Mudar para voltar
Nos últimos anos, a economia brasileira chegou a estar na sexta colocação, entre as maiores do mundo. Porém, no começo de 2015, tudo explodiu como se fosse uma bomba. É assim que a população vê. Enfrentamos uma grave crise econômica, refletida recentemente por uma incerteza política, afetando diretamente a confiança do mercado. A recessão brasileira vem de uma confluência de fatores. Primeiro veio a queda nos preços das commodities, o que significou queda de receita para o Brasil, além do ajuste fiscal e a alta taxa de juros, também a lenta recuperação da economia mundial. De acordo com a projeção do FMI, Fundo Monetário Internacional, o PIB global terá um ligeiro aumento, de 3,1% em 2015 para 3,2% neste ano, um corte de 0,3 pontos percentuais em relação à última projeção, de janeiro.
Agora, diante das mudanças políticas ocorridas, o que esperar do governo interino na área econômica? Quais são as propostas e, principalmente, como o lidar com a recessão, aumento de preços, desemprego e conquistar a volta da credibilidade do País?
Gasto Público: É preciso reduzir a rigidez dos gastos do governo para que as receitas sejam poupadas, de maneira a financiar despesas em períodos de crescimento econômico menor.
Previdência: É preciso entender que despesas públicas são sempre pagas pela população, incluindo o sistema previdenciário. É de extrema importância refazer o desenho da previdência. Estamos convivendo com a necessidade de reforma desde os anos 90.
Política Fiscal: É preciso construir uma trajetória de equilíbrio fiscal duradoura, com superávit e redução progressiva do endividamento público. Nesse contexto, a redução dos juros básicos da economia (Selic) também deve estar nos planos do atual governo. Ideal seria estar em linha com a média internacional de países desenvolvidos e emergentes. Hoje, a Selic está em 14,25%, muito acima das taxas praticadas em países dos EUA e europeus, que não chegam a 1%.
Reforma Tributária: É preciso fazer um vasto esforço de simplificação, reduzindo o número de impostos, além da desoneração das exportações e dos investimentos.
Competitividade: É preciso abrir mais a economia com acordos multilaterais, e reduzir tarifas de importação, permitindo-se o ajuste da empresas locais. Isso permitiria o maior acesso a insumos e bens mais eficientes, aumentando a produtividade e estimulando a produção.
O certo é que não existe uma receita de bolo. Construir um Brasil justo e democrático requer consensos em torno de um projeto de desenvolvimento nacional.
Esta pode ser uma grande oportunidade para o Brasil aprender com o erro e tentar mudar o seu futuro. Começando pelas empresas, seus trabalhadores, empreendedores e pessoas que fazem o motor do país girar. Afinal de contas, passar pela crise, todos passarão, porém depende do indivíduo o modo como ele vai sair dela. Ter uma visão mais ampla, com planejamento e coragem de encarar os desafios é de extrema importância.
Ao infinito... e além!