apontadas pelo mercado financeiro neste início de ano, ao menos três já desistiram da operação” de IPOs, pontua a reportagem, citando Grupo Fartura Hortifruti (dono da rede Oba Hortifruti), Oceânica Engenharia e Cimed, que ou cancelaram ou adiaram planos.

Para o diretor financeiro do BTG Pactual, Renato Cohn, há uma série de empresas prontas para IPO, esperando condição melhor de mercado. Ele enxerga possíveis aberturas de capital já no segundo trimestre. [E-investidor

Apesar disso, juntando com follow-ons, segundo relatório do Bank of America citado pela Abrasca, as emissões no Brasil devem superar R$ 100 bilhões nos próximos 18 meses. Outra pesquisa, da EY, aponta que 40% dos CEOs globais avaliam fazer IPOs, desinvestimentos e spin-offs em 2024.


Regulação 

O orçamento da CVM para 2024 será ao menos 30% maior que no ano anterior, afirmou o secretário de reformas econômicas do Ministério da Fazenda, Marcos Pinto, durante cerimônia de apresentação dos novos diretores da autarquia, Daniel Maeda e Marina Copola. [Valor Investe]

“São profissionais extremamente competentes, experientes em questões diversas relacionadas à regulação do mercado de capitais e com indiscutível qualidade técnica”, disse o presidente da CVM, João Pedro Nascimento. Os três destacaram a relevância da tecnologia na agenda executiva da autarquia. [Abrasca]

*

A CVM recebe até 7 de março contribuições para alterar as regras para ofertas públicas de aquisição de ações (OPAs). “Realizadas em situações delicadas que envolvem mudanças na estrutura societária de uma companhia, as OPAs sempre foram um tema sensível para os acionistas minoritários”, explica a Capital Aberto. A publicação identificou divergências entre minoritários, institucionais e advogados, em pontos polêmicos como dispensa de laudo de avaliação e quórum diferenciado para cancelamento de registro.


IPO de brasileiras nos EUA 

Com a “barra mais alta para IPO de brasileiras nos EUA”, companhias nacionais que quiserem abrir capital em Nova York precisariam ter operação maior e já alguma presença internacional para dar certo. A afirmação é de Felipe Argalji, da Crescera Capital, durante evento do UBS BB, segundo o Pipeline.

A matéria também cita as dificuldades enfrentadas pelas brasileiras que já fizeram IPO nos EUA, como Nubank, que acaba de retomar preço de estreia, e Vitru, que acabou migrando para a B3 após abrir capital na Nasdaq e não ver suas ações avançarem de acordo com os indicadores do seu negócio.


Opinião de especialista 

A convite da InPress Porter Novelli, Nair Veras Saldanha  (nair.saldanha@madronafialho.com.br), sócia do escritório Madrona Fialho Advogados e especialista em joint-ventures, fusões e aquisições, vendas de empresas e ofertas públicas globais de ações, falou sobre suas expectativas para IPOs este ano.

“Estou otimista com a volta dos IPOs esse ano. Há muitas operações represadas; estamos vindo de dois anos sem IPO e as condições de mercado vêm melhorando gradativamente com o controle da inflação, a trajetória de queda da Selic, a reforma tributária e a tendência de corte da taxa de juros pelo Federal Reserve. Se esse panorama se mantiver e não ocorrer algo no cenário geopolítico que aumente a aversão a risco do investidor estrangeiro, acredito que a retomada deverá ocorrer de forma mais consistente a partir do segundo semestre de 2024. Não acredito, porém, que haja um volume de operações comparável ao que vimos em 2020 e 2021, pois a projeção é que a Selic encerre 2024 em 9%, segundo o Relatório Focus do Banco Central, o que é ainda uma taxa alta, bem superior aos 2% de 2020 e 2021. Acredito também que o mercado seguirá seletivo, buscando empresas mais consolidadas e de setores mais resilientes, o que favorece, por exemplo, as empresas de saneamento e energia."


Planejadas 

Brex (IPO) - Valor Investe

Elo (IPO) - Coluna do Broadcast

Pacaembu (IPO) - Brazil Journal

Unico (IPO) - Startups


Retomadas 🔄

Cimed (IPO) - Exame


Adiadas 🗓️

Oceânica (IPO) - Valor Econômico


A confirmar 

Automob (IPO) - Valor PRO

Madero (IPO) - Estadão

Mitsui (IPO) - Valor Econômico

MB (IPO) - Reuters


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