Entenda a correlação entre propósito e sustentabilidade e como isso afeta as empresas

Entenda a correlação entre propósito e sustentabilidade e como isso afeta as empresas

Nos últimos anos o ESG se tornou assunto prioritário para o mundo corporativo e para o mercado de capitais.

Tornou-se padrão associarmos propósito à sustentabilidade, tratando-os como sinônimos.  Porém este conceito é equivocado, e apesar de existir uma correlação entre eles, são coisas diferentes. Segundo artigo do Bob Eccles, professor da Universidade de Oxford e um dos fundadores da SASB, publicado no dia 20/08, o propósito vem sempre primeiro, e a sustentabilidade pode contribuir ou prejudicar o propósito de cada empresa.

Entender esta diferença é fundamental e pode ajudar a conduzir de forma positiva a agenda ESG. 

Empresas que investem em sustentabilidade, e que não conseguem produzir soluções lucrativas para as pessoas e para o planeta, estão falhando em seu propósito.

Consideramos que o propósito de uma empresa é produzir soluções lucrativas para os problemas das pessoas e do planeta, e ao mesmo tempo não lucrar com a produção de problemas para as pessoas ou o planeta, o que é considerada uma falha na sustentabilidade.

As empresas que são lucrativas ao mesmo tempo que degradam o meio ambiente e a sociedade estão focadas nos lucros, não no propósito.

Na matriz abaixo é possível entender a correlação entre o propósito e sustentabilidade:

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A criação de valor sustentável no longo prazo começa com a clareza de propósito.

Os produtos e serviços como soluções para as pessoas e o planeta precisarão acompanhar a evolução da sociedade em relação às preocupações com a sustentabilidade sobre as externalidades negativas geradas por essas soluções.

O tratamento dessas externalidades deve ser feito de forma a manter as soluções lucrativas. Não fazer isso resultará em sustentabilidade prejudicando o propósito, ao invés de contribuir.

A busca por lucratividade de forma sustentável e um desafio a ser perseguido. Esta reflexão não é apenas teórica e pudemos acompanhar diversos casos em 2.021, como por exemplo a Danone, que mesmo apostando alto em sustentabilidade e ter sido pioneira no modelo de empresa focada na “criação de valor para os stakeholders” (Entreprise à Mission, pelas leis francesas), apresentou performance financeira muito inferior a seus concorrentes, provavelmente por conta de má gestão operacional e uma alocação de recursos questionável.

Neste contexto o espaço para fundos de investimentos ativistas que buscam lucratividade através de soluções sustentáveis tende a aumentar bastante, a exemplo dos casos da Shell e da Exxon, que foram comentados nas colunas anteriores. 

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Artigo de Ricardo Assumpção publicado originalmente no relatório executivo da GO Associados.


Mario L. F. Albanese

Planejador Financeiro Selo Verde Sustentável ESG

3 a

O Proposito e' cuidar do jardim para que as boprboletas pousem ,,,, e sua empresa alcance seu objetivo !!

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