Implantando o BIM na CME – Parte 3: O BIM no Sketch Up
Na última semana falei sobre a primeira tentativa de implantar o BIM na CME e de fato foi a primeira tentativa organizada de migração para o Revit, porém um pouco antes fizemos uma experiência próxima ao BIM utilizando o Sketch Up, na época o plugin BIM.bon estava surgindo como um facilitador na área de orçamentos e pensamos, por que não?
A ideia era nada simples, desenvolver o projeto arquitetônico no Sketch Up e salvar plantas, vistas e cortes no AutoCAD. Os projetos eram enviados para os projetistas complementares e quando voltavam, modelávamos todo ele no Sketch Up novamente, de modo a compatibilizarmos com mais assertividade, criar listas de materiais corretas e apresentar o modelo para os nossos colaboradores e clientes na obra.
Foi uma experiência muito interessante e difícil, que atendeu em alguns aspectos e gerou muitas dificuldades em outros. O primeiro desafio foi modelar todo o projeto com exatidão construtiva, separar layers, componentes e grupos para melhor visualização e quantificação. Cada vez que chegavam os projetos complementares e íamos modela-los nós enfrentávamos um risco de alteração de projeto que não podíamos prever e em cada revisão nos desesperávamos para remodelar tudo conforme as alterações propostas por projetistas ou clientes.
Os melhores resultados foram o melhor entendimento do prédio como um todo, por nós, pelo cliente e pelos colaboradores de obra:
· Nossos índices de produtividade e segurança foram bem altos, pois o colaborador conseguiu visualizar o que o fruto do seu esforço iria gerar, criando um sentimento de pertencimento;
· Nosso cliente entendeu perfeitamente a proposta arquitetônica e as etapas construtivas, facilitando os processos de aprovação e diminuindo o número de revisões;
· A compatibilização foi relativamente eficiente trazendo mais clareza no canteiro de obras.
Porém as dificuldades surgiram também:
· Cada revisão de projeto necessitava de uma carga de trabalho hercúlea para ser emitida;
· O modelo era extremamente pesado, dificultando o trabalho cotidiano com todas as disciplinas;
· Não conseguimos gerar listas de materiais precisas ou mesmo confiáveis.
Esse projeto mostrou o potencial que havia nas visualizações 3D e na organização das disciplinas, apresentou o BIM como uma solução possível, apesar de tantas dificuldades. O Revit se tornou uma opção viável respondendo às dificuldades apresentadas pela experiência no Sketch Up.
Quem quiser ver como foi o processo basta seguir o link abaixo para a página da CME aonde estão as fotos do modelo em Sketch UP.
Grande abraço e qualquer dúvida sobre o processo chama aqui nos comentários.