A FORÇA DO TERCEIRO SETOR
Desde a década de 90 atuo como voluntária em trabalhos sociais. Com o crescimento do movimento da Responsabilidade Social Empresarial no Brasil, comecei a estudar e a atuar nessa área e em 2002, resolvi fazer uma nova pós-graduação, escolhi Responsabilidade Social pela FGV. Adorei o curso! Aprendi muito com professores que até hoje são referências no Brasil nessa área, mas ainda sentia falta de algo voltado mais para a linha de frente, da visão das OSC, daqueles que estão na frente da batalha, e em 2006 me especializei em Gestão do Terceiro Setor. Um curso que me trouxe uma visão mais social do negócio.
E hoje percebo o quanto foi importante ter adquirido esses conhecimentos, ter participando de tantas conferências via Ethos, GIFE, Filantropia, Abong, etc. Hoje vejo o qual necessário são as OSC no nosso país, o quanto a fome, a desigualdade social, a violência contra a mulher e a criança tem aumentado. E quem chega até eles, quem vai até a quebrada, quem entra em locais que muitas vezes nem a policia chega, quem tem que negociar com o "chefe da boca" para entrar e fazer uma doação são as OSC. São as OSC que chegam em uma comunidade ribeirinha, ou em vilarejo que não tem acesso a internet, água potável.
Desde que eu me formei nunca senti tanta a necessidade de as empresas atuarem com suas áreas de Responsabilidade Social, desta área ganhar força dentro das empresas. O Terceiro Setor precisa de vocês! O Terceiro Setor precisa de seus produtos, precisa de suas técnicas de gestão eficientes, precisa de suas doações em espécie e em leis de incentivo ou impostos. E não importa se a sua empresa é grande ou pequena, se a sua organização social é grande ou pequena, precisamos nos conectar, precisamos olhar pelo outro, precisamos nos unir, a desigualdade social no Brasil só cresce. Hoje temos quase 40 milhões de pessoas que vivem na extrema pobreza no Brasil (menos de 01 dólar por dia), de acordo com os dados divulgados pelo IBGE dos 68,9 milhões de domicílios no Brasil, 36,7% estão com algum grau de insegurança alimentar, atingindo 84,9 milhões de pessoas, e no rumo que as coisas andam em nosso país, infelizmente esse número só tende a crescer.
Agora é a hora e a vez de colocarmos toda a solidariedade do brasileiro a prova, mas acima de tudo de as empresas entenderem que é preciso apoiar e se unir a força do Terceiro Setor.
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