O passado nunca está morto... nem sequer é passado (William Faulkner).

Frustrações são inevitáveis quando recorremos a modelos que desenvolvemos no passado para superar desafios. São formas de enxergar o mundo nas quais confiamos porque as tomamos como as raízes do nosso sucesso; tornaram-se crenças que nos impedem de perceber e tratar adequadamente contextos distintos daqueles em que foram tomadas como eficazes.

Aconteceu com Gustavo[1]!

Sócio de uma firma global de consultoria, era considerado por colegas e clientes como um consultor brilhante em controle e panejamento financeiro, e trouxe para o coaching dificuldades em delegar e em encorajar discussões de temas de interesse de seus clientes fora de sua área de especialização.

Sentia-se preocupado e por vezes em risco de ser afastado da firma por não estar cumprindo integralmente as demandas de um sócio: desenvolver equipes e formar novos líderes, conquistar novos clientes e expandir a atuação da firma naqueles nos quais havia gerado percepção de eficácia. No coaching, rapidamente percebeu que, como sócio, continuava usando os mesmos modelos que usava como consultor.

Acontece com todos nós! Mantemo-nos presos a modelos de pensar que alavancaram sucesso e bem-estar; com isso nos impedimos de atuar eficazmente em situações distintas, que exigem novos referenciais. Modelos de sucesso transformam-se em crenças que nos dificultam desenvolver a complexidade do pensar, do sentir, de tomar consciência e de considerar o sistema como um todo quando estamos frente a algo novo ou inusitado.

Superar crenças não mais apropriadas requer uma jornada de prática intencional fora de sua zona de conforto. Por meio de experimentação segura, progressivamente mais ambiciosa e acionável, desenvolvemos mudanças no modelo de ler a realidade, em como enfrentava as emoções decorrentes dos novos desafios, como se relacionava e se colocava frente a colegas e clientes sem perder o reconhecimento e o bem-estar que o tornaram um profissional bem-sucedido.

Todos precisamos evoluir para uma nova forma de ver e atuar no mundo, que se transforma em um dilema importante porque não ousamos experimentar o novo; tememos abandonar as forças que são nossas fonte de orgulho e bem-estar. Não resolver este dilema acarreta frustrações e dificuldade significativas, como a perda de promoções ou de reconhecimento, ou eventualmente dramáticas, como a separação indesejada.

Se tornanr-se mais eficaz evoluindo para uma nova forma de atuar no mundo é um tema que gostaria de explorar, entre em contato. Será uma satisfação trocar ideias e perspectivas com você.


[1] Nome imaginário.

Eliane Bringmann

Mudanças Sustentáveis: Pessoas, Carreiras e Negócios | Design Instrucional | Cultura de Aprendizagem | Palestra, Cursos, Mentoria e Coaching Empresarial | Dra. Economia de Empresas | Credenciada: Sebrae e Sescoop

5mo

Flávio, obrigada pelo estímulo à reflexão! O que manter, o que ajustar para seguir evoluindo e o que literalmente deixar no passado é um desafio diário para seguirmos evoluindo.

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Flavio K.

Apoio executivos, líderes e equipes a alcançarem patamares superiores de desempenho e eficácia, cocriando abordagens eficazes para alcançarem suas aspirações pessoais e as da organização.

5mo

Obrigado, Beth.

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Maria Elisabeth Villela Gouveia

LinkedIn Top Voice | Coach ICF | Mentor | Consultor | Professor | Instrutor | Palestrante | Facilitador | Liderança | Carreira | Designer instrucional | Mestre em Coaching e Liderança

5mo

Instigador seu artigo, Flávio. Sabemos que somos um produto de tudo o que vivemos até o momento, mas um processo orientado e intencional pode apoiar a transformação dos nossos modelos mentais. Grata pela partilha.

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