Se você não mudar sua mentalidade, a maneira de ver as coisas, não sair da zona de conforto, dificilmente entenderá o que ocorre no país.
Os impostos altos e os gastos públicos excessivos são, de fato, dois fatores que influenciam negativamente o crescimento econômico do Brasil, mas não são os únicos. Vamos desdobrar essa questão para entender melhor:
1. Impostos altos e complexidade tributária
- Carga tributária elevada: O Brasil tem uma das maiores cargas tributárias do mundo, especialmente para quem produz, emprega e consome. Isso afeta a competitividade das empresas, inibe investimentos e encarece produtos e serviços, prejudicando tanto empresários quanto consumidores.
- Impostos sobre impostos: A incidência cumulativa de tributos, como ICMS e PIS/COFINS, gera um efeito cascata que eleva ainda mais os preços.
- Alimentos básicos taxados: Produtos essenciais deveriam ser isentos ou ter alíquotas reduzidas, pois isso teria um impacto direto na qualidade de vida da população mais pobre. Em muitos países, itens básicos são taxados de forma diferenciada.
- Complexidade do sistema: Além de altos, os tributos no Brasil são extremamente complexos, com diferentes regras federais, estaduais e municipais, o que demanda custos administrativos elevados para as empresas.
2. Gastos públicos excessivos e ineficientes
- Altos gastos do governo: O Brasil gasta muito, mas frequentemente de forma ineficiente. Parte significativa do orçamento vai para despesas obrigatórias, como folha de pagamento e aposentadorias, com pouca margem para investimentos em infraestrutura, educação e saúde.
- Má gestão e corrupção: A má alocação de recursos e a corrupção drenam recursos que poderiam ser usados para melhorar serviços públicos e estimular o desenvolvimento econômico.
- Dependência de benefícios sociais: Apesar de programas sociais serem essenciais em um país com alta desigualdade, o ideal é que eles sejam transitórios e capacitem os beneficiários a entrarem no mercado de trabalho. Contudo, sem políticas eficazes de geração de empregos, a dependência desses programas se perpetua.
São os principais obstáculos ao crescimento?
Eles são importantes, mas não os únicos. Outros fatores também têm impacto significativo:
- Infraestrutura precária: Estradas, portos e ferrovias insuficientes ou malconservados encarecem o transporte de mercadorias.
- Educação de baixa qualidade: Afeta a produtividade e impede a formação de uma mão de obra qualificada.
- Burocracia: O excesso de regras e regulações dificulta abrir e manter negócios.
- Insegurança jurídica: Regras que mudam frequentemente criam um ambiente incerto para investimentos.
- Desigualdade social: Reduz a capacidade de consumo e perpetua problemas estruturais.
- Reforma tributária: Simplificar e racionalizar o sistema, reduzindo a cumulatividade e priorizando a justiça fiscal.
- Austeridade e eficiência: Reduzir desperdícios no gasto público e priorizar investimentos que gerem crescimento econômico sustentável.
- Incentivo à formalização: Tornar mais atraente e viável para as empresas e trabalhadores saírem da informalidade.
- Investimento em educação e qualificação: Garantir uma força de trabalho competitiva e adaptada às demandas do mercado.
- Desburocratização: Facilitar a vida de quem quer empreender.
Se essas mudanças fossem implementadas, o Brasil teria mais chances de crescer de forma sustentável, reduzindo desigualdades e melhorando a qualidade de vida de sua população.
Fonte: Conselhos Corporativos Empreendedores
Gestão de Negócios, Mudança de Mentalidade, Lucratividade por Produto
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