Beco sem saída na B3 incentiva novos caminhos

O Informe IPO é a curadoria quinzenal do time Deals and Finance da InPress Porter Novelli, com as principais notícias e conversas do cenário econômico para IPOs e follow-ons.

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Recalculando a rota

Com as condições árduas, no âmbito local, para que as empresas nacionais consigam se financiar via mercado público de ações, o noticiário sugere novas movimentações para abrir caminhos alternativos, por parte das companhias, de concorrentes da B3 e dos reguladores.

"Decepção"

Uma “deterioração nas condições econômicas” e a “decepção” sobre a curva de juros criam um ambiente incerto para IPOs no curto prazo. Essa é a avaliação do CFO do BTG Pactual, Renato Cohn, para a Bloomberg Línea.

Diante desse cenário, algumas companhias brasileiras têm olhado para o mercado dos EUA, segundo o InvestNews, que cita Compass (da Cosan) e Votorantim Cimentos como potenciais candidatas.

Mas uma “grande decepção” pode resultar dessa aposta em IPO nos EUA, afirmou o diretor de renda variável do Itaú BBA, Roderick Greenlees, à Coluna do Broadcast.

Greenlees vê um primeiro IPO no Brasil no segundo semestre de 2025, a depender da queda da taxa de juros e da inflação e contas públicas estarem sob controle.

Alternativas locais à B3

Base Exchange é o nome da nova bolsa de valores brasileira, com sede no Rio de Janeiro (RJ), segundo o Valor Investe.

Cláudio Pracownik, presidente da Flowa Technologies - novo nome da ATG, fundadora da nova Bolsa -, afirmou que o objetivo é “quebrar o monopólio” da B3.

Segundo o Pipeline, a Base Exchange está em roadshow no Brasil e nos EUA.

Enquanto isso, uma opção para as pequenas e médias empresas (PMEs), a BEE4 se afirma não como concorrente, mas como uma “nova B3”, segundo disse a CEO Patrícia Stille ao InfoMoney.

Regime FÁCIL em consulta pública

A matéria do InfoMoney destaca que está na fase final a consulta pública da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para facilitar a abertura de capital de PMEs pelo novo regime FÁCIL (Facilitação do Acesso a Capital e Incentivo à Listagens), que pode ser lançado no próximo ano. De acordo com a Capital Aberto, o tema do FÁCIL foi debatido em um evento promovido pela BEE4 no último dia 12, em São Paulo, com representantes do Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte (MEMP), da CVM, entre outros.

A BEE4 estima que 350 mil companhias brasileiras possam ser elegíveis ao regime FÁCIL. A CEO Patricia Stille também publicou artigo no Inteligência Financeira, dizendo que a consulta pública “é uma grande vitória para a BEE4 para o mercado como um todo e para os brasileiros. As flexibilizações são fundamentais para desenvolver um segmento que historicamente ficou parado”.

Uma flexibilização normativa pela CVM pode contribuir “para ampliar a concorrência nos serviços de negociação em bolsa”, afirmou a autarquia em nota.

No último dia 11, a CVM aumentou o limite que um participante de mercado organizado de Bolsa pode deter no capital social votante da entidade administradora da respectiva bolsa.

“Com isso, empresas participantes da bolsa poderão deter posição maior que 10% do capital das organizações administradoras da bolsa - a exemplo da B3, em São Paulo, e da nova bolsa do Rio, criada pela ATG e controlada pelo fundo soberano Mubadala, que deve iniciar operações em 2025”, explica o Valor Investe.

Regulação

As reestruturações societárias e estratégias de consolidação das companhias podem ser incentivadas pela nova norma que deve simplificar as ofertas públicas de aquisição de ações (OPA). O Legislação & Mercados entrevistou Ricardo Mafra, Caio Brandão e Beatriz Camões, sócio e associados do Vieira Rezende Advogados, sobre o assunto.

Já existe um aumento no número de OPAs desde o ano passado, pontua o Valor Econômico: foram nove operações em 2024 até o momento.

Fatias minoritárias

Enquanto a “janela para IPOs” não dá sinais de se abrir na B3, além das debêntures, dos FIDCs e do mercado de acesso, do mercado norte-americano e das novas Bolsas, outra alternativa explorada por empresas de variados portes e setores tem sido a venda de fatias minoritárias.

Realizado a pedido do Valor Econômico, um estudo da Seneca Evercore mostrou um aumento progressivo na parcela de transações minoritárias de 2020 até hoje.

A confirmar ❓

Aegea (IPO) - Valor Econômico

Grupo Fator (IPO) - Valor Econômico

Planejadas 🗓️

Banco BV (IPO) - Money Times

Constellation (IPO) - Veja

Eagle Football Holdings/ Botafogo (IPO) - BP Money

Grupo Studio (IPO) - Economia SC

Negadas ❌

Votorantim Cimentos (IPO em NY) - InvestNews

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