Futuro do trabalho: chegou a era do People Value Proposition!
O trabalho surgiu como um elemento de sobrevivência, e ainda é assim para a maior parte das pessoas, principalmente no Brasil. Porém, ao mesmo tempo, o trabalho é elemento uma oportunidade de transformar vidas e realidades, e, por isso, vislumbramos novos horizontes para a função social do trabalho, que é uma atividade inerente à natureza humana e tão necessária para a realização pessoal.
Com a aceleração das mudanças nos últimos anos, com mudanças de prioridades e um avanço tecnológico exponencial, as necessidades humanas ganham outras nuances e, com elas, a forma como percebemos e lidamos com o trabalho também vem se transformando.
O que antes era essencialmente um meio de subsistência expandiu seu potencial: o trabalho se tornou um meio de transformação de vida, de realização pessoal, de expressão criativa, engajamento coletivo e muitas outras possibilidades que abraçam o universo das pessoas e da sociedade.
É importante pensar o trabalho também como um elemento de formação subjetiva: onde descobrimos talentos, acessamos novas potências em nós mesmos e realizamos sonhos.
Existe um trecho do Report do MIT de 2019 que acredito sintetizar muito bem a grandiosidade da dinâmica de trabalho. Em tradução livre:
“O trabalho possui significado e importância, para os indivíduos e para a sociedade como um todo, que transcende as esferas meramente econômica e financeira. O trabalho é uma atividade humana central, essencial para a realização pessoal e para a coesão social”.
Essa percepção se fortalece ainda mais com as transformações tangíveis acerca do trabalho que a sociedade está atravessando. Mudanças que precisam ser encaradas com o compromisso de adaptação, e que desafiam a cultura das organizações.
Com movimentos de renúncia trabalhista como A Grande Resignação, líderes e negócios têm voltado suas atenções para a virada de chave de como atrair e reter talentos.
Mais do que isso: estamos entendendo juntos como é possível engajar e abraçar profissionais em suas totalidades, criando espaços que favoreçam potencialidades, tragam segurança psicológica e insumos para que todos possam dar o seu melhor sem perder de vista o bem-estar.
“A felicidade se tornou o ativo inegociável do amanhã!”
De acordo com uma pesquisa feita pelo Workmonitor, com 35 mil profissionais de 34 mercados diferentes, 56% da geração Z e 55% dos Millenials afirmaram que deixariam seus empregos se isso interferisse no bem-estar das suas vidas pessoais.
Estamos vivendo um sinal dos novos tempos, o momento do imperativo da FELICIDADE. E a demanda por ser feliz no trabalho, consequentemente, chega para ficar.
Mas o que isso significa na prática?
Como as organizações podem viabilizar um caminho que priorize verdadeiramente uma vida mais feliz, em plenitude, para todas as pessoas?
“Entendo que, para começar, a jornada de trabalho precisa ser uma experiência de VIDA!”
A experiência profissional precisa se integrar à experiência de vida em seus diferentes âmbitos. O trabalho pode e deve fortalecer as conexões com a família, vida social, saúde mental, bem-estar físico, etc.
A decisão de onde trabalhar é uma decisão de vida!
E, na balança, existem muitas variáveis relevantes além da remuneração. O “salário” ganha outras perspectivas, como flexibilidade geográfica, cultura organizacional positiva, benefícios que consideram a família, etc. Sendo esses alguns fatores que podem influenciar na escolha pela empresa A ou B!
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E aí entra o EVP.
Um dos maiores desafios das instituições nessa adaptação para um futuro do trabalho mais humano e focado em gente, é garantir que uma boa proposta de valor que leve em consideração fatores mais humanos.
A Proposta de Valor do Empregado (em inglês, Employee Value Proposition) é um conjunto de valores e práticas que fazem parte do Employer Branding [Marca Empregadora] e formam o caminho pelo qual empresas atraem profissionais com as habilidades e talentos certos.
O EVP é o que conquista, engaja e retem! Cada vez mais, a preocupação em construir um EVP sólido e coerente toma as salas de reunião e direcionam as ações, afinal, é o que garante que as pessoas sintam o desejo de integrar, somar e transformar uma empresa e seus resultados.
“O que é Employer Branding sem esse olhar?”
Acompanhando as mudanças do tempo e da sociedade que falamos até aqui, o EVP também não ficaria de fora dessa transformação de olhar e de ações concretas de evolução da cultura organizacional. Inclusive, são um ponto de partida prioritário na construção de experiência de trabalho verdadeiramente única.
Sendo bem repetitivo, para não deixar dúvida:
As pessoas PRECISAM estar no centro, de verdade!
Hoje, a proposta de valor deve sair da esfera “Colaborador(a)/funcionario(a)” para embarcar na esfera “Gente”.
“E é nesse momento que EVP abre espaço para o PVP! O Employee Value Proposition evolui para o People Value Proposition.”
Essa é a hora em que deixamos de olhar pessoas como funcionárias para olhar funcionárias como PESSOAS. Saímos de uma experiência de trabalho excepcional para uma experiência de VIDA excepcional. Deixamos o foco nos features para dar espaço ao foco nos FEELINGS.
A humanização no que diz respeito à remuneração, benefícios, carreira, cultura e ambiente de trabalho não é só uma questão de Employer Branding: é um compromisso que faz parte do sucesso de qualquer negócio.
Os dados não deixam dúvida sobre disso: a Gartner divulgou que o cuidado com as pessoas, nos lugares certos, aumentou a satisfação em relação ao PVP em 15%.
Confira os 5 pilares apontados no estudo:
Cada um desses tópicos atua não só no ambiente de trabalho e cultura organizacional, como fortalece outros aspectos da vida de cada pessoa. E a transformação acontece justamente na preocupação integrada com uma visão mais holística e quando as ações conseguem ter impactos positivos e verdadeiros nas mais diferentes necessidades e desejos humanos.
Como citei na talk que integrei no CONARH 2022 e gosto sempre de reforçar: que todo negócio vise lucro, desde que todo lucro vise as pessoas!
Gente é presente e futuro. Você ainda tem dúvidas?
Chegou a hora do PVP - People Value Proposition.
HRBP Manager
2 aAna Janaína Marques
Gerente Customer Experience | Lean Six Sigma | Líder Antifraude | Gerente Customer Success I Líder KYC
2 aVale a pena investir em pessoas e cuidar do time. Os 5 pilares são um desafio até para empresas jovens.
Gente e Cultura
2 aQue demais, Ge! É tão bom presenciar esse momento de transformação. Esse é o jeito de trabalhar no qual acredito. :)
Head of Sales | New Business Manager | SaaS, HRTech, Fintech
2 aQue legal o conteúdo Genesson, gostei muito!!
Ex-Ambev, Ex-OLX | Talent Lead @QuintoAndar
2 aFaz todo sentido! Muito bom os 5 pilares. Adorei o conteúdo Genesson Honorato 👏🏼