Especial de 5 anos da Vehuiah – A Escuridão Antecede a Luz e a Parashat Bereshit

Hoje vou contar um pouco sobre a história de como começou a Vehuiah.

Era início de 2016 e eu havia acabado de me casar. Eu era gerente de uma empresa renomada e minha esposa era apresentadora de um famoso canal de vendas na televisão.

Pouco tempo depois do nosso casamento ela foi despedida (junto a outros apresentadores) e eu não sabia o que fazer para manter nosso lar com ela desempregada. Afinal, não existem muitos empregos de apresentadores de televisão.

Por sorte do destino, um mês depois fui chamado para trabalhar como consultor PJ para uma empresa no mercado de infraestrutura. Como seriam diversos projetos, aquilo me possibilitaria sustentar a minha família. E veio a hora de escolher o nome.

Decidi pelo nome Vehuiah em referência a minha admiração pelos principais valores judaicos (queria colocar ainda mais propósito naquilo que eu fazia) e porque de certa forma me senti muito atraído pelo pouco que sabia e ainda sei sobre a Kabala. Também sabia que tal transição poderia ser arriscada e por isso queria ter comigo a proteção de D´us.

E uma das primeiras coisas que aprendi sobre a Kabala foi que existem 72 nomes de D´us e que cada nome é representado por um anjo. O primeiro deles é o anjo Vehuiah, que dentre suas características inúmeras é um verdadeiro curioso. E como o conhecimento amplo e profundo vem da curiosidade, nada melhor do que esse nome para formar um excelente consultor.

Mas voltando a história, aconteceu tudo de forma totalmente desastrosa.

Entre a saída do meu antigo emprego e meu novo emprego, tive um desentendimento feio com meu ex-chefe que foi a gota d´agua para mim. Resolvi pedir demissão sem ter tudo assinado, só que dois dias depois a pessoa que me convidou para aquele emprego foi demitida!

Aquele foi um momento de decisão. Eu poderia tentar voltar para meu antigo emprego, mas sabia que (i) não estava feliz e (ii) não seria suficiente para me manter. Então decidi que continuaria com a Vehuiah e em paralelo procuraria um emprego. Só que de verdade, eu já estava apaixonado e acostumado pela ideia de ter o meu próprio negócio.

E depois que eu decidi não voltar para meu antigo emprego, muitos sacrifícios foram realizados. Para começar, enquanto eu ainda estava sozinho, sem o Bolivar, tive que me virar para aprender a montar um site, criar minha logo e em paralelo tentar ajudar minha esposa com marketing digital, no meio das olimpíadas de 2016 (não acompanhamos quase nada, infelizmente). E aí, encontrei o Bolivar, que estava em um momento parecido e que também queria empreender.

Foi ele quem encontrou nosso primeiro escritório. Uma sala na Avenida Rio Branco que alugamos dentro de um escritório de advocacia, de um amigo dele. E foi mais ou menos bem no início de Outubro que fomos juntos ao nosso primeiro dia de trabalho.

Começamos juntos do zero e descobrimos juntos a dor do parto de criar algo do zero. De Outubro até 31 de dezembro de 2016, não entrou nenhum real (não tínhamos tantos relacionamentos e poucos cabelos brancos) e aquele foi de longe o pior réveillon da minha vida e minhas esperanças, energia e recursos já estavam se acabando. Felizmente, nosso primeiro cliente veio na primeira quinzena de 2017. Um trabalho simples, e de baixo valor financeiro, mas que foi celebrado como um gol de final de copa do mundo. E de lá pra cá estamos conquistando nosso espaço.

E coincidentemente, essa semana que se passou estudei a Parashat Bereshit (Parashat é o estudo do que aconteceu na Torá nessa época do ano). A Parashat Bereshit fala sobre como tudo começou (a história da criação do mundo). Essa semana, dentre muitas coisas, aprendi que a noite precedeu o dia. Em outras palavras, a escuridão antecede a luz. Por isso que o Shabat se inicia quando o sol se põe.

E levando isso para a Vehuiah, aprendi olhando para a minha trajetória pessoal e profissional a enxergar a escuridão que havia dentro de mim mesmo, que me atrasou e me desviou do meu verdadeiro caminho. Aprendi que sou humano e que estou sujeito a cometer muitos erros, especialmente cercado por um ambiente tão involuído como o que nós vivemos hoje no Rio de Janeiro e no Brasil.

Nesse aniversário da Vehuiah, tudo que desejo é “acender” cada vez mais a minha luz através do estudo e da prática com consciência, agindo verdadeiramente como eu gostaria – com pensamentos e hábitos cada vez mais positivos para mim, eliminando aquilo que há de negativo em minha vida e servindo de exemplo e inspiração aos demais.

Muito obrigado ao Bolivar e a todos aqueles que estão conosco torcendo, indicando e contratando a nossa empresa! E isto é só o começo de uma nova história.