Livre-se das Métricas de Vaidades na Gestão Ágil

Livre-se das Métricas de Vaidades na Gestão Ágil

Pare de perseguir FALSAS Metas Ágeis

Porque tem tantas metas que não funcionam... mas tanta gente ainda as perseguem?


Disclaimer: Que venham os haters e os papagaios de piratas. É bem provável que você veja alguns pseudos agilistas se corrigindo, ou apagando posts, depois deste artigo 😉


Tem muito pseudo agilista por aí seguindo métricas para mostrar o seu trabalho.

Mostrar que está ocupado, ou fazendo mais que jamais vez antes.


Muitos destes números até podem ser expressivos...

mas na prática, parece quase tudo igual...

as mesmas reclamações...

as mesmas indiferenças...

a falta de reconhecimento...

a ausência de empatia...


e resultados que resolvam as dores e os problemas mesmo, nunca aparecem.


É número de acesso, quantidade de downloads, throughput, deploys...

O que adianta de tudo isso, se o cliente não é atendido...

tem seus problemas ignorados...

ou os usuários continuam com problemas?


Quando falamos de Gestão Ágil, tem muitos indicadores que só iludem...

apenas dão uma sensação de dever cumprido.


Mas que nem sempre dão a resolução dos problemas ou propósitos dos projetos ágeis.


Só quando reconhecemos nossas falhas é que podemos agir com autorresponsabilidade.

Esse inclusive é um dos princípios fundamentais da Gestão Ágil, e de vários frameworks, como o Scrum.


Por isso, estou aqui para mostrar algumas falsas métricas...

que enganam muitas equipes de serem ágeis de verdade.


Mas afinal:


O que são métricas de vaidade na Gestão Ágil?


“O que pode ser medido pode ser melhorado” (Drucker)

Porém, nem tudo que é medido ajuda a te fazer um bom trabalho. 😊


Calma, eu explico:


Não quero dizer que há métricas inúteis. Todas acabam tendo alguma finalidade.

Mas não quer dizer que todas te levam a algum lugar.


Hoje vivemos um mundo em que todos buscam uma autossuficiência e uma autoimagem quase que utópicas.


Todo mundo quer ter sucesso, ser fitness, se o fod@, ser a pic@ das galáxias.

Isso tem gerado uma onda de vaidade, onde muitos de nós achamos que temos que ser perfeitos.


Que não podemos errar,

que não podemos nós sentir ser diferentes,

que não podemos ser frágeis.


Temos que ser fortes,

Infalíveis,

sempre acima da média.


Isso levou a algumas gerações de profissionais vaidosos/as.

Que tem que mostrar essa perfeição o tempo todo, inclusive em seu trabalho.


Essa obsessão faz com que muitos mascarem problemas reais com falsos indicadores ágeis.

O que impedem de equipes, gestores e líderes de conseguirem encontrar resoluções...

que ajudem a si mesmos e seus clientes.


Elas acabam por não ajudar em nada na tomada de decisão,

afinal, acabam por esconder o que deveria ser o foco de qualquer processo ou projeto ágil:


As dores de nossos clientes e usuários.

 

Tudo isso para conseguirem a validação social de seus pares ou líderes...

afinal, estão mostrando números cada vez maiores.


Quem nunca procurou por aprovação social, seja para satisfazer critérios familiares...

ou para se mostrar profissionalmente hábil.


Vocês podem até não ter feito isso conscientemente...

mas inconscientemente, com certeza já fez, e talvez ainda faça.


Efeitos de Bando nas Métricas “Ágeis” de Vaidade


Isso porque estamos falando de questões instintivas...

que seu cérebro faz por hábitos ancestrais de sobrevivência.

Afinal, em tempos mais primitivos,

a convivência em grupo costuma garantir melhores índices de sobrevivência.


O problema de seguir este efeito manada, ou de massa...

É que na Gestão Ágil devemos procurar o diferente.


Pois para inovar, devemos pensar, agir e desenvolver de maneira diferente da maioria...

visto que no modo manada, ninguém da empresa foi capaz ainda de desenvolver uma resolução para um problema apresentado.


Vamos conferir algumas métricas que, apesar de básicas, podem te enganar quanto o real atingimento de seus objetivos e de seus projetos 😉


Downloads


Claro de quando desenvolvemos um aplicativo, queremos que o baixem. E que baixem muito.


Agora, quantidade de downloads não significa utilização...

nem fidelidade...

tão pouco retorno ou valor de negócio.

Por isso, muitos outros Resultados Chave são necessários, como por exemplo:

  • Usuários Ativos;
  • Ticket Médio;
  • Índice de satisfação;
  • Cadastros com Sucessos, e outros.

Assim podemos apurar se há correlação de downloads, com o valor de negócio esperado 😊

 

Pageviews

Novamente, não quer dizer que não devemos olhar para esta métrica.

Contudo, olhar só para ela pode não significar muita coisa.

Veja, uma coisa é ter 1 milhão de visualização, porém só mil visitantes.

E outra coisa é ter milhão de visualização, com 1 milhão de visitantes.

Ou seja, se esta métrica não te ajuda a tomar uma decisão, entre seguir adiante, ou fazer mudanças...

Talvez, ao menos, ela não deva ser a única a compor o seu Resultado Chave.

Velocidade

A velocidade é uma métrica comum na Gestão Ágil, em especial no framework Scrum.

E costuma ser a métrica mais mal interpretada.

Ela costuma ser utilizada para medir a progressão do esforço realizado durante as Sprints ou Releases. Talvez até dar uma ideia sobre o quão rápido um time pode finalizar seus Sprint Backlogs.

Porém, quando estamos adotando princípios ágeis, estamos partindo do fundamento que o produto ou projeto é inovador...

Ou seja, de que, pelo menos na empresa ou no time, aquele desenvolvimento é novo, inédito.

Caso contrário seria mais apropriado uma abordagem mais tradicional. Já discutimos as diferenças entre a Gestão e Ágil e a Tradicional nesta Live: Diferenças entre o Tradicional e o Ágil, confira 😊.

“Mas é tentador ir mais rápido, não é???”

 

Veja, do que adianta ser rápido para sair de São Paulo para Campinas, se estamos com o mapa do Rio de Janeiro.


Com o mapa errado, só seremos rápidos em chegar no lugar errado! 😊

Throughput

Resumidamente, podemos dizer que esta métrica mensura a capacidade de entrega entre Sprints e Releases de um time.

Para medir, há quem utilize quantidade de tarefas, histórias, esforços, bugs, etc...

Assim, como a velocidade, há pseudos agilistas que a utilização puramente para fazer estimativas.

Mas lembra que comentamos a pouco sobre a natureza inédita no desenvolvimento de produtos e serviços na Gestão Ágil???

A Gestão Ágil nasce de um contexto em que o grau de incerteza sobre o “O QUE FAZER”, e o “COMO FAZER”, são muito altos.

Hora bolas, se é assim, é provável que o time nunca tenha feito aquele requisito, naquela tecnologia, para aquele mercado em específico antes.

Afinal, em desenvolvimento de produtos e serviços com alto grau de envolvimento intelectual e criativo....

é natural que encontremos diferentes experiências, e diferentes formas de pensar e fazer.

Logo, a variação de “entregas” entre as Sprints costuma ser alta.

Logo, a progressão do desenvolvimento de projetos ágeis tende a não ser linear.

Nem sempre metade do Backlog realizado, significa 50% do trabalho concluído.

“AAAAAh, mas batas quebrar os requisitos em sua menor unidade!”

Então, esse é outro problema decorrente de olharmos só para o Throughput.

Podemos levar o time a pensar que basta diminuir ao máximo as histórias de usuários...

De modo que os números de “entregas” sejam maiores.

Sim, esta é uma excelente estratégia de entrega ágil...

Porém, muitos utilizam esta estratégica para maquiar os números...

quebrando as user stories a ponto de elas não entregarem valor de negócio ao final da Sprint.

 

Bom, nem preciso dizer que assim, só aumentamos a vaidade do time...

e a insatisfação do cliente...

que na teoria tem mais entregas, mas que não pode usar ainda.

Lembre-se: Na Gestão Ágil, um dos fundamentos é a entrega de valor de forma antecipada. 😉

Como evitar que as métricas de vaidade te afastem dos objetivos esperados?

Em resumo: Uma métrica de vaidade enaltece, muitas vezes além da conta, o trabalho realizado...

mas não trazem diretamente um resultado esperado para a resolução de um problema ou uma dor.


Por isso devemos lembrar que métricas acabam por moldar comportamentos de times e de líderes também.


Afinal, uma métrica é também uma maneira de dizer o que é, ou o que deve ser priorizado pelo time.


Por isso se seguirmos com métricas como, digamos, velocidade, o time seguirá perseguindo velocidade.


Mas como sabemos, velocidade não significa qualidade...

nem que estamos indo mais rápido em direção aos Objetivos esperados.

Quer dizer apenas que estamos rápidos.


Este costuma ser um assunto polêmico, pois mexe com o conceito de produtividade de muita gente.


E por muitas vezes, devemos buscar métricas que mostrem as dores de fato...

e não só aquilo que queremos ver.


Isso pode parecer simples, mas não é.


É muito fácil identificarmos times que estão perseguindo, por exemplo, curtidas, quando a intenção era a realização de vendas.


Por isso identificar os Objetivos esperados é tão importante, se não mais, do que as métricas em si.


Na verdade, as métricas devem apoiar os Objetivos e os Propósitos esperados no desenvolvimento de um produto ou serviço.


Uma maneira de se fazer isso é com OKRs (Objective and Key-Results).


OKRs são metas ágeis simples, para implementar e gerenciar os projetos e serviços mais complexos.


Eles permitem estruturar metas alinhadas entre a estratégia, objetivos e desenvolvimento de produtos e serviços.


Conheça mais sobre OKRs aqui: Descubra mais sobre Metas Ágeis OKR clicando aqui.


Você conhece mais alguma métrica de vaidade?

Me conta nos comentários 😉


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Fonte: https://agileit.coach/metricas-de-vaidade-gestao-agil/


Um grande abraço e até breve! 😊

 

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Allan Pimenta

Consultor Estratégico | LinkedIn Top Voice | Mentor Executivo | Conselheiro | Desenvolvedor de Pessoas e Negócios | Professor | Escritor | Palestrante | Estrategista | Diretor | CEO | Gestão de Pessoas | RH Influencer

2 a

"“O que pode ser medido pode ser melhorado” (Drucker) Porém, nem tudo que é medido ajuda a te fazer um bom trabalho. 😊" Simplesmente genial.;.. Como seria bom que todos entendessem isso !!!

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