Mercado nervoso com a demora do governo em anunciar o corte de gastos
Olá. Tudo bem?
A equipe econômica do governo tem se debruçado nas últimas semanas sobre uma agenda que vem sendo bastante cobrada por investidores desde o início do terceiro mandato do presidente Lula: o corte de gastos públicos.
No entanto, a demora no anúncio de medidas tem levado o mercado a pressionar o dólar e os juros. Além de uma política monetária mais restritiva, com a taxa Selic já em 11,25%, não seria surpreendente vermos a moeda americana atingir os R$ 6,00 caso a indefinição do governo persista.
Por mais que já estejamos acostumados a conviver com uma persistente incerteza fiscal, temos visto desde o final de 2022 o Brasil experimentando uma sensível deterioração das suas contas, com forte aumento dos gastos e persistente elevação da dívida pública. Uma dinâmica que traz riscos futuros consideráveis para o país.
O dólar mais alto, por exemplo, já tem provocado um impacto na inflação, com o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) acelerando muito mais do que o esperado em outubro. Em 12 meses, o indicador oficial da inflação no Brasil acumula uma alta de 4,76%, já acima do teto da meta do Banco Central.
Além disso, quanto mais tempo o governo demora para combater o aumento da dívida, mais os juros básicos da economia tendem a subir, o que penaliza investimentos produtivos e prejudica o consumo da população.
Isso ajuda a explicar, em linhas gerais, o nervosismo do mercado com a falta de detalhes sobre as discussões em andamento em Brasília. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que entende a “inquietação” dos investidores, mas garantiu que o governo apresentará propostas para manter o arcabouço fiscal operante.
Durante os últimos dias, as reuniões sobre as propostas de cortes nas despesas públicas prosseguiram, mas diante da demora em anunciá-las, a percepção de que o pacote poderá ser apresentado de forma desidratada é cada vez maior, o que gera um sinal extremamente negativo.
O impasse envolve, principalmente, ministros de pastas ligadas à área social que resistem a reduzir seus orçamentos. Pelo seu histórico de forte defesa das pautas sociais, o próprio presidente Lula ainda não se convenceu sobre o que deve ser cortado, embora tenha compreendido a necessidade de o governo reduzir despesas.
De qualquer forma, enquanto não forem conhecidos o tamanho e os detalhes das medidas propostas pela Fazenda, o mercado tende a permanecer em um estado de cautela e pessimismo, o que naturalmente acaba impactando nossos investimentos.
Dentre as propostas que vêm sendo ventiladas e que estariam enfrentando resistência, estão limitar o reajuste do salário-mínimo a 2,5% acima da inflação, ajustes profundos no BPC (Benefício de Prestação Continuada), cortes no piso de investimentos em educação e até mudanças no seguro-desemprego.
Dada a conjuntura atual, qualquer pacote com cortes abaixo de R$ 30 bilhões seria recebido de forma negativa. O ideal é que viesse algo na casa dos R$ 50 bilhões – cerca de metade do déficit de R$ 105 bilhões das contas públicas acumulado entre janeiro e setembro desde ano.
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