Levando apenas o essencial
Por Dani Costa | danielacontato@gmail.com
De tempos em tempos, algumas coisas devem morrer para que a mudança que tanto precisamos possa acontecer. Sabe por quê?
Porque a vida é vibração e vibração é movimento. Onde há resistência, o movimento tende a cessar, vamos murchando, perdendo a vitalidade. Enfraquecemos o nosso Ki (energia vital). Vamos transformando a rotina em um amontoado de atividades a serem cumpridas, sem muito sentido ou propósito. Vamos olhando as outras pessoas com baixa empatia e alta indisposição.
Tudo porque deixamos de contemplar a impermanência da vida, sentida através do movimento das mudanças, da certeza de que tudo muda e passa por ciclos contínuos de morte e renascimento. Nos paralisamos em busca da tão sonhada estabilidade, que de modo desequilibrado, vai nos tirando a capacidade de soltar.
É parte do crescimento, pessoal e profissional, o fortalecimento de uma mentalidade orientada à mudança, a não ter medo de deixar ir o que não faz mais sentido - ou ao menos trabalhar isso dentro de si e perceber que às vezes, seguimos com medo mesmo. O segredo aí é não permitir que ele seja maior que a sua força de realização.
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A certeza de poder contar com pessoas leais nesse percurso faz também toda a diferença! Por isso, conte com quem está ao seu lado. É na coletividade que reside a nossa força. Toda felicidade do mundo vem do fato de estarmos conectados uns aos outros. É da força das conexões que nasce a transformação. Se você olha pro lado e não consegue se conectar, ser visto sem máscaras ou expectativas de terceiros, é porque então está na hora de repensar as suas conexões pessoais também.
Vivemos um mundo que nos lança ao desconhecido cotidianamente, por mais que evitemos pensar sobre isso. E enxergar essa complexidade do mundo, as conexões ocultas implícitas em tudo, como lindamente nos conta Capra, é uma possibilidade de voltarmos a ver e sentir as muitas possibilidades que verdadeiramente temos ao nosso alcance.
Cuidar da nossa infraestrutura mental é um dos requisitos importantes para suportar tudo o que está acontecendo e ainda estar por vir. Precisaremos disso para exercitarmos todo o nosso potencial criativo de fazer as perguntas certas, de nos movermos em direção ao que é novo, com a liberdade e a coragem de se permitir ser quem se é. Em formatos mais simples e leves, derrubando estruturas apodrecidas, construídas em cima de muito sofrimento, repressão e opressão.
Necessitamos perder essa mania de controle sobre um mundo que já não pode mais ser controlado. Fazer isso de um modo estruturado e sabendo onde se quer chegar.
Para resgatarmos a nossa criatividade, capacidade de sentir e enxergar o outro e assim, nos identificarmos com formas mais autênticas de viver, precisamos nos liberar de bagagens e crenças desnecessárias que fomos acumulando ao longo do caminho. Lembre sempre: para percorrer o infinito, não podemos ter pesos nem dentro e nem fora de nós.