"Lay Off" Comercial - Analisando o Mercado Automotivo

"Lay Off" Comercial - Analisando o Mercado Automotivo

Estamos em crise, conforme números publicados pela FENABRAVE o mercado automotivo reúne 21% de retração no ano de 2015.  Em paralelo nunca vimos tanta concorrência pela atenção do consumidor, e quando digo atenção não me refiro a propagandas e campanhas de marketing mirabolantes falo sobre os carros em si. Olhando um pouco para nosso passado podemos verificar que o mercado nacional esta em profunda transformação não somente pela crise mas sim pelo aumento da oferta de marcas e modelos ao cliente final. 

Esta transformação fica evidente quando comparamos a divisão do mercado por fabricantes pegando como data base julho do ano de 2013 temos 57% do mercado concentrado em três montadoras sendo que a líder possuí mais de 20% de participação.  Este cenário evolui para um cenário em 2015 onde as três maiores possuem um mercado de 45% sendo que a líder registra em torno de 16% de participação.

Neste novo cenário onde a concorrência esta cada vez mais acirrada notamos movimentos no mercado que chamo de "Lay Off - Comercial" enquanto algumas montadoras estão lançando novos veículos notamos que existem aqueles que estão sendo engolidos pela concorrência. Veja o caso da GM que saiu do terceiro lugar em 2013 para o primeiro lugar em 2015 assim como a HYUNDAI, NISSAN e TOYOTA que subiram uma posição na participação do mercado. Estas montadoras passam por momentos distintos no mercado mas todas preservaram seu potencial comercial, possuem veículos que agradam o consumidor brasileiro. 

Na contramão temos empresas que vivem o chamado "Lay Off - Comercial" olhando para o números da VOLKSWAGEN vemos que não somente a crise abalou a companhia mas também a perda de participação de mercado seu veículo mais vendido, o GOL, hoje figura na 5ª posição do ranking. Derrubado de sua posição pela concorrência que hoje traz veículos modernos, com baixo custo de manutenção e que agradam pela construção, qualidade e nível de equipamentos o GOL esta de Lay Off. Poderia ainda citar alguns companheiros como o HONDA CIVIC que por maior esforço comercial da marca não supera a metade das vendas de seu concorrente direto o TOYOTA COROLLA e ainda temos modelos que podem estar vislumbrando férias coletivas como o FORD ECOSPORT.

Estar em Lay Off significa ter redução de sua carga de trabalho e de seu salário em até 25% ou a suspensão total do contrato para requalificação profissional. Com a retomada do mercado prevista para 2017 podemos pensar que muitos profissionais estarão aproveitando este momento de baixa para rever alguns conceitos, realizar cursos e atualizações buscando serem recolocados no mercado.

Assim deve ser o pensamento das montadoras que podem aproveitar este momento para realizar as atualizações de que seus produtos necessitam olhando para o mercado futuro (2017). Vender veículos no Brasil nunca foi tão difícil mas a dificuldade não vem somente pela crise econômica que assim como tudo na vida passará a dificuldade esta em ganhar da concorrência. E esta concorrência é saudável ao consumidor.

Hoje vender carros no Brasil é uma tarefa para empresas que sabem escutar os clientes, que prestam um bom serviço de pós venda e que principalmente oferecem custos de manutenção baixos. Visto o caso do TOYOTA COROLLA único veículo com valor de venda superior a R$ 70.000,00 a figurar no TOP 10 do mercado estando 11 posições a frente de seu concorrente. O que leva a este comportamento de mercado? Acredito que além de um produto que acerta no gosto dos consumidores o caso COROLLA vai além, o cliente esta comprando um atendimento exclusivo, custos de manutenção baixos e a certeza que possui um veículo confiável. Para aqueles que estão de Lay Off  a palavra de ordem é renovação pois o mercado esta cada vez mais difícil. 

 Aproveite este texto e deixe sua opinião sobre o mercado automotivo, acredita que voltaremos a crescer? Quando? Já teve um veículo que deixou saudades? Conte a sua experiência.

Elaine Santos

Especializada em soluções estratégicas para Instituições de Ensino

9 a

Acredito que estamos em um ciclo, só que no momento, em baixa. A recuperação de mercado virá, porém, com um consumidor mais exigente, fazendo com que as empresas se adaptem ao novo modelo e crie novos métodos e produtos para atender a nova demanda. Estou confinado que bons ventos de prosperidade voltem a soprar.

Luiz B.

Cofundador e CEO na Futago.ai

9 a

Boa análise da dinâmica do segmento. É muito salutar que a concorrência tenha aumentado, como você bem aponta, mas fico com a percepção que ainda não somos tratados como consumidores maduros. O hatch médio líder de marcado Focus está defasado ao vendido em mercados maduros, pagamos preços exorbitantes em qualquer modelo comparado a outros países, ....

Luis Paioli

Consultor de Negócios (Gestare Consultoria) e docente universitário

9 a

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Marcio Herold

Operation and Quality Director - AK Group - MBA

9 a

Rafael Antonio Lacerda acredito que você conseguiu fazer um ótimo resumo do que o setor automotivo está passando, enquanto alguns se limitam a reduzir custos, outros estão investindo em inovação e lançando veículos no mercado com nível superior ao dos concorrentes, quem deixar para reagir somente em 2017, pode perder grande uma oportunidade de se preparar para o pós crise.

CARLOS ALBERTO KULICHESKI

Process Engineering Manager at HORSE Brazil

9 a

Concordo com tua posição Rafael, no entanto a mudança não deve ser somente vista por parte das montadoras. Sou suspeito par afalar, mas vamos lá, os consumidores também tem que mudar e buscar novas oportunidades. A mudança de postura do consumidor é que faz com que as montadoras se adaptem ao novo consumidor. O que o Gregorio Suarez citou é válido mas pouco abrangente, ninguém muda se o produto ofertado continua a ser comprado. O exemplo do GOL é o mais claro, durante muitos anos o mais vendido, o produto cansou e o consumidor também. Estamos com outras gerações de consumidores no mercado agora, a fidelidade à marca não existe mais como nos anos anteriores. Acredito que muitas mudanças ainda virão. Muito bom artigo!

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