A importância do equilíbrio para a satisfação pessoal e profissional

A importância do equilíbrio para a satisfação pessoal e profissional

A saúde mental tem ganhado cada dia mais espaço não só nas redes sociais e rodas de conversa, o assunto está chegando às empresas e seus respectivos líderes. Em tempos de ESG, sustentabilidade, acessibilidade, quebra de paradigmas, desconstrução e preocupações com “o politicamente correto” em alta por dar destaque às marcas, muitas têm se esforçado para engajar projetos nesse sentido.

Alguns exemplos que já comentei por aqui antes:

  • C&A Brasil trazendo a #VistaAMudança com seus manequins e sacolas feitos de plástico reciclado - acesse.O McDonald's sob administração da Arcos Dorados que me faz pensar sobre inclusão desde a infância, antes de saber o quão sério e importante é o tema - leia.Ainda sobre inclusão, a Dove  com o espaço "Um Lugar ao Sol" traz para a praia pessoas que se sentem marginalizadas por conta de seus corpos fora do padrão seja pela aparência ou deficiência - saiba mais.O Mercado Livre que é expert em promover praticidade e agilidade em qualquer necessidade do cliente, busca gerar engajamento em um público que apesar do crescimento do digital, fica "de lado": os deficientes visuais - entenda.
  • O Prezunic Supermercados que, com uma unidade no coração da Cidade de Deus, uma das comunidades mais perigosas da cidade do Rio de Janeiro e por motivos óbvios não fazia entregas na região, mas está mudando esse cenário porque quem mora ali também merece praticidade - saiba mais.

Expectativa x Realidade: será que é efetivo para todo mundo?

Mas será que é o suficiente? E por trás disso tudo, como está a saúde física e mental dos profissionais envolvidos em todas essas ações? As pessoas que fazem acontecer estão felizes e saudáveis? Essa é a pergunta que não sai do meu pensamento. Tudo é tão bonito e legal de quem está de fora, mas e lá dentro efetivamente, como é?

Uma pesquisa realizada pela Paychex em novembro de 2021 apontou os cinco principais aspectos relacionados ao bem-estar que um colaborador entende como essenciais para se candidatar ou aceitar uma oportunidade profissional, são elas:

  • Bem-estar financeiro (29%)
  • Bem-estar da saúde mental (24%)
  • Bem-estar social (17%)
  • Bem-estar físico (17%)
  • Bem-estar na carreira (13%)

 Quais são as prioridades dos colaboradores de hoje e do futuro?

O bem-estar financeiro e de saúde mental aparecem como prioridades para os funcionários e naturalmente afetam tanto a taxa de retenção quanto a produtividade no escritório. As grandes empresas têm compreendido essa importância e oferecido benefícios inovadores aos colaboradores como plataformas que oferecem possibilidade de praticar atividades físicas e terapia online, por exemplo. Um grande passo em busca de saúde física e mental para os funcionários, mas é o bastante?

Nas grandes metrópoles como o Rio de Janeiro, a pessoa mora há 20 minutos de carro do local de trabalho, mas de transporte público pega duas conduções e demora 60 minutos. Quanto você acha que um dia de home office não aliviaria essa pessoa física e mentalmente? O resultado disso traria benefícios para o colaborador e para a própria empresa com mais produtividade por parte do colaborador já que está “mais aliviado” com a quebra da rotina na semana.

A Geração Z (e as que estão por vir) trazem temas relacionados ao bem-estar à mesa. No total, 6 em cada 10 funcionários desta geração dizem que o bem-estar do funcionário é uma das principais prioridades, até mesmo para considerar uma oferta de emprego como mencionei no início.

Para eles e cada dia mais, para nós, pessoas conscientes de nossas habilidades e necessidades, o apoio emocional, o equilíbrio entre vida profissional e pessoal, horários de trabalho flexíveis e espaço para crescimento pessoal são extremamente necessários. Mas será que isso está funcionando na prática? É um bom ponto para considerar quando estiver em um momento de reflexão ou até mesmo em naquele momento que costumamos chamar de “crise existencial”.

 O clássico: fazendo do limão uma limonada

O cenário para o empreendedor no Brasil também não é fácil, entendo. Mas para fazer o negócio do dele avançar, o colaborador precisa estar bem em todos os sentidos, concorda? Não é à toa que muitos renunciam ao CLT com o discurso de que prefere dedicar a vida a um negócio próprio do que investir no negócio do outro. Parece clichê, mas a verdade é que se o negócio do outro o fizer feliz e oferecer uma boa remuneração com benefícios relevantes, ele não irá renunciar a isso para empreender.

Alô, gestores e empreendedores! Não é preciso muito esforço para reconhecer que algo está errado com um colaborador, os colegas mais próximos notam, o gestor ou líder precisam ter conhecimento também. Um dia está mais calado ou quieto que pode significar preocupação ou tensão com algo, olhos avermelhados que podem indicar choro, irritabilidade que pode ter relação com noites mal dormidas ou problemas pessoais e por aí vai.

Estar atento aos detalhes pode fazer toda a diferença para os colaboradores, gestores e ao final de tudo, à marca ou empresa. Quer outro indicativo que pode parecer bobo, mas é uma evidência clara de que o colaborador tem problemas que podem ser de saúde, com o lar, falta de educação financeira ou apenas insatisfação? Quando o funcionário “cria” uma nova fonte de renda! Sabe por quê? Porque ele sabe que não vai poder dar 100% em tudo ao mesmo tempo, mas é uma necessidade ter uma renda extra, seja porque o salário é baixo ou porque ele não vê possibilidade de crescimento.

E por fim, com o último exemplo acima, vêm mais uma recomendação: ouça, veja e fale. A conversa, o feedback são as melhores alternativas para que todos estejam bem e produtivos. Entender as motivações ou falta delas é essencial para a satisfação de um colaborador. Afinal, ele passa mais tempo no trabalho do que na própria casa, não é?

Entre para ver ou adicionar um comentário

Outras pessoas também visualizaram

Conferir tópicos