Desafiando o cérebro para gerar inovação.

Desafiando o cérebro para gerar inovação.

Sabemos da capacidade do cérebro de se adaptar e mudar ao longo do tempo, o que pode ser útil para criar novas conexões neurais e gerar novas ideias.

Além disso, são as funções nervosas superiores, como atenção, memória, motivação, emoções e funções executivas que constituem novos padrões de comportamento.

Ao entender como o cérebro pode ser usado para gerar novas ideias e soluções, os gestores podem ajudar suas equipes a se adaptarem às mudanças e encontrar novas maneiras de pensar e solucionar problemas.

Finalmente, uma estratégia eficaz para tomada de decisão também pode ser usada para desafiar a automação do cérebro humano.

O que vou contar é resultado de minha experiência como gestor e tenho certeza de que você vai gostar.

A Dificuldade da Mudança

Mexer nisso vai exigir muito esforço e dedicação.

Primeiro, você precisa reconhecer os padrões de comportamento na sua agenda profissional, pois criamos hábitos para nos manter seguros e confortáveis.

A maioria de nós gestores não colocamos na agenda um espaço dedicado para refletir sobre o nosso modo de pensar e evitamos a desconstrução de hábitos profundamente enraizados.

Sabe por quê? Não gostamos de mudanças - nosso cérebro primitivo gosta de caminhos fáceis e conhecidos, e evita a mudança de hábitos a todo custo.

Não tenho a pretensão de aprofundar na neurociência, mas acho que já deu para perceber o tamanho do problema, não é?

Você realmente quer promover essa mudança? Se a resposta for sim, vem comigo e vamos colocar esse cérebro para trabalhar.

O Poder da Mudança de Hábitos

Nosso cérebro é programável e pode desaprender e reaprender novas coisas.

Tudo que fazemos é fruto de um conjunto de hábitos enraizados desde nossa infância. 

Nossa formação familiar, educação fundamental, faculdade, amigos, grupos, e diversas outras formas de interações sociais nos marcaram com valores, crenças e traumas.

O exercício de mudança de hábitos é poderoso e transformador. Se você se esforçar, e se esforçar muito, você vai encontrar o caminho para se libertar dessas marcas e gerar inovações significativas em você e na sua equipe.

E interromper o caminho da automação será o primeiro desconforto físico e mental que você vai enfrentar.

Interrompendo a Automação do Cérebro

Se você não deseja agir sem pensar, então deve saber como interromper esse processo.

Conecte-se com esse momento. O que prendeu sua atenção nessa primeira parte do texto? Alguma mensagem ou palavra? Seu interesse no assunto? Algum motivo tem, não acha?.

Veja, por alguns segundos você ficou totalmente aqui nesse texto e entrou na história.

É isso que ocorre em nossa rotina. Somos atraídos por sinais o tempo todo e quando algo toca nossas emoções, a automação do cérebro assume o controle e ficamos completamente alienados.

Mas, e daí? O que tenho a ver com isso?

Muito! Se você deseja sair da mesmice, você precisa reconhecer como o seu cérebro funciona para que você tenha alguma chance de pensar racionalmente antes de ser dominado pelos padrões automáticos.

Inserir um alerta (sonoro, visual ou marco na agenda) para interromper o processo automático pode ajudá-lo a refletir sobre o que está para ser feito antes de iniciar a tarefa.

Isto aumentará a chance de você preparar seu cérebro para programar uma interação com propósito. Desse modo, você observa os sinais que estão sendo recebidos pelo seu cérebro e orienta a ação desejada.

Veja a seguir como faço isso para aumentar minha conexão com minha equipe e fortalecer a cultura de inovação. 

OODA: Uma Estratégia para Melhorar a Tomada de Decisões

Pare e observe o que está acontecendo antes de agir. Tente ver as coisas de uma perspectiva diferente.

O exército americano usava esse modelo durante suas guerras no oriente médio. Suas equipes eram treinadas para seguir o modelo OODA antes de atacar um vilarejo ou alvo qualquer.

Eu utilizo esse modelo em todos os eventos possíveis com a intenção de tornar minhas conversas melhores. Ou seja, para reduzir conflitos em encontros sociais, reuniões de trabalho, produzir algum conteúdo ou revisar minha agenda.

Veja como esse modelo funciona:

Uma das principais vantagens desse modelo é aumentar a capacidade de ouvir mais e entender melhor antes de decidir e agir.

Com muita prática você vai tornar esse modelo parte da automação do seu cérebro. Você vai reconfigurar o sistema racional para agir melhor, e essa será a alavanca para mudar o "trilho do trem" e experimentar novos caminhos.

Agora que você já sabe como mudar hábitos, então vamos direcionar sua energia para promover as mudanças de comportamento que sua equipe precisa para gerar inovação como rotina.

A Força da Construção Coletiva de Saberes

Aprenda a questionar o "O quê" e "O como" se faz as coisas na sua equipe.

Na maioria das vezes você faz o que você acredita ser o correto. Mas acabamos de ver que o cérebro assume o controle das nossas ações com base em crenças e condições preestabelecidas, premissas, traumas, entre outros.

Você já aprendeu o que precisa saber sobre gestão de inovação, e abrir espaço para o contraditório é crucial para obter novas informações e reconfigurar o sistema automático do seu cérebro.

Agora você deve estar se perguntando: "Cara, como vou fazer minha equipe acreditar nisso ??"

Vamos lá! Vou tentar simplificar sua vida com uma nova ferramenta que uso para me conectar com minha equipe, ouvir o quê e o como eles enxergam nossa área.

A quantidade de mudanças que realizamos com essa prática é impressionante e o feedback dos stakeholders tem gerado muita motivação ao time.

Aumentamos nossa capacidade de análise crítica sobre ao valor agregado das atividades e mudamos algo toda vez que revisamos nossas prioridades.

Veja como essa outra ferramenta funciona:

Manter e Melhorar costumam ser as iniciativas mais fáceis de conseguir, mas Começar a fazer e Parar de fazer, sobretudo esse último, exigem muito mais esforço.

Esse exercício vai colocar em evidência muitas coisas que estão ocultas.  Lembre-se que os conflitos são parte do processo e não podemos evitá-los.

A primeira parte desse artigo tem a finalidade de prepará-lo para lidar com as conversas difíceis que irão emergir das cinzas.

Aproveite também e entenda Por quê tomamos decisões ruins. Recomendo essa leitura complementar para ajudá-lo a potencializar o debate com sua equipe.

Me acompanhe nesse canal! Em breve vou trazer mais temas relacionados a Gestão da Inovação.

Leonardo Jetzke Guedes

Engenheiro Químico | Engenheiro de Qualidade | MBA em Gestão de Projetos

1 a

Muito bom o artigo! Maior desafio é quebrar a rotina e dedicar um tempo para refletir sobre nossos hábitos e quais mudanças devemos fazer!

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