ESG não é só um selo de qualidade, é parte do negócio
Para que o “E” e o “S” da sigla ESG (Environmental, Social and Governance) se estabeleçam e se fortaleçam, precisam essencialmente da excelência do “G”. Uma governança consolidada e fundamentada na cultura da empresa para edificar o ambiental e o social, não como imperativos, mas como princípios.
Usada para se referir às melhores práticas ambientais, sociais e de governança de um negócio, a sigla ESG vem ganhando espaço nas estratégias corporativas. Tornou-se um selo de qualidade para organizações que se importam com sustentabilidade de uma forma ampla e não somente do negócio. Isso é o reflexo de uma geração que logo irá ocupar o comando de empresas dos mais variados setores. E que se preocupa com a saúde do futuro, que precisa ser construída agora.
Companhias que seguem nessa linha são cada vez mais valorizadas em seus mercados, ganham credibilidade, apoio e visibilidade. No relatório feito pela Global Network of Directors Institutes (GNDI), o ESG ocupou o primeiro lugar entre as questões de maior impacto. E 85% dos participantes responderam que acreditam, no longo prazo, em um maior foco nas questões ESG, de sustentabilidade e de geração de valor. Hoje, é essencial se posicionar em relação à sociedade e ao planeta, inclusive oferecendo mais transparência ao investidor.
Não por acaso, crescem no Brasil fundos de investimento baseados no conceito de ESG. Isso porque os investidores estão entendendo que não basta investir apenas em empresas lucrativas, mas nas que estão construindo a sustentabilidade dos seus negócios com fortes contornos de responsabilidade social.
A condução dos negócios, apoiada em uma operação saudável que não agrida o meio ambiente e a sociedade, está na mira dos investidores agora e cada vez mais no futuro. Aliás, esse aspecto está muito bem argumentado nessa matéria do Consumidor Moderno.
Acredito que o negócio que incorpora práticas ambientais, sociais e de governança, voltado para o futuro e que dissemina essa cultura internamente, consegue tornar os colaboradores multiplicadores desse propósito para além das fronteiras corporativas.
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ESG como parte do negócio
O êxito de uma estratégia voltada para ESG, que garanta a sustentabilidade desse conceito, mora na essência. E nessa jornada, eu diria que existe uma vantagem expressiva para as empresas que já praticam ESG, muito antes do seu surgimento há 17 anos. Isso porque fica natural sua condução e evolução. Esse é o segredo: ESG como parte do negócio.
Podemos tomar como exemplo empresas que foram premiadas pela revista Exame, por suas melhores práticas socioambientais no país em seus setores. A TOTVS foi reconhecida como a melhor empresa ESG do setor de tecnologia. Por quais indicadores?
Claro que, por muitos critérios selecionados pela publicação, mas eu destaco a essência da TOTVS voltada ao social porque é a base que remete aos cuidados ambientais e ao reflexo de tudo isso na governança. Afinal, sempre estivemos envolvidos com a comunidade da zona norte, em Santana, São Paulo. Muitos dos nossos colaboradores são do bairro, que tinham o sonho de trabalhar na empresa, uma das mais expressivas da região.
E vai além. Há mais de 20 anos apoiamos o Instituto de Oportunidade Social (IOS), que educa jovens de baixa renda, oferecendo programas de treinamento, em que muitos de nossos funcionários colaboram e uma parte deles são ex-alunos do IOS. Uma missão para capacitação profissional em administração e TI, softwares TOTVS, Inclusão de jovens e inclusão de pessoas com deficiência.
Fora que a nossa governança vem sendo aprimorada há décadas. Estamos listados no Novo Mercado, segmento da B3, junto às companhias que adotam práticas que excedem a legislação brasileira para governança empresarial. Dos sete integrantes do nosso conselho, seis são independentes. O que significa imparcialidade e transparência. Por esses e tantos outros motivos é que afirmo que ESG é muito mais do que um selo de qualidade, é parte do negócio.
Forbes Under 30 Brasil | Host do PodCast Papo de Corre | CMO/CPO/CSO do Carteiro Amigo | Estrategista | Inovação | Last Mile | ESG | Logtech de Impacto | conselheiro | Investidor anjo
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