Hexacampeão!
Hexacampeão.
Não. Infelizmente ainda não somos nós.
Coube a Carlo Ancelotti a levantar a “Orelhuda” (apelido dado à Taça da Liga dos Campeões da Europa) pela sexta vez, duas como jogador e quatro como técnico, tornando-se o treinador que mais venceu a competição.
Jogo foi muito tático, muito coletivo, onde a individualidade se concentrou no Sadio Mané, um pouco no Salah e muito no Courtois, o nome do jogo.
Do ponto de vista tático-estratégico pode-se observar interessantes escolhas por parte dos treinadores do confronto.
Pelo lado do Liverpool:
· A escolha do Konaté como companheiro do Virgil na linha de zagueiros para reforçar o lado direito defensivo e diminuir as ações do Vinícius Jr. pelo lado esquerdo do ataque do Real.
· O posicionamento do Sadio Mané como “falso-nove”, flutuando às costas dos volantes da equipe espanhola e dificultando o trabalho de marcação dos seus zagueiros, e a consequente entrada do Luís Diaz, aberto pelo lado esquerdo
· E a pressão alta, característica da equipe, fazendo uma linha de quatro alta, composta pelos três atacantes e a chegada do volante do lado da bola, ora o Henderson, ora o Tiago Alcântara.
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Pelo lado do Real Madrid.
· A evidente escolha da bola longa para acionar o Vinícius Jr. pelo lado esquerdo do campo.
· Eventualmente uma bola longa e alta para explorar a vantagem no jogo aéreo do Valverde sobre o Robertson. Aliás tem de se valorizar o excelente jogo feito pelo lado direito do Real com Valverde e Carvajal.
· E a escolha tática de quebrar o ritmo de jogo sempre que recuperava a posse da bola, evitando assim um jogo mais intenso favorável ao adversário.
O Real Madrid jogou com a confiança de quem sabia que levaria a “ORELHUDA”, talvez um reflexo da excepcional competência do seu treinador e de sua personalidade sólida, e da maturidade dos seus jogadores.
O Liverpool pegou o jogo para si desde o início, mas o Real também sabia que isso ocorreria.
Entrou com seu plano de jogo bem definido, se entregou a ele, quebrando o ritmo intenso do Liverpool e efetuando estocadas ofensivas pré-definidas, e contou com um MONSTRO debaixo das traves.
Mas com esse MONSTRO o Real Madrid sabia que podia contar. E o Ancelotti, também.