Futuro do trabalho: provocações para você seguir relevante até 2027

Futuro do trabalho: provocações para você seguir relevante até 2027

Eu costumo falar que o futuro do trabalho já está acontecendo, mas muita gente ainda não despertou para isso. Um dos relatórios sobre tendências que espero com ansiedade todos os anos é o Futuro do Trabalho elaborado pelo Fórum Econômico Mundial e parceiros.

A Pesquisa sobre o Futuro dos Empregos reúne a perspectiva de 803 empresas – que empregam coletivamente mais de 11,3 milhões de trabalhadores – em 27 grupos de setores e 45 economias de todas as regiões do mundo. Nem preciso falar o quão relevante é esse relatório para todos nós.

Indo direto ao ponto, quero compartilhar contigo a lista de competências que farão você e sua equipe se destacar entre 2023 até 2027, segundo a ótica dos executivos entrevistados:

1. Pensamento analítico

2. Criatividade

3. Resiliência, flexibilidade e agilidade

4. Motivação e autoconsciência

5. Curiosidade e aprendizagem contínua

6. Letramento tecnológico

7. Atenção a detalhes

8. Empatia e escuta ativa

9. Liderança e influência social

10. Controle de qualidade

Algumas observações ao ler a lista e outros dados disponíveis que pode ter acesso aqui:

- A grande maioria dessas habilidades não são usualmente desenvolvidas nos ambientes formais de aprendizagem, indicando o quanto essa responsabilidade é ainda muito ligada aos indivíduos, famílias e empresas. Segundo O Futuro das Coisas, no mundo cada vez mais automatizado e digital a presença de pessoas sensíveis é valiosa. A sensibilidade torna-se um superpoder. Que tal começar a demonstrar curiosidade sobre as necessidades não expressas pelo outro ou sentir na pele o poder da colaboração?

- Mais de 75% das empresas pesquisadas pretendem incluir na agenda investimentos em BigData, Cloud e IA nos próximos 5 anos. Espera-se que a inteligência artificial, um dos principais impulsionadores do possível deslocamento algorítmico, seja adotada por quase 75% das empresas pesquisadas e que leve a uma alta rotatividade, sendo que 50% das organizações esperam que ela gere crescimento de empregos e 25% esperam que ela gere perda de empregos. Estamos preparando as novas gerações e a atual força de trabalho para novas profissões que estão sendo criadas por essas tecnologias?

- 44% das habilidades serão alteradas nos próximos cinco anos. Profissionais, instituições de educação, governos, líderes e outros stakeholders precisam urgentemente integrar esforços para que esse novo trabalhador consiga atender as necessidades de um mercado cada vez mais dinâmico. O aprender e o desaprender é uma jornada viva e deve ser mais autodirigido e intencional (“vou aprender isso para quê?”). Essas habilidades demandam humildade intelectual, curiosidade e muita disciplina.

- A maioria das empresas irá priorizar mulheres (79%), jovens com menos de 25 anos (68%) e pessoas com deficiência (51%) nos programas de Diversidade e Inclusão (DEI). Para minha surpresa, empresas brasileiras pesquisadas não aparecem aqui! Temos ainda muito trabalho a ser feito.

- 6 entre 10 trabalhadores vão precisar desenvolver novas competências até 2027, mas somente metade deles terão acesso a treinamento adequado. Estima-se que cerca de 23% dos empregos mudem até 2027, com 69 milhões de novos empregos criados e 83 milhões eliminados. Para onde irão esses trabalhadores que não conseguirão acompanhar essas mudanças?

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Yurval Harari em seu livro 21 lições para o século 21 faz uma provocação e traz uma possível saída para aqueles trabalhadores que não conseguirão manter suas ocupações. Ele deixa bem claro que impedir a perda de postos de trabalho e retardar o ritmo das mudanças não é uma estratégia atraente nem mesmo inteligente.

A provocação é que em tempos de excesso de informações quem tem clareza tem poder. Que tal buscar essa clareza fazendo boas perguntas para si a para seus liderados: “O que realmente precisamos aprender e como podemos fazer isso juntos?” Segundo o autor, a IA vai eliminar empregos, mas cria outros como vimos no início dessa news. Estamos ligados nisso?

Uma possível saída é a RBA – Renda Básica Universal. Ela propõe que governos tributem os bilionários e empresas que controlam os robôs e algoritmos, criem um fundo para que necessidades básicas sejam atendidas. Essa é uma iniciativa em teste e análise nos países mais desenvolvidos como Finlândia e Israel. Um tema polêmico, mas que vale ficarmos de olho.

Por fim, se essa News te deixou inquieto(a) que bom! Estamos juntos! Seguimos testando novas formas de pensar a nossa relação com o trabalho no presente e futuro.

Comente e se quiser conversar sobre esse e outros temas ligados à carreira, performance e liderança, vamos tomar um café?

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