Maturidade divertida

O que você espera do visual de um bom trabalhador? Até os dias atuais, pessoas do mercado empresarial acreditam fortemente que dress code e profissionalismo são interdependentes. Porém essa padronização visual na forma de vestir já acontece há séculos. Desde a época Medieval, a realeza e a nobreza europeia adotavam um dress code para se diferenciarem das demais camadas sociais. O tempo passou, muitas coisas mudaram e o dress code hoje em dia vem como uma forte ferramenta de comunicação visual.

Para muitas empresas, o ambiente corporativo possui a premissa de que o estilo do profissional deve se sobrepor ao do indivíduo. Essa afirmação força a pessoa a se adequar a padrões de vestimenta, que muitas vezes não são originalmente dela, para satisfazer a vontade de alguém, retirando toda a sua originalidade como ser humano. Não é a toa que o mercado de contratações ainda é assombrado pelo fator piercing, cabelos coloridos e tatuagens. Entretanto, uma perspectiva, um pouco menos conservadora, vem surgindo se baseando no ambiente onde essa pessoa está. Trazendo pontos como contato com o cliente como principal pilar de uso de dress code.

Por outro lado, com o advento da pandemia do COVID-19, houve uma ressignificação sobre o conceito de contato com o cliente, até porque, todas as pessoas estavam em casa. Claro que ferramentas de videoconferência estouraram nessa época, justamente para saciar esse problema de contato visual com o cliente. Colaboradores e colaboradoras de empresas reestruturaram muitos de seus Dress codes internos justamente porque perceberam que estava tudo bem não estarem "perfeitamente arrumados" diariamente para conversar com colegas de trabalho, ou que poderiam simplesmente não ligar a câmera.

Beleza! Mas e o contato com o cliente? Aí depende, né? Quem garante que seu cliente não está com a vestimenta Pato Donald no ambiente digital? O famoso "roupa social da cintura pra cima". Brincadeiras a parte, mas com toda essas mudanças da visibilidade do ambiente digital, nossas regras de dress code também precisaram se modificar.

Nesse caso, muitas empresas visionárias tem adotado uma política revolucionária: O Bom senso. E se o dress code da empresa for não ter dress code? Muito rebelde? Eu acredito que não. Segundo a Professora de Moda Camila Ortega, precisa-se existir um pequeno conjunto de regas bem claras para também não se abrir muito e correr o risco que em determinados eventos, algumas pessoas apareçam com roupas inadequadas para o ambiente. Tomando muito cuidado principalmente com questões de sensualidade e desleixo. Desassociando assim a produtividade e profissionalismo da pessoa com o dress code, mas associando ao quanto aquela pessoa conhece e respeita as "regras de bom senso" da empresa.

Quebrando o conceito de supremacia do estilo profissional, essas "regras de bom senso" tem entrado de fininho no mercado das novas instituições através de uma potente ferramenta de gestão de pessoas e estratégias de negócios, a "Missão Visão Valores". Simples e quase imperceptíveis para muitas pessoas, essas três regrinhas, possuem poderes surreais na hora de orientar e circundar o que são as "regras de bom senso" de cada instituição. Contando com o fato que é muito mais amistoso e maduro proporcionar uma transparência e alinhamento com os colaboradores, para garantir respeito e disciplina, do que obrigar algo que retire a essência individual da pessoa.

Reeducar pessoas é muito mais humano e divertido do que obrigar. Claramente profissionalismo não tem a ver com estilo e muito menos com seriedade. E foi só depois de uma simples conversa com a Analista de RH Liane Monachesi, que "virou a chavinha" na minha cabeça sobre o sentido de maturidade. No caso, eu, de cabelo rosa e estilo totalmente diferente, fui elogiado como maduro, por conseguir me portar e conversar muito bem com as pessoas, sempre demonstrando respeito e bom-humor. Por mais que o elogio veio a minha pessoa, eu percebi que não era uma questão minha aquilo, mas sim de todos os meus colegas da Avita, que ao longo daquele dia de eventos internos presenciais da empresa em nenhum momento faltaram com o respeito, muito pelo contrário, demonstraram muita maturidade e bom humor comigo, por mais diferente que eu estivesse naquele ambiente.

O bom humor pode indicar se estamos no caminho certo, funcionando como um medidor de auto realização. Alinhando isso ao ambiente que empresas maduras proporcionam a seus colaboradores e colaboradoras quando criam valores que se adequam aos valores individuais de cada pessoa, é possível sim construir uma organização onde o respeito, o profissionalismo e bom humor andem juntos.

A Avita, insurtech que vêm se destacando no mercado, exemplificou essa maturidade com êxito, proporcionando altas risadas, conversas sérias e um happy hour épico, onde além de seus colaboradores e colaboradoras, também convidou parceiros e parceiras do mercado, pois não tem vergonha de se mostrar divertida, diferente e desruptiva. Pelo contrário, tem orgulho de mostrar a maturidade, respeito, bom humor e profissionalismo que todas as pessoas que trabalham lá transpiram, afinal, está no nosso sangue.

Não é o dress code e muito menos outras regras antigas que ditam o profissionalismo e valor das pessoas no mercado de trabalho atual, mas sim o respeito e maturidade que esses indivíduos têm com os princípios de suas instituições. É nesse contexto de ressignificação de conceitos que um dia podiam parecer loucura, que eu deixo para vocês a seguinte reflexão a respeito de trabalho e diversão de Yu-Kai Chou:

Imagine um mundo onde o emprego se tornou obsoleto e trabalho é algo do passado, mas milagrosamente tudo ainda esta funcionando melhor do que nunca, não eu não estou falando de uma sociedade governada por robôs, eu estou falando de um mundo cultivado pelo poder do jogo e eu acredito que existe muito para aprendermos com Games para fazer esse mundo existir.