A exaustão que antecede o Burnout
Em tempos como o nosso o que devemos pensar?
Como devemos gerenciar as nossas emoções?
O que podemos fazer ao encarar o desconhecido?
Por que tanta exaustão?
Em tempos como o nosso, lidar com o isolamento, desenvolver relações humanas sem contato físico, lidar com a pressão por resultado e desenvolver estratégia para sobrevivência são itens básicos em nossa bagagem.
A maior parte do que estava em nossa malinha não tem muito uso em tempos atuais. Precisamos aprender a lidar com o turbilhão de trabalhar em casa, engajar as pessoas através de uma telinha e muito mais que isso, precisamos desenvolver uma forte articulação.
O interessante é que a articulação ficou estabelecida como a saída estratégica neste momento, porém, pasmem, tenho quantificado a articulação de centenas de executivos por mais de 10 anos e infelizmente esta é a competência de menor pontuação se compararmos com as outras competências necessárias para a liderança.
Aquele que pensava que entregar resultados bastava para se manter em sua posição, levou um choque neste momento, pois entregar somente resultado já não sustenta mais uma posição. Entregar resultado exige uma fortíssima articulação de ideias, uma exagerada comunicação assertiva, além de uma enorme autoconsciência de como fazer as coisas funcionarem.
Tudo isso nos traz a sensação de exaustão emocional e a tão conhecida Síndrome da Fadiga que é o que antecede ao burnout. Cuidado! Com esta síndrome desenvolvida você passa a sentir-se extremamente cansado(a) e geralmente mal.
Além disso, você pode ter outros sintomas, tais como problemas de sono, dores musculares ou articulares, dores de cabeça, dor de garganta, problemas para pensar, lembrar ou concentrar, sintomas como os da gripe, sentir-se tonto(a) ou doente e ter batimentos cardíacos rápidos ou irregulares (palpitações cardíacas).
Viver com esta síndrome pode ser difícil. Cansaço extremo e outros sintomas físicos podem dificultar a realização das atividades diárias. Você pode ter que fazer algumas mudanças importantes no estilo de vida para conseguir se sobressair.
Ao estar com a Síndrome da Fadiga, você pode sentir sua saúde mental e emocional ter um efeito negativo na sua autoestima e melhorar nisso pode te dar um trabalhão se você não se mantiver atento e autoconsciente.
Desta forma, olhar para nós mesmos e não ir além de nosso limite faz-se essencial para sobreviver a esta exaustão que nos encontramos. Não ir além de nosso limite, NÃO é fazer as coisas sem engajamento, NÃO é deixar para lá aquilo que nos incomoda e NÃO é minimizar o esforço para que as coisas deem certo.
Não ir além é nada mais do que entender que devemos cuidar de nós mesmos assim como cuidamos de nossa posição organizacional, e cuidar de nós mesmos é mantermos a nossa mente sã com muita reflexão positiva, como vontade de fazer acontecer, com energia para aprender o novo e acima de tudo com um forte gerenciamento emocional.
Lembre-se sempre que as nossas emoções negativas nublam nossa capacidade de enxergar o cenário real das coisas, as emoções negativas além de trazerem a síndrome da fadiga para a nossa mente, servem como uma lente de aumento para tudo o que está acontecendo.
Deixe as coisas do tamanho que elas são e curta a exaustão da aprendizagem e não a exaustão do desconhecido.
Boa jornada sem volta! Que ao final disso tudo possamos sair melhor do que entramos...
Gestão de processos e equipes | Análise de sensibilidades | Solucionadora | Lider intuitiva
1 aLívia, vc nos trouxe muito mais do que um texto e conteúdo. Que bom poder ler, refletir e ter o estimulo para nos movimentar!
Assessora da Superintendente Geral na Sistema Divina Providência
4 aExcelente reflexão: curtir a exaustão da aprendizagem e não do desconhecido, sair da nossa zona de conforto! Muito obrigada por compartilhar conosco!
CEO | Diretor Executivo | Liderança Estratégica | Transformação Organizacional | Empresas Familiares | Conselheiro | Empreendedor | Palestrante
4 aParabéns pelas reflexões, Livia Mandelli.
Excelente texto, Livia. Obrigado.