Medicina Personalizada: quando o câncer não é um ponto final

Medicina Personalizada: quando o câncer não é um ponto final

Quando comecei a falar sobre câncer em palestras do Instituto Lado a Lado, as pessoas tinham receio de ouvir e, até mesmo, de dizer o nome da doença. Havia um preconceito como se, ao mencionar essa palavra, o indivíduo já estivesse sentenciando a sua morte.

Hoje em dia, o peso da doença diminuiu e isso se deve, em grande parte, aos avanços tecnológicos. A medicina personalizada, ou de precisão, é um exemplo disso. Na verdade, é o que há de mais atual e inovador, pois tem o objetivo de proporcionar o tratamento certo para cada tipo de paciente.

Durante o 6º Congresso Todos Juntos Contra o Câncer (dias 4 e 5, no WTC Events Center/ São Paulo), fui convidada pela Roche Brasil, para participar do painel “Cada paciente é único: a relevância da medicina personalizada”. Lá, a atriz e apresentadora Ana Furtado, que recentemente passou por um tratamento de câncer de mama, foi a moderadora. 

O oncologista Marcos André Costa, também pesquisador e presidente do GBOP (Grupo Brasileiro de Oncologia de Precisão), e a fonoaudióloga Patrícia Lopes, curada de um câncer de pulmão, falaram sobre tratamentos e diagnóstico. Ele comentou, inclusive, que “antes a sobrevida do paciente era de 7 meses. Hoje, com a oncologia de precisão, ele chega a viver 89 meses e, em alguns casos, há cura”.

Já o relato da Patrícia foi emocionante, ela contou que – após o diagnóstico do câncer – ela se sentiu bastante acolhida por sua médica. “A doutora dizia que eu não estava sozinha e que, juntas, iríamos encontrar o melhor tratamento. Entramos com a medicina personalizada. Tomei medicamentos direcionados que foram eficazes no meu caso”, disse ela.

O meu papel, diante de tudo isso, foi mostrar como o Instituto Lado a Lado tem a medicina personalizada como uma de suas principais bandeiras. Acreditamos que todos precisam receber um tratamento eficaz, que se adeque às suas necessidades. Não podemos mais aceitar que os mesmos protocolos e medicamentos sejam usados em pacientes diferentes, cada pessoa tem uma mutação genética e precisa de atenção específica.

Hoje, mais de 70% da população brasileira utiliza o SUS (Sistema Único de Saúde) e é inaceitável que essas pessoas não tenham a mesma oportunidade do paciente que está na Saúde Suplementar. É por isso que apoio eventos que lutam por essas melhorias. A minha vida é feita de propósitos e esse é um dos que eu mais defendo e me dedico.

Faço sempre questão de discutir com instâncias governamentais, autoridades, especialistas , sociedades de especialidades e personalidades públicas que, de alguma forma, têm relação com o tema. Tema esse que, hoje, não é mais um vilão e, sim, um professor que nos ensina a ter determinação e força para lutar e seguir a nossa jornada.


Carlos D.

Market Access, Public, Government, and Corporate Affairs

5 a

A evolução da medicina, dos medicamentos e, muito importante, da prática incessante do Acesso como forma de incorporar as inovações, com certeza, será determinante para melhorar as expectativas dos pacientes, razão de tudo, ao final.

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