A importância da saúde mental para a produtividade nas empresas
Cada vez mais empresas se conscientizam de que um ambiente de trabalho tóxico – aquele em que fofocas, abuso verbal, brigas, coerção etc. ocorrem regularmente – tem grande impacto sobre o bem-estar dos funcionários, resultando em aumento de estresse, ansiedade e preocupação, e podendo culminar em afastamento por burn out ou depressão.
Esta semana a Ambev anunciou uma mudança na cultura da empresa, divulgando a contratação em junho deste ano de uma diretora de Saúde Mental, como parte de uma movimentação em busca de um ambiente mais humanizado, em que a vulnerabilidade deixe de ser malvista.
Mesmo antes da pandemia, a Organização Mundial da Saúde - OMS já apontava o Brasil como o país com o maior número de pessoas ansiosas do mundo.
Sempre menciono em aulas e palestras o Projeto Aristóteles, uma ambiciosa pesquisa realizada pela Google com 180 equipes, entre 2013 e 2015. A ideia por trás da investigação foi o conceito do filósofo grego, constante na obra Metafísica: “o todo é diferente da soma de suas partes”. Com a prerrogativa de que os colaboradores podem fazer mais trabalhando juntos que isoladamente, o codinome da iniciativa foi um tributo ao pensador. O objetivo era responder ao seguinte questionamento: o que torna um time mais eficiente que outros?
As ideias para a investigação foram extraídas de pesquisas científicas e da experiência da própria Google, que analisou vários fatores da vida dos participantes, como a frequência com que almoçavam juntos ou socializavam fora da empresa, hobbies e interesses em comum. Realizaram também entrevistas com os líderes, para entender o que consideravam imprescindível para a eficácia. Os resultados, no entanto, foram bem diferentes do esperado.
O critério que se destacou como sendo o de maior importância para formar uma equipe de alta performance foi a segurança psicológica de cada indivíduo dentro do grupo, ou seja: o conforto em discordar dos demais e defender seus pontos de vista, a capacidade de não temer ser visto como incompetente ou chato, a possibilidade de admitir erros, dar sua opinião e fazer perguntas.
Em outras palavras, a equipe ideal era diferente daquela que se acreditava no início. As conclusões indicaram que o mais importante são as chamadas normas do grupo, os padrões de comportamento e tradições que não são expressos, mas que direcionam a interação das pessoas. Líderes e colaboradores estão interligados, e todos precisam de segurança psicológica para serem capazes de assumir riscos. Salário e benefícios são importantes, claro, porém é preciso ir além para ter uma produtividade acima da média. É necessário que as pessoas se sintam confortáveis umas com as outras, possam interagir com tranquilidade e sejam empáticas.
Ficou claro que era preciso investir no aprimoramento da COMUNICAÇÃO e fomentar a EMPATIA, pois equipes com esse tipo de comportamento contam com um fluxo maior de ideias, um melhor clima interno e sensação de segurança e poder, o que resulta em mais engajamento e produtividade.
Se desejar saber mais sobre como promover uma comunicação mais empática, e um ambiente mais harmonioso e inclusivo em sua empresa, entre em contato. Será um prazer ajudar você!
SAP Manager at DAF Caminhões Brasil
3 aMuito bom Márcia! Dois pontos interessantes são a empatia e a liberdade para abrir espaço de críticas e melhorias sem que aquilo seja visto como algo ruim. É bem difícil estar em um ambiente sem sinergia, empatia, onde pessoas se demonstram de uma forma para os gestores e de outra para os demais... Adorei o conteúdo!
Analista financeiro, Orçamentista, analista operacional
4 aUma boa comunicação e uma liderança empática no longo prazo com seus colaboradores é essencial. Até para buscar e usar novas referências e manter um negócio vivo no futuro. Existe a disciplina de Psicologia 101 nos MBAs? Deveria
Professora Universitária, Mediadora de Conflitos certificada pelo ICFML e Advogada Consensual
4 aA boa comunicação é essencial em qualquer ambiente. Otima reflexao ;)))