Menopausa e carreira: o que devemos fazer para apoiar as mulheres
A maternidade já foi considerada uma vilã das carreiras femininas. Com uma boa dose de intencionalidade, isso tem mudado em diversos ambientes de trabalho, apesar de ainda haver muito estigma a ser combatido e também desafios a serem enfrentados, já que muitas vezes a mulher não conta com a flexibilidade e o apoio que fazem toda a diferença em sua rotina.
Se houve algum avanço na visão de como a maternidade e o trabalho se relacionam é porque em determinado momento líderes começaram a conversar sobre as necessidades das mães e a entender que ter filhos não “tira o foco”, não faz a performance de uma profissional cair. Pelo contrário. Quando há atenção a cada pessoa do time, elas brilham muito mais. Sou testemunha disso há muitos anos e tenho orgulho dos movimentos de inclusão e equidade bem-sucedidos nos espaços que liderei.
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É hora de olhar também para outra geração de mulheres
Com o aumento da expectativa de vida e o envelhecimento da população vemos cada vez mais pessoas seguindo ativas muito além dos 50 anos, tendo bastante a contribuir e realizar no mercado de trabalho e na sociedade.
Por isso, se tornou urgente que uma outra questão feminina percorra o mesmo caminho que a maternidade e ganhe destaque nas organizações: a menopausa. A Organização Mundial da Saúde estima que até 2030 será mais de um bilhão de pessoas com sinais da menopausa, com 47 milhões novos indivíduos a cada ano.
Hoje, sintomas como calores, névoa mental, alterações de humor e cansaço, típicos desse período, podem ser tabus na maioria dos espaços de trabalho. No entanto, temos uma oportunidade: a menopausa e seus efeitos na saúde, na qualidade de vida e na psique femininas nunca foram tão destacados na imprensa, em fóruns de debate e redes sociais. As próprias mulheres estão mais conscientes do que significa o climatério, que é o momento que precede o fim da menstruação. Está na hora de trazermos esses tópicos para as reuniões, ações corporativas e ver como podemos todos - homens e mulheres, líderes e colegas - apoiar quem está passando por essa fase.
A transição reprodutiva da mulher tem início por volta dos 40 anos e se estende até cerca dos 55 anos. Muitas vezes, coincide com o momento em que muitas delas estão no ápice de suas carreiras. Segundo pesquisa da empresa americana Biote, 40% das mulheres dizem que os sintomas interferem na performance e produtividade e uma em cada cinco deixou ou considerou deixar seus empregos. As empresas não podem abrir mão de ter essas profissionais, essa experiência e essa contribuição socioeconômica.
Em entrevista para a Forbes Brasil , Miriam De Paoli , CEO da No Pausa , organização latino-americana com o objetivo de visibilizar o climatério, explicou que as políticas de menopausa no trabalho têm baixo custo e alto impacto. Talvez a equidade para as mulheres que estão nesse momento esteja em intervalos de descanso durante o dia, em alimentação saudável disponível no refeitório, temperatura controlada no escritório ou uniformes feitos de materiais mais leves. Mas não sou eu que tenho de dizer. São elas. Vamos começar acolhendo, criando um espaço seguro e sem preconceitos para que elas expressem abertamente suas experiências e necessidades.
CEO & Fundadora Aster | Inteligência e Estratégia de conteúdo personalizado para C-Levels que desejam ampliar sua Autoridade e Reputação. Comunique seu propósito profissional: Mentoria e Palestras | Thought Leadership.
3 mSilene Rodrigues ;)))
Julio Campos muito obrigada! Excelente você dar luz a esse ponto tão importante. Eu passei por esse processo num momento em que pouco se falava ou se apoiava… tanto por homens quanto pelas mulheres. Divido minha experiência. Abraço!
Marketer & Business executive & Entrepreneur - Chief Executive Officer at The Wrong Biennale
3 mJulinho vc precisa conhecer o trabalho da minha amiga Lesley Salem e o seu Over the Bloody Moon! Ela foi ex Unilever também há milênios atrás.
Founder & CEO No Pausa, miembro #EMPRELATAM EPA22, #IFPS 2023, KoiVentures Incubated
3 mQue pauta importante e obrigada por lembrar do No Pausa. Aproveito e te convido para um café virtual (o nosso escritório está em Buenos Aires) ou pra tomar um vinho quando vier nos visitar. #Vamosfalardemenopausa
Artigo importante, obrigado Julio!!