Investimentos em startups: como atrair e qual a hora certa para cada um
Para se tirar uma ideia que seja inovadora do papel, as startups buscam recursos nos diferentes tipos de investimentos, a fim de conseguir acelerar e alavancar o crescimento do seu negócio. As rodadas de investimento variam conforme o grau de maturidade em que a organização se encontra e, nelas, os empreendedores apresentam seus projetos para os investidores que, mediante o interesse pela ideia, oferecem capital com a condição de participação acionária nos ganhos da empresa.
Além do aporte financeiro que venha a fazer, o investidor participará também da gestão, orientando o CEO nas tomadas de decisões. Porém, antes de buscar investimento, o empreendedor deve estar atento a alguns pontos, a fim de gerar confiança e impressionar os potenciais investidores.
Mas quais são os principais tipos de investimentos em startups?
Existem diferentes investimentos disponíveis para as startups, os empreendedores têm mais chances de encontrar o mais adequado para o seu negócio. São eles:
FFF (Families, Friends, Fools)
Essa forma de investimento que geralmente ocorre no estágio embrionário da startup. Os primeiros aportes são feitos por amigos, parentes e “tolos” (pessoas que investem na ideia, sem analisar o investimento).
Crowdfunding
Trata-se de um investimento coletivo, uma versão aprimorada da “vaquinha”. Nele, o empreendedor divulga seu projeto em uma plataforma digital em busca de investidores interessados (esse modelo foi abordado em texto anterior). Normalmente nessas plataformas digitais, encontram-se pessoas físicas que tem interesse em investir em projetos para diversificar seus investimentos.
Investimento anjo
Os Investidores anjo são pessoas físicas ou jurídicas, com vasta experiência no mercado, que aportam recursos próprios em projetos com alto potencial de crescimento. O volume de investimento varia de R$ 100 mil e R$ 1 milhão. A startup vai usar esse capital para ter pelo menos um produto consolidado, com um ou dois clientes. Na fase anjo, o empreendedor não precisa ter uma empresa, pois no começo, geralmente, são dois ou três colaboradores.
Investimento semente (seed)
Superada a fase do investimento anjo, o empreendedor capta recursos em investimento semente (seed), com o propósito de virar uma empresa. A startup já tem até um CNPJ, mas ainda é bem pequena. Com o capital, a startup vai fazer o product market fit para validar o desempenho do produto dentro de um determinado mercado.
Nessa fase já se faz o MVP (Minimum Viable Product - ou Produto Mínimo Viável) e põe o produto para vender. No entanto, essa é uma fase em que a empresa tem que conseguir vários clientes, pois, a equipe, que antes era em mais ou menos 10 colaboradores, agora passa a ter uns 35 profissionais, com uma equipe de tecnologia forte e o início de uma área de marketing. O investimento nesta etapa, dependendo do tipo de startup, vai variar de R$ 1 milhão a R$ 50 milhões
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Subvenções
Uma forma alternativa de conseguir recursos é através de subvenções, modalidade de apoio financeiro oferecido pelo poder público. A participação ocorre por meio de chamadas públicas e os critérios são publicados em editais.
Fundos de Venture Capital
Os fundos de Venture Capital (VC), que contam com investidores das Séries A e B, são voltados aos investimentos de risco, com grande potencial de retorno, como exemplo, as startups inovadoras, que descobrem ótimas oportunidades no mercado, mas carecem de recursos para explorá-las.
Na estrutura de VC, podemos destacar as incubadoras e aceleradoras.
As incubadoras oferecem não só recursos financeiros, mas também infraestrutura e consultoria para micro e pequenas empresas em estágio inicial. Boa parte das incubadoras brasileiras estão ligada a universidades ou programas governamentais e busca atender planejamentos regionais.
Enquanto as aceleradoras também buscam startups com potencial de crescimento rápido. Elas são formadas por empreendedores e investidores privados que oferecem, além de capital, treinamento e mentoria. O objetivo, é acelerar o crescimento da empresa em curto prazo. Elas trabalham com projetos de prazos menores que os das incubadoras. As incubadoras focam no plano de negócio, enquanto as aceleradoras focam no modelo de negócio.
Rodada Série A
Essa é a primeira rodada de investimento de uma grande empresa, que vai se lançar no mercado. Aqui, a startup já criou um produto, comprovou que os clientes querem comprá-lo e, por este motivo, o investidor busca recursos para aprimorá-lo e expandir as vendas.
Série B
A Série B, conhecida como early stage (estágio inicial) é a expansão para um novo mercado ou, até mesmo, a criação de um novo produto. Uma startup que se encontra na Série B já está entendendo o mercado e até o final dessa série seu faturamento é por volta de R$ 30 milhões por ano.
Série C
Já Série C, também conhecida como late stage (empresas que têm comportamento mais parecido com as de capital aberto), as startups se preparam para fazer abertura na bolsa (IPO). Os investidores dessa fase são os fundos de Venture Capital, além de fundos de Private Equity (Corporate Venture Capital - CVC), voltados às empresas mais sólidas, com investimentos que chegam a centenas de milhões de reais. Da Série C em diante são aquelas rodadas que impressionam a todos. É nessa fase que os unicórnios costumam aparecer..
Como atrair investidores?
Ao decidir pela busca de investimentos, a startup precisa, primeiramente, ter total domínio do projeto que irá apresentar, além de um plano de negócio de longo prazo. Outro ponto é ter uma equipe multidisciplinar, assim, o investidor consegue “enxergar” que o capital humano é capaz de tirar as ideias do papel.