A Inteligência Artificial Generativa vem do Pensar Humano Maduro e Sofisticado

A Inteligência Artificial Generativa vem do Pensar Humano Maduro e Sofisticado

Muito tem sido escrito sobre a inteligência artificial (IA) generativa: modelos de IA capazes de gerar informações e propor decisões autonomamente, desenvolvendo o próprio aprendizado e tornando-se assim mais criativos e eficazes.

Entretanto, a fundamentação da Inteligência Artificial Generativa é conceitualmente baseada no desenvolvimento da capacidade humana de aprender e gerar informações progressivamente mais sofisticadas e complexas, em direção a decisões bem fundamentadas. Ou seja, a IA generativa (IAG) faz uso de recursos similares aos de uma mente humana trabalhando autonomamente, propondo novas realidades com foco em autodesenvolvimento, como um adulto maduro transformando a própria realidade.

A IA generativa é baseada em três componentes, que procuram replicar o pensar humano maduro e sofisticado:

O Pensamento Adversarial

Enquanto gera conteúdo, outro componente da plataforma de IAG desafia o conteúdo gerado, procurando aperfeiçoá-lo para que se torne cada vez mais realista, o que torna as respostas cada vez mais “autênticas”.

Sob a perspectiva humana, uma das mais comuns causas do descarrilhamento de carreiras é a dificuldade que profissionais têm em desafiar o próprio pensar; mantém-se por vezes fortemente vinculados a experiências, valores e premissas que foram valiosas até algum momento recente em suas carreiras, mas que se tornaram obsoletos com a dinâmica do ambiente interno e externo às organizações.

Muitos foram promovidos porque eram eficazes na posição anterior, ou foram contratados por uma nova organização, aplicam seu modelo de trabalho “exitoso” nas demandas da nova posição e falham!

O Tratamento Temporal

A IAG considera a dependência temporal dos dados, gerando conteúdo alinhado com a situação ou demandas que necessitam de análise contextual temporal ou estilística. Analisa sentimentos em textos longos, estilos musicais ou poéticos e produz textos, música ou recomendações muito alinhadas com a demanda.

Líderes frequentemente reagem a eventos que perturbam os modelos que têm utilizado sem antes procurar avaliar em detalhe a progressão de eventos ou demandas recentes, perturbadores do êxito que têm alcançado até então. Não conseguem pensar sobre: De onde vem isso? Por que agora? O que aconteceu no ambiente? O que virá em seguida? Portanto, não conseguem uma resposta eficaz para a perturbação.

O Pensar Profundo

IAG faz uso de múltiplas camadas interconectadas, onde cada uma transforma e gera novas questões e traça hipóteses sobre o conteúdo gerado por camadas anteriores, ampliando e/ou aperfeiçoando o conjunto de informações que recebe, tornando mais eficaz o reconhecimento de imagens, o processamento de linguagem natural e o próprio processo de autoaprendizado.

No ambiente de negócios, um operador talvez precise pensar não muito além de duas camadas próximas: o sucesso pessoal e o da equipe. Entretanto, profissionais mais seniores devem considerar muitas outras (ex.: a organização, o ambiente competitivo, acionistas, o meio-ambiente etc.), gerando hipótese, questionando-as e aperfeiçoando alternativas para atender as demandas das camadas mais críticas de forma equilibrada.

Tal como na IAG, sob o aspecto humano cada camada contribui (por meio de pessoas) com distintos interesses pressões, e é fundamental obter delas informações que ajudem a aperfeiçoar alternativas e identificar a solução que melhor harmonize as distintas demandas. É crítico identificar e mobilizar as camadas relevantes e adaptar estilos de liderança para usarmos abordagens, linguagens,  expectativas e influência eficazes.

------ X ------

Agora, quando você reflete sobre a sua Inteligência Humana Generativa, o que vem à sua mente? Quão adversarial, temporal e profundo você é ao tratar as perturbações e as demandas que recaem sobre seu modelo de pensar, decidir e atuar?

Quanto você questiona de forma criativa o seu pensar? Quanto investe em pensar de onde e por que vem, agora, a perturbação? E quão extenso e profundo é o seu pensar, ou seja, que componentes considera relevantes e como as trata ao desenvolver uma solução?

Na prática, desenvolver a Inteligência Humana Generativa envolve responder a perguntas como as abaixo:

·      O que de pior (melhor) acontecerá se eu deixar de fazer o que me incomoda? Como a mudança poderia impactar a minha vida? (pensar adversarial)

·      O que mudou no contexto, e o que novo contexto está exigindo de mim? O que passou a ser incômodo ou contraproducente? (pensar temporal)

·      Quem será relevantemente impactado por mudanças e novas decisões, qual impacto das alternativas que estou considerando e qual aquela que maximiza o benefício, depois de considerar o impacto de forma abrangente? (pensar profundo)

Se estas são perguntas que você tem dificuldade em responder, talvez possa fazer bom uso de um mentor ou um coach profissional.

Christianne Maria Ribeiro

National Talent Acquisition Manager

1 a

Oi Flavio, obrigada pela mensagem disruptiva, que me gerou reflexão 😉 Feliz 2024 a você e toda a família. Saudades.

Adriano Ferreira

Chief Happiness Officer at Retired

1 a

Já escreveu Pessoa ...

  • Não foi fornecido texto alternativo para esta imagem

Adorei o texto! Interessante e provocativo! Parabéns Kosminsky!

Entre para ver ou adicionar um comentário

Outros artigos de Flavio K.

Outras pessoas também visualizaram

Conferir tópicos