A maneira como nos ensinaram a nos expressar reflete no nosso  desenvolvimento emocional durante a vida

A maneira como nos ensinaram a nos expressar reflete no nosso desenvolvimento emocional durante a vida

A forma como nos desenvolvemos emocionalmente não é o assunto nos almoços de domingo, mas com certeza é um dos principais pilares quando o assunto é formação de pessoas e a forma como lidamos com nossos sentimentos durante a vida. 

A primeira infância tem um papel fundamental nessa construção, é como se existisse um equilíbrio necessário para lidar com as emoções e as identificá-las, porém o caminho para compreender esse mistério é difícil e baseado em muito autoconhecimento.

Pense comigo, as crianças precisam entender por quais motivos elas ficam com raiva, como identificar e controlar essa emoção.

Todavia, tudo isso envolve um grau de consciência, mas precisamos ser honestos e pensar de forma verdadeira: Qual a capacidade que temos de monitorar nossos próprios sentimentos aos 5 anos? 

Nós sabemos a resposta!

"Não foi nada.” “Está tudo bem.” “Não precisa chorar.” Quantas vezes você já tentou conter um ataque de raiva ou fazer cessar as lágrimas do seu filho com frases assim?

Fomos ensinados a ''ignorar'' o sentimento enquanto criança, é como se todo esse processo de aprendizagem fosse ignorado, junto com seus sentimentos que são rotulados como “birras” e reprimidas em momentos de fragilidade, onde o acolhimento é necessário. 

A questão é que esse tipo de comportamento sobre os sentimentos afloram e explodem na vida adulta. Gerando pessoas ansiosas, estressadas e sem nenhum domínio das próprias emoções. 

Uma pesquisa feita pelas Universidades Penn State e Duke (EUA), e publicada no periódico American Journal of Public Health, encontrou uma conexão entre as habilidades socioemocionais durante a infância e o sucesso na vida adulta.

Os pesquisadores acompanharam 800 indivíduos, primeiro durante a educação infantil, depois aos 25 anos. A avaliação mostrou que aqueles que, quando criança, já demonstravam mais disposição para ajudar e compartilhar, na vida adulta tinham mais chances de ter se formado e conquistado um emprego em período integral.

Em compensação, aqueles que, quando pequenos, apresentavam dificuldades na resolução de conflitos, em dividir e em ouvir outras crianças tinham na vida adulta menor probabilidade de ter concluído a faculdade ou o colégio, maior propensão ao abuso de substâncias ilícitas e a ter problemas com a Justiça.

Esse e vários outros estudos comprovam o que professores e empregadores já percebem na prática: não basta ter conhecimento técnico, bom raciocínio e uma formação sólida. No mundo de hoje é imprescindível saber se relacionar com as pessoas.

A educação das emoções serve indiretamente como ferramenta para evitar comportamentos autodestrutivos no futuro, porque torna o indivíduo mais forte e equilibrado para fazer boas escolhas!

Chegamos ao maior questionamento: como desenvolver a inteligência emocional nas crianças?

Existem diversas formas, mas vou te citar duas: 

  1. Respeito:

Respeitar a decisão de qualquer pessoa parece ser uma decisão fácil, mas na prática com crianças é muito diferente. Em vários momentos, nós tentamos impor nossos gostos e expectativas em nossos filhos, naquilo que acreditamos que seja o melhor pelas nossas experiências. Mas não podemos esquecer que crianças são seres humanos e  precisam ter suas próprias vivências para tomar decisões importantes. 

No dia a dia, quando uma criança te explica que não quer algo ou que prefere outra coisa, tente entender seu motivo, orientá-la e respeite a sua decisão. Dessa maneira, ela crescerá sendo uma pessoa que reconhece os próprios gostos, os dos outros e têm mais confiança em si mesma. 

  1. Paciência:

Os erros vão aparecer e isso não significa que a criança está no caminho errado ou que você falhou como responsável em algum momento, significa que a aprendizagem não é linear e que você precisa ter paciência por você e pela criança que ainda não aprendeu a lidar com as próprias emoções e pedirá sua atenção quando se sentir frustrada. Logo, em momentos como esse, não entre em discussões sem sentido, esteja disponível para acolher e aceitar os sentimentos daquele que nós tanto amamos. 

Podemos concluir que o desenvolvimento emocional de todos é um processo complicado e cheio de estruturas que precisam andar juntas para que o resultado seja positivo no futuro.

Através do Instituto Renata Helec, quero colaborar com a construção emocional do seu filho, focando em um crescimento harmonioso, que rompa crenças limitantes e julgamentos. 

Quer saber mais sobre os serviços? Entre em contato conosco e conheça o método. 

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