Gestão compartilhada: será que funciona?

Gestão compartilhada: será que funciona?

De cara, vou responder a questão do título: funciona sim! Mas admito que, antes de estar inserida nesse cenário, tinha mais dúvidas do que certezas. Especialmente porque temia que algumas funções conflitassem no dia a dia e isso fosse mais confuso para os liderados do que positivo.

O cenário na Dialetto é o seguinte:

  • Verticalmente, temos Gestores de Projetos. Aqui, a equipe é multidisciplinar, tendo em vista que o foco é o atendimento ao cliente;
  • Já horizontalmente, existem as Heads, que lideram o time com similaridades de função (no meu caso, conteudistas e designers).

Essa separação que, no fundo, é uma aliança de forças, é uma das estratégias da empresa de colocar em prática um valor que descrevemos no papel recentemente, mas que sempre esteve enraizado na cultura: sermos especialistas em resultados.

Isso porque juntando os esforços de GPs e Heads é possível criar na equipe um senso ainda maior sobre a importância de colocarmos o cliente no centro. E mais: o quanto é essencial valorizamos os resultados obtidos, uma vez que a vitória é de todos.

Mas e como funciona de fato essa gestão compartilhada? Para deixar mais claro, esse artigo vai ser escrito a quatro mãos. No caso, a GP Rachel Gallois vai contar como funciona no lado dela. Em seguida, compartilho mais a fundo as minhas experiências e nossas conclusões em meio a isso tudo.

* Gestora de Projetos

"Como GP, preciso estar atenta ao cliente para entregar resultado, por isso, os esforços com o time são direcionados para que eles tenham entendimento do desafio. 

A rotina é cheia e, para nos organizarmos, realizamos regularmente sprints internas para acompanhar a evolução dos projetos e entender como cada liderado está desempenhando suas atividades.

Nesses momentos, aproveitamos para ter trocas diretas e para falarmos sobre os sucessos e dificuldades que surgem. É preciso ajustar nossas habilidades técnicas ao desafio do projeto.

O contato com o cliente também acontece frequentemente, o que nos traz entendimento de como nossos liderados estão evoluindo nesse atendimento direto. É onde a gente pode desenvolver habilidades como a oratória e o poder de negociação.

O mais legal disso tudo é poder compartilhar com a Stef quando alguma situação merece atenção, seja ela por um grande destaque positivo ou por algo que podemos dar ênfase no desenvolvimento do time. Conseguimos ter olhares complementares que enriquecem os feedbacks regulares."

* Head

E como eu entro então como head? Eu costumo dizer que sou mais focada na pessoa e profissional, e bem menos nas atribuições do dia a dia e desafios de projetos. 

No caso, atuo mais como referência técnica, pensando no desenvolvimento da equipe com foco em resultados. Além disso, sou a ouvinte, quem busca entender melhor o cenário da pessoa que está por trás daquelas entregas.

Eu realizo, por exemplo, as famosas reuniões de 1:1. Nesse encontro, os liderados costumam levar desafios, pedidos de ajuda, encaminhamentos e desabafos - para citar apenas alguns dos temas. 

Justamente por eu ficar mais focada no lado “humano”, consigo trocar muito com a Rach. Quando ela me traz alguma dificuldade em um projeto, eu acabo lembrando automaticamente de coisas que o time me trouxe, facilitando na nossa tomada de decisão.

Ao mesmo tempo, ela me sugere pontos que percebe que a equipe precisa otimizar para melhorar o desempenho. Com isso, consigo direcionar melhor minhas energias, indo em busca de treinamentos e referências - bem como passando experiências que possam apoiar nesse sentido. 

Então, no fim das contas, essa gestão compartilhada nada mais é do que uma aliança de esforços para fortalecer cada vez mais nossos valores e, principalmente, nossas entregas.

Inclusive, pedimos para a Débora Resende dar o depoimento dela, tendo em vista que é uma das nossas lideradas:

Ser liderada diretamente por duas pessoas diferentes me pareceu um pouco assustador em um primeiro momento. Mas logo que comecei a viver na prática, percebi que é uma ideia genial. Cada uma tem um papel diferente no meu dia a dia. Isso é ótimo porque elas conseguem acompanhar de perto (e com mais atenção) o meu desenvolvimento, minhas dores e as necessidades da empresa e dos clientes. Cada uma focando em seu papel principal.

Mas o mais legal é saber que essa gestão compartilhada não anda em linhas paralelas. As duas estão sempre se comunicando, pensando juntas, buscando soluções e apoiando os times de todas as formas possíveis. 

A Rach é a responsável pelos projetos, mas a Stef também se envolve nesse ponto, traz sugestões e sempre nos ajuda a buscar soluções quando necessário. A Stef é responsável pelo desenvolvimento pessoal e técnico, mas a Rach está sempre dando feedbacks e compartilhando experiências e conhecimentos muito importantes.

Como elas já disseram, é realmente uma união de forças. E, para mim, ser liderada por duas mulheres que agregam tanto em minha vida profissional é um privilégio <3

Rachel Gallois

Coordenadora | Relações Públicas | Comunicação e Markerting | Assessoria de Imprensa | Gestora de Projetos

2 a

É muito bom dividir o desafio da liderança com você! Obrigada por sempre ser tão parceira! <3

Juliane Santine

HR Business Partner | Cultura Organizacional | Desenvolvimento de lideranças

2 a

Umas das perguntas que mais recebo em benchs: esse modelo de gestão compartilhada funciona? Tá aí a resposta! 💙

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