Módulo 12 – Conselho de novas alianças e novo dinheiro nas empresas
1. Governança corporativa
Governança corporativa é o sistema pelo qual as empresas e demais organizações são dirigidas, monitoradas e incentivadas, envolvendo os relacionamentos entre sócios, conselho de administração, diretoria, órgãos de fiscalização e controle e demais partes interessadas.
As boas práticas de governança corporativa convertem princípios básicos em recomendações objetivas, alinhando interesses com a finalidade de preservar e otimizar o valor econômico de longo prazo da organização, facilitando seu acesso a recursos e contribuindo para a qualidade da gestão da organização, sua longevidade e o bem comum.
2. Qual o perfil do profissional do conselho consultivo
Um conselho consultivo geralmente consiste em especialistas que têm experiência com uma tarefa que uma organização está realizando, ajudando o grupo de executivos, através do conselho de administração ou conselho consultivo aos executivos administrativos de uma empresa a tomar melhores decisões sobre como proceder. Por exemplo, uma revista especializada em construção civil, pode ter em seu conselho especialistas em construção civil, arquitetos, etc. Um conselho consultivo de uma organização sem fins lucrativos pode incluir especialistas em uma ampla variedade de disciplinas, como marketing, investimentos, tecnologia e captação de recursos, para ajudar a equipe da organização a cumprir sua missão.
3. Metodologia: Novas alianças e novo dinheiro
Os membros individuais do conselho têm funções que incluem a definição de metas e supervisão das finanças da organização, marketing, reuniões, captação de recursos, website, recrutamento e retenção de membros e recrutamento de patrocínio. Os conselhos consultivos trabalham com os membros da diretoria e da equipe antes de agir e fornecer feedback após as atividades serem realizadas. Uma revista ou site informativo solicitará conselhos sobre o conteúdo de seu conselho consultivo, realizará o calendário editorial anual proposto pelo conselho, solicitará sugestões sobre autores especialistas, compartilhará artigos para revisão e comentários antes da publicação e solicitará comentários sobre cada edição da revista. ou o conteúdo online. Uma organização sem fins lucrativos pode pedir a seu conselho consultivo para se reunir com um chefe de departamento ou comitê para ajudar a planejar a reunião anual da organização, revisar orçamentos, fornecer feedback sobre os programas educacionais da organização ou ajudar na captação de recursos. Alguns conselhos consultivos são em grande parte cosméticos, com uma organização obtendo a capacidade de colocar nomes de especialistas credíveis e de alto perfil em seu site ou papel timbrado, e profissionais do setor conseguindo uma afiliação oficial com uma publicação, negócio, associação comercial ou instituição de caridade.
Os conselhos consultivos não têm palavra final em nenhuma das decisões das organizações que eles atendem. Eles são simplesmente um grupo que fornece conselhos. Às vezes, a equipe de uma empresa pode discordar do conselho de seu conselho consultivo e cabe ao conselho de administração decidir qual sugestão seguir. Como eles não têm autoridade para tomar decisões ou implementar planos ou políticas, os membros do conselho consultivo geralmente têm menos exposição legal individual se a organização for processada. Se um conselho consultivo dá conselhos descuidados ou imprudentes ou finge que não tem experiência, seus membros podem sofrer sanções legais se uma organização seguir as recomendações do conselho e as coisas acabarem mal.
4. Conselho Consultivo ou Conselho de Administração
Quando iniciamos a implementação de um programa de Governança Corporativa, após uma análise minuciosa da empresa, suas questões, sua cultura, conflitos ou potenciais conflitos, um dos primeiros passos é a criação de um conselho. Um erro comum, observado nas empresas, é constituir diretamente o conselho de administração em vez do conselho consultivo.
O conselho de administração é um órgão composto por pessoas que tem interesses envolvidos na empresa, que podem ser acionistas, familiares ou qualquer indicado por estes, que tem como objetivo descentralizar as decisões e profissionalizar a gestão da empresa. Ou seja, em vez de apenas o CEO e presidência tomarem as decisões sobre o negócio e seu futuro, elas serão tomadas em conjunto por este órgão.
Segundo o IBGC-Instituto Brasileiro de Governança Corporativa, o Conselho “exerce o papel de guardião dos princípios, valores, objeto social e sistema de governança da organização, sendo seu principal componente. Além de decidir os rumos estratégicos do negócio, compete ao conselho de administração conforme o melhor interesse da organização, monitorar a diretoria, atuando como elo entre esta e os sócios.” (IBGC, 2015, p. 40).
O conselho consultivo difere do conselho de administração por não ter poder decisório, nem integrar a administração. Ele não é deliberativo, apenas aconselha e propõe recomendações que podem ou não ser aceitas pelos administradores (IBGC, 2015, p. 56).
Ele é, justamente, utilizado nas empresas com o fim de fazer a transição entre não ter conselho e ter conselho.
Mas não é por isso que sua atuação seja menos séria. Os conselheiros devem ser escolhidos com base em suas qualificações técnicas, visão estratégica, alinhamento e comprometimento com os princípios, valores e código de conduta da organização, capacidade de comunicação e de defender seu ponto de vista, conhecimento das melhores práticas de governança corporativa, entre outros.
É fundamental que tenha sua independência zelada, para que possam expor suas opiniões de maneira isenta e sem viés. Da mesma forma, devem ser adequadamente remunerados. Apesar de ocorrer com frequência, não se recomenda o pagamento por reunião participada, mas um valor fixo e igual para todos os conselheiros.
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“O conselho que não aconselha é aquele que age como figura decorativa, apena como símbolo de status, sem atuação efetiva. Algumas empresas contratam os chamados ‘notáveis’ para fazerem parte do conselho sem a preocupação com a governança, mas apenas com a imagem. Também vemos conselheiros atuando demais no campo operacional como se executivos fossem, portanto, sem aconselhar.” (2021, p. 360).
Referências: