A importância das soft skills

        Com a transformação tecnológica, o mercado de trabalho tem passado por grandes mudanças. Estudos do Observatório Nacional da Industria indicam, para os próximos anos, uma demanda por trabalhadores em formação continuada, isto é, em permanente atualização para a aquisição de competências específicas. Essa alta procura por qualificação faz com que a retenção de um trabalhador no mercado dependa muito de suas habilidades comportamentais, sociais e relacionais como, por exemplo, liderança, flexibilidade, criatividade, proatividade, empatia, senso crítico, facilidade em comunicação, aprendizado e ensinamento – as chamadas soft skills -, associadas a um alto grau de conhecimento técnico. Enquanto as hard skills revelam o desempenho técnico de um profissional, as soft skills estão ligadas a relacionamentos interpessoais diferenciados que definem a preferência por alguns profissionais.

  Saber se relacionar, ter iniciativa e trabalhar em equipe são requisitos cada vez mais importantes para os departamentos de Recursos Humanos.  São aptidões - mentais, emocionais e sociais -  que evoluem a cada experiência adquirida no contexto cultural e familiar e determinam como reagimos e nos relacionamos. Mais difíceis de serem mensuradas, as soft skills podem ser incentivadas, desenvolvidas e redirecionadas de acordo com o perfil e necessidades da empresa. Porém, o autoconhecimento fala mais alto. Quando o profissional se conhece, identifica defeitos, prazeres, insatisfações e também os valores que norteiam sua trajetória.

  Soft skills podem ser usadas em diversas profissões e cargos, contribuindo para a melhoria das organizações. Dominar esse tipo de habilidade permite que o colaborador transite entre diferentes áreas de forma harmoniosa e produtiva. A forma como se dá a comunicação impacta o ambiente de trabalho, influencia a produtividade dos colaboradores e o tratamento dado aos clientes, interfere nas negociações e nas políticas de inclusão, determina as relações interpessoais. Uma empresa é formada por indivíduos singulares e distintos, por isso, ter um pensamento coletivo e integrado, a partir do desenvolvimento de habilidades que, não por acaso, o mercado exige, passa a ser fundamental para a boa convivência e para uma atuação empresarial positiva.