Mais empatia com o professor, por favor!

Mais empatia com o professor, por favor!

Estamos todos de olhos atentos ao que está acontecendo, mas gostaria de ressaltar a área que conheço bem e tenho propriedade para falar: a Educação.

Não quero insistir naquilo que todos já sabemos, o quanto a instituição Escola está desvalorizada e o ser professor é a representação de superação, todos os dias, em meio aos desafios da própria profissão. Mas venho aqui para refletir sobre esse “formato” que a escola está tendo que se moldar, de forma emergencial, como tantas outras áreas essenciais na sociedade.

A tecnologia já está aí, há muito tempo, batendo às portas da Educação sendo incorporada aos poucos e, de repente, ela se torna o principal canal para que muitos estudantes de todo o Brasil possam continuar recebendo suas aulas ou orientações de estudo.

Imagine, se nos Estados Unidos, diante de todo esse caos envolvendo a pandemia, há a preocupação por parte dos educadores de que nem todos os estudantes terão acesso às mesmas oportunidades de manter seus estudos ou o acesso a tais tecnologias, como isso se dará aqui no Brasil?

Não me surpreendo com a nossa realidade, pois as diferenças são gritantes muito antes deste vírus aparecer. O que me parece, é que diante de tantas ações de solidariedade e empatia que estão surgindo, ainda assistimos manifestações de diferentes pessoas questionando a qualidade do serviço prestado por algumas escolas. E, é aqui que entra, ou pelo menos deveria estar presente, a Inteligência Emocional.

Se, todos estamos nos adaptando, não seria essa a melhor de todas as oportunidades para darmos exemplos, também nesse aspecto, como pais e cidadãos, sobre empatia?

Compreender que os professores, que normalmente trabalham com tarefas extras em casa, estão se desdobrando para dar conta de manter plataformas digitais alimentadas e, ainda, recebendo constantemente materiais produzidos pelos estudantes para ler e corrigir, fazendo reuniões online para discutir os planejamentos e estabelecer estratégias, pesquisando e elaborando conteúdos a todo o tempo. O que estamos comunicando aos nossos filhos sobre como devemos valorizar o professor e respeitá-lo diante dessa situação?

Sugiro uma salva de palmas para todos os educadores do nosso Brasil!


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