A longevidade humana no século XXI: realidade ou mito?

A longevidade humana no século XXI: realidade ou mito?

Um recente estudo publicado na Nature Aging por S. Jay Olshansky, Bradley J. Willcox, Lloyd Demetrius e Hiram Beltrán-Sánchez revela insights importantes sobre as tendências da expectativa de vida e a possibilidade de extensão radical da vida humana, mudando algumas certeza que até à data existiam..

🧓 Ao longo do século XX, a expectativa de vida aumentou cerca de 30 anos nos países desenvolvidos, impulsionada pelos avanços em saúde pública e medicina. No entanto, o futuro apresenta novos desafios: desde 1990, o ritmo dessas melhorias desacelerou, e a longevidade parece estar a aproximar-se de um limite natural.

🧑🦳A partir de 2042, a geração de baby boomers será a principal beneficiária das inovações médicas, aumentando significativamente o número de centenários. Mas será que estamos preparados para essa mudança?

Após este período de crescimento, espera-se que a longevidade se estabilize, pois as melhorias adicionais na expectativa de vida tornar-se-ão mais difíceis de alcançar.

🙌 Embora a extensão radical da vida humana seja considerada improvável para a maioria da população neste século, o estudo vê potencial na gerociência para melhorar a qualidade de vida nas idades avançadas.

O estudo celebra o progresso histórico na saúde e longevidade e antecipa uma era de estabilidade na longevidade, com uma ênfase em viver mais anos com saúde e vitalidade.

Mas será que estamos preparados para essa mudança imediata?

É crucial que a sociedade mude a sua perspectiva sobre as pessoas mais velhas. A verdadeira transformação está a ocorrer agora, mas muitas vezes não estamos preparados para ela.

A publicidade e os meios de comunicação até recentemente, e na sua maioria, retratam os mais velhos de forma caricaturada, dependentes e sem qualquer poder de decisão.

Existem maravilhosas exceções como a campanha da Burger King que para festejar os seus 70

anos entregou o papel principal às pessoas mais velhas que desde cedo começaram, e continuam, a ser consumidores, ou Fidelidade que em 2022 abraçou o conceito da longevidade. Esta mudança na comunicação foi reflexo de um estudo por parte da empresa e podemos ver esses resultados nas apostas positivas que a empresa tem efetuado, com o culminar de uma nova comunicação em 2024 e um nova assinatura "Nova Idade. Nova vida com longevidade."

Começa a haver uma mudança positiva na maneira como as pessoas mais velhas são percebidas, mas ainda há um longo caminho a percorrer. Precisamos valorizar as contribuições, experiências e sabedoria que os mais velhos trazem à sociedade.

Em vez de ver a longevidade como um desafio, devemos abraçar as oportunidades que surgem com uma população envelhecida.

A ênfase deve estar em melhorar a qualidade de vida e garantir que todos tenham um papel ativo e significativo na sociedade.

Vamos trabalhar juntos para garantir que a narrativa sobre o envelhecimento seja positiva e inclusiva, começando por colocar a longevidade como aspiracional!


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