Marcação a mercado. O que muda na Renda Fixa?
A #Anbima estabeleceu uma nova regra, que a partir de 2 de janeiro de 2023, Certificados de Recebíveis do Agronegócio(#CRAs), Certificados de Recebíveis Imobiliários(#CRIs), Debêntures e Títulos Públicos adquiridos via tesouraria, vão precisar ser "marcado a marcado" por distribuidores de investimentos, como bancos e corretoras. Os bancos e corretoras têm até o final deste ano(2023) para adaptar processos e fazer as devidas informações a sues clientes.
Ficam de fora Certificados de Depósito Bancário(#CDBs), Letras de Crédito do Agronegócio(#LCAs) e Letras de Crédito Imobiliário (#LCIs).
Segundo a Anbima, a regra vem para padronizar a maneira como os extratos dos investimentos serão apresentados e, assim, ficará mais fácil para o investidor comparar rentabilidades, caso tenha conta de investimentos em mais de uma instituição financeira.
Isso porque algumas já adotam a comparação de marcação a mercado, e outras apenas a marcação na curva.
Marcação na curva x Marcação a mercado
Na verdade, ambas são complementares.
A marcação na curva é útil para o investidor que pretende manter seus títulos até o vencimento ou por um horizonte mais longo.
Independentemente das condições de mercado, a marcação na curva apresenta o patrimônio investido em determinado título, com a acruação da rentabilidade contratada, diariamente.
Já a marcação a mercado o investidor acompanha as oscilações, como se pudesse ver, dia-a-dia, quanto esta valendo seus títulos, caso quisesse vendê-lo no mercado secundário ao preço de liquidação daquele momento.
Na prática, haverá a exibição da volatilidade. Isso porque, como estes títulos são negociados diariamente, seus preços também variam todos os dias.
Apesar dos preços mudarem todos os dias, o valor no vencimento é sempre o mesmo. E a marcação a mercado, só interessará se o investidor quiser vender antes do vencimento, aceitando assim o preço de mercado.
Diante disso devemos manter a calma e entender que a mudança ocorre apenas no extrato e não na rentabilidade dos investimentos.
Portanto, a mudança não deve ser levada em conta para quem investe a fim de carregar o título até o vencimento.
Afinal, a renda fixa só é fixa mesmo no caso de se levar o papel até o vencimento.
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Caso contrário, os títulos serão impactados pela realidade do mercado. E isso sempre existiu, absolutamente nada mudou. A única diferença, agora, na marcação na curva x marcação a mercado, é que você passará a visualizar a oscilação em um gráfico – o que, até aqui, não acontecia.
A marcação a mercado serve para atualizar diariamente o preço de um ativo e o resultado dessa indicação poderá fazer com que o investidor decida pela realização do investimento ou realocação.
O termo marcação a mercado, muito comum no mundo dos investimentos, tem a ver com valor justo de um ativo.
No segmento de renda fixa, por exemplo, é muito comum que o investidor acompanhe suas aplicações periodicamente e, ao fazer isso, ele percebe que o valor da quantia varia diariamente. Ou seja, há uma atualização constante.
Para se ter ideia, a renda fixa pós-fixada segue algum índice de referência. No Brasil, costuma-se indexar os investimentos ao #CDI e à #taxaSelic.
Assim, como os investimentos pós-fixados possuem sua rentabilidade atrelada a algum índice, quando esse índice varia, a taxa do investimento também varia.
E o prefixado em relação à marcação a mercado?
O título prefixado possui uma variação maior ainda. Esse tipo de título possui um valor fixo, já estipulado, na sua data de vencimento. Então, se o investidor segurar o título até o vencimento, terá a rentabilidade contratada no momento da compra do título.
Porém a taxa do título possui uma marcação a mercado, ou seja, todos os dias úteis os investidores fazem novas negociações que interferem no valor dessa taxa.
Em momentos em que o mercado precifica um maior risco para o ativo, as taxas costumam subir, quando o contrário ocorre, as taxas costumam cair.
É por isso que os preços dos títulos variam de maneira contrária às taxas: quando as taxas sobem, os preços dos títulos caem, quando as taxas caem, os preços dos títulos sobem.
Sendo assim:
Vimos que marcação a mercado é a atualização diária da precificação dos investimentos de renda fixa, ativos de renda variável e fundos de investimentos. Vimos que esse mecanismo serve para acompanhar os investimentos, bem como ver a rentabilidade dos papéis em caso de resgate antecipado, algo que não é muito recomendado, mas vai da necessidade do investidor. Vimos ainda que a renda fixa não é realmente fixa, em razão de estar vinculada a um indexador variável e o preço do título pode ser outro, se resgatado antecipadamente.