Funcionário de longa data: substituir ou suceder?

Funcionário de longa data: substituir ou suceder?

Com a crise na economia brasileira nos últimos anos, vi muitas empresas fazendo constantes substituições, com objetivo de baratear a mão de obra.

Considerando o atual cenário de mudanças e perspectivas positivas, acredito que a questão se torne mais relevante e as empresas optem por promover a “sucessão” de seus profissionais. Até por que a gente substituí “coisas” que não servem mais ao seu propósito. Já as pessoas são “sucedidas” quando encontram novos propósitos. Ou deveria ser assim.

Quando observamos a relação entre os profissionais veteranos e jovens é possível identificar com mais clareza essa realidade e como a sociedade nos força a pensar que um profissional que fica “velho” deve ser substituído por um mais “novo”.

Com a gestão de recursos e equipamentos, pode ser que funcione, mas quando se trata de pessoas, a realidade se torna mais complexa. Principalmente com os profissionais mais veteranos que, motivados pelo aumento na expectativa de vida, conseguem se atualizar e manter a produtividade em níveis que garantem os resultados. Este fato, somado a realidade da Geração Millenial cada vez mais imaturidade e fragilidade, por falta de exposição às consequências de suas escolhas, traz um cenário propício para sucessão.

Até por que, não se pode desprezar o fato de que a rotatividade dos profissionais mais jovens é muito maior do que dos profissionais veteranos em quase todas as empresas e a prática da substituição, apesar de ser racional e lógica, não atende as expectativas de resultados quando se trata de pessoas.

Para isso, insisto que precisamos investir cada vez mais na sucessão, mesmo não sendo uma prática efetiva na maioria das empresas. Por que a sucessão é um processo que dá trabalho.Ela só ocorre quando os desafios de maior impacto nos resultados são confiadas aos profissionais mais jovens, e claro, treinados e assistidas pelos mais veteranos. É o processo conhecido como MENTORIA. Dessa forma os veteranos podem garantir os resultados através do desenvolvimento da maturidade profissional de seus sucessores – os jovens. Quem ganha? Todos. A empresa, o veterano e o jovem.

Bettyna Beni

Mentora de Vida e Carreira | Mulheres e Líderes | Relações de Parentalidade e Trabalho | Mapeamento e Planejamento Sucessório em Empresas Familiares

7 m

Processos sucessórios dão trabalho, mas os ganhos compensam demais e um mentor pode apoiar a empresa a estruturar melhor a passagem de bastão. Alguns ganhos importantes a serem considerados passam pela retenção do conhecimento e o fortalecimento da marca empregadora.

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