FAÇA DO TRABALHO A SUA OBRA
No dia a dia de minha profissão como Técnico em Segurança do Trabalho, tenho a oportunidade de escutar e observar pessoas. São em sua maioria, trabalhadores conscientes do seu papel no grande grupo, e do quanto cada atitude individual pode afetar para o bem, ou para o mal o resultado global. Por um motivo ou outro, vestem uniformes e trazem pendurado no peito um crachá nominal. Legalmente, assumem o compromisso perante o patrão, de oferecer o esforço físico e intelectual, em troca de uma remuneração equivalente e justa.
Porém, uma coisa vem me chamando a atenção: o número crescente de trabalhadores que nitidamente desconhecem o valor de sua obra. Reclamam da cadeira, do sistema de ventilação, do salário, do horário de trabalho - mostram-se descontentes até com os benefícios, que é uma vantagem, privilégio como o próprio sentido da palavra nos revela.
Mas quando pergunto: Se você deixasse a empresa hoje, qual seria a imagem, o legado que ficaria após sua ausência? Seu líder e colegas, diriam o que de você? São vários “não sei”, “sei lá”, “vou saber”, “lá sei eu”. Vejo que no cerne da questão, temos profissionais desprovidos de propósito, que contracenam uma história sem roteiro, portanto, sem obra.
Quando não me enxergo no que faço, tudo me parece estranho, aquém de meus ideais, portanto, fácil de ser reprimido. Muito antes de nos atermos a política e clima organizacional, precisamos reconhecer qual o nosso projeto de vida, propósito, aquilo que coloco a frente.
Entre estas pessoas, motiva-me um novo e desafiador trabalho, que envolve o despertar da consciência para suas forças de assinatura. Auxiliá-las na construção de relações saudáveis, pois o cenário que nos rodeia é mero resultado de nosso livre arbítrio. Somos artesãos deste cenário, temos autonomia de criação, mudando-o conforme nossas virtudes.
Lembre-se: Perspectiva e entusiasmo pelo amanhã, são combustíveis para o empoderamento do hoje.