Inovação em processos e negócios - utilizando o Bubble para validar cenários
Começo este artigo com um pensamento um tanto clichê: "em tempos de revolução social e tecnológica a inovação é premissa para a sobrevivência".
O termo literal da inovação possui escopo bem abrangente. Existem inovações disruptivas ou radicais e as inovações incrementais, e essas podem estar inseridas no contexto social, na sustentabilidade, no produto, ou no modelo de negócios e em processos.
Enfim, quando nos referimos sobre o tema inovação sua qualificação é ampla, porém, para entendimento geral a inovação está embasada (ou é rapidamente associada) aos produtos, serviços e consequentemente aos processos, e esses envolvem muitas vezes os desenvolvimentos de sistemas e melhorias de processos em um ambiente gerenciado.
É fato que com os últimos instrumentos, com as IA´s e outras ferramentas produtivas (a própria imagem deste artigo foi gerada em menos de 20 segundos), ampliou-se as discussões sobre o assunto inovação.
Partindo do princípio que a inovação aqui discutida seja em um cenário empresarial e signifique melhorar um determinado processo, surgem algumas questões na tomada de decisão : 1) Vai custar quanto? ; 2) Vai ficar pronto em quanto tempo?; 3) É realmente o que precisa ser feito?
O desenvolvimento de software tradicionalmente conhecido envolve uma série de etapas importantes, desde a concepção e validação da ideia até a implementação e manutenção do produto final, o que pode significar investimentos dependendo do contexto.
No entanto, nos últimos anos, também surgiram ferramentas no-code que estão mudando drasticamente essa dinâmica, agilizando o processo de concepção e validação da ideia e agilizando o desenho da experiência do usuário , e aqui me refiro especificamente o Bubble.
O Bubble é uma plataforma de desenvolvimento de software no-code que foi lançada em 2012 por Josh Haas e Emmanuel Straschnov. A ideia surgiu quando os fundadores perceberam que o desenvolvimento de aplicativos web era complexo e exigia habilidades técnicas especializadas, o que limitava o acesso de muitas pessoas a esse tipo de tecnologia.
Partindo de uma necessidade em aprender sobre o planejamento e as etapas de desenvolvimento de uma aplicação (concepção, ideia, validação desenvolvimento, teste, experimentação e adaptação) iniciei no Bubble há 3 anos para resolver problemas simples e que em algum momento custaria ou demoraria mais em outros cenários, e relato que a experiência até o momento tem sido satisfatória.
Como a ferramenta tem sua origem "não codar", sua interface gráfica intuitiva permite arrastar e soltar elementos para criar a lógica e o design de aplicativos, e tem uma ampla gama de recursos e integrações.
..."Penso também que, para fins de evolução do conhecimento para profissionais que interagem em um ambiente de desenvolvimento tecnológico, as ferramentas no-code auxiliam muito ao entendimento prático das lógicas e requisições, base de dados e higienização, implementações, features e integrações, controles de versões e revisões, visto que em uma ferramenta nocode assume-se toda a engenharia e o fullstack da "coisa toda", o projeto é desenhado frontend, backend, integrações, performances, versões, gestão do deploy, etc."
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Um projeto recente tem particularmente reservado muitas surpresas positivas, e todo experimentado utilizando o Bubble, é o ETIKA e a funcionalidade do canal de comunicação interna.
Este projeto nasceu com premissa de experimentar conceito e ideia e mudança rápida a custo baixo, assim ser desenvolvido rápido, ser de fácil alteração e a um custo extremamente baixo, pois sua fase é de validação de ideia e as mudanças rápidas precisam ser aplicadas ao ambiente sem interferir no prazo e no orçamento.
Toda a concepção do projeto, desde a sua aplicação em versão produção levou em torno de 10 dias, já incluindo todas as requisições, o fluxo de experiência e resposta ao usuário, a integridade de verificação da informação e a premissa de funcionar com uma aplicação (mesmo em teste) multiempresa, cada rota responde ao processo da empresa participante individualmente. A modelagem de dados também foi concebida considerando essa condição, e a fase agora após o deploy em produção ( para o Bubble é a versão live do projeto) é de experimentar, validar, ajustar e evoluir, o que tem sido feito com velocidade e sem restrições.
Além de construir o canal de comunicação foi necessário adicionar segurança e conformidade ao processo, o ambiente deve ser auditado e deve refletir a segurança e sigilo em todo o processo, tanto para quem acessa tanto para quem coordena o processo até o seu encerramento. Utilizar ferramentas eventuais não estava em questão, e desenvolver uma aplicação ou adquirir uma já concebida também foi descartado.
Finalizando, para este projeto em específico o escopo de utilização de uma ferramenta no-code tem atendido as expectativas (ressalto que a utilização do Bubble numa versão paga). Não sendo generalista no uso do no-code em qualquer circunstância, depende muito do contexto, mas dependendo das seguintes condições: