Estresse e inovação: como saber o ponto ótimo para cada pessoa?
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Estresse e inovação: como saber o ponto ótimo para cada pessoa?

Anualmente fazemos o exercício de definição de objetivos individuais de nossas equipes, atribuindo tarefas e responsabilidades alinhadas aos novos desafios.

E, para quem ainda não o fez, está na hora de contratualizar os objetivos de desempenho de sua equipe para este ano.

Veja abaixo algumas questões para refletir antes de atribuir objetivos à sua equipe:

  • Quais são os desafios de transformação e sustentabilidade da sua organização?
  • Quanto será necessário progredir para atingir esses desafios?
  • Sua área possui processos e sistemas alinhados aos desafios da empresa?
  • Sua equipe possui capacidades para absorver os desafios da sua área?

Sabemos que processos são dinâmicos e sujeitos a mudanças constantes, motivados por fatores internos e externos, como o mercado, a tecnologia, a legislação, a concorrência, a cultura, entre outros.

Assim como estudamos e melhoramos os processos para absorver as mudanças do mercado, também é necessário revisar as capacidades individuais para lidar com novas competências e mudanças de atitude.

O fato é que mudanças geram algum estresse dependendo da capacidade do indivíduo para lidar com desafios de maior complexidade.

Por esse motivo, o gestor deve saber identificar o ponto de estresse ideal que sua equipe pode absorver sem ultrapassar os limites da ansiedade e depressão.

Entenda como equilibrar capacidades e desafios

Você não quer ultrapassar os limites de estresse na sua equipe ao mesmo tempo que não deve deixá-los muito confortáveis.

O equilíbrio entre o grau de complexidade das tarefas e as capacidades individuais é explicado por meio do gráfico abaixo:

Mihaly Csikszentmihalyi flow diagram graph


Cada indivíduo possui uma capacidade específica para absorver desafios. Tanto suas competências técnicas quanto sua autoconfiança serão exigidos afim de encontrar o ponto de equilíbrio desta equação.

Algumas pessoas ficam desmotivadas se não tiverem desafios que gerem energia, aprendizado, superação. Esse perfil de profissional precisa de objetivos audaciosos e reconhecimento pela realização de algo difícil.

Para saber como balancear os desafios, é necessário conhecer sua equipe e o que ela sabe sobre suas próprias capacidades.

Enquanto sua equipe aprende a reconhecer seus próprios limites, o líder deve ser capaz de perceber como cada colaborador reage a desafios de maior complexidade.

Como atribuir objetivos individuais de inovação?

Nada melhor que testar e aprender com os erros para descobrir algo novo.

Parte do desafio de sua equipe deve ser estimular o aprendizado. Muitas vezes esse aprendizado vem da teoria, leitura, cursos, conversas, mas nada substitui a prática.

O exercício de fazer algo novo, ou de uma maneira diferente, é naturalmente difícil para nós. Temos restrições cognitivas que nos impedem de fazer coisas de formas diferentes daquilo que já conhecemos e gostamos fazer.

Este é um bom motivo para desafiar nossa mente para encontrar motivos para romper o caminho natural da ação. Testar algo novo e criar formas diferentes de obter resultados.

Experimente um exercício de reflexão fazendo as seguintes perguntas:

  1. Quanto você realmente sabe sobre o que você faz?
  2. O que você ainda não sabe sobre o que você faz?
  3. O que você sabe sobre o que você não faz? Existe alguma oportunidade?
  4. O que você não sabe sobre o que você não faz?
  5. O que os outros sabem que você ainda não sabe? O que os outros fazem que você ainda não faz?

Parece simples, mas esse exercício pode ser abrangente e profundo. Experimente fazer esse exercício com uma perspectiva simplificada dos 4Ms: material (informação), mão de obra (competências), método (processos), meios (sistemas / equipamentos).

Um debate esporádico com sua equipe pode fazer emergir uma variedade de pensamentos que se transformam em oportunidades, e muitas vezes trazem à luz problemas relevantes que não eram percebidos.

O resultado dessa atividade pode ser descrito em objetivos individuais SMART e convertido em ações concretas. Veja alguns exemplos :

  1. Numero de ideias por sessão / inovação / melhorias / hipóteses
  2. Número de ideias testadas / aprovadas / por áreas / por produto
  3. Numero de erros identificados / analisados / por áreas / por processo
  4. Numero de erros convertidos em ações corretivas / preventivas / aplicados

Esse pode ser um ponto de partida com o intuito de tornar o exercício de definição de objetivos individuais diferente e inovador neste ano.

Tente extrair desse exercício algo novo que possa ser testado, e, com alguma sorte, aprender algo com os erros que surgirem no caminho.

Luciana Berti

Mentoria de Carreira | Consultoria de Desenvolvimento Humano | Analista Comportamental | Contribuo com desenvolvimento de profissionais para alcançarem seus objetivos de carreira

10 m

Weber Herreira, excelente artigo! Gratidão pela reflexão! Uma alternativa que vejo como benéfica para lidar com a mudança é compreender que trata-se de uma evolução sobre aquilo que as pessoas já conhecem/fazem. Falar das mudanças/inovação como algo disruptivo ou abrupto criar barreiras e resistências.

Thomas Schluepmann

Diretor de Vendas / Executivo Sênior de Vendas / Planejamento Estratégico / Desenvolvimento de Novos Negócios / Automotivo / Gerenciamento de Projetos / Conselho / SAE Brasil

10 m

Ótima análise Weber, e vejo 3 pontos que ultimamente andam sendo deixados de lado no dia-a-dia corporativo: Estimular o aprendizado; Desafiar a mente; Testar algo novo. Experimentem isso e verão um mundo novo se abrindo à sua frente!!

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