Mundo e Economia nº 13
ACONTECIMENTOS ECONÔMICOS DA SEMANA Otto Nogami
O corte de tributos dos combustíveis e dos serviços de eletricidade e telecomunicações começa a surtir efeito, desacelerando a inflação, conforme aponta o IPCA-15, prévia da inflação, que registrou uma variação de 0,13% em julho. Essa foi a menor variação mensal desde junho de 2020 (0,02%). Apesar deste resultado, uma das preocupações ainda fica em torno dos alimentos, cujos preços voltam a subir neste período de entre safra, e dos serviços que vem apresentando a recuperação das atividades do setor. A ampliação do Auxílio Brasil e os outros auxílios concedidos pelo governo, além de desequilibrar ainda mais as contas do governo, tendem a aumentar o consumo das famílias, pressionando os preços da economia. Cabe destacar que, historicamente, meses de junho e julho costumam apresentar inflações baixas.
Como era esperado, na terça-feira, o FED (banco central americano) manteve o ritmo de aperto monetário nos EUA e elevou a taxa de juros em 75 pontos, elevando o intervalo para 2,25% a 2,50%, o maior patamar desde dezembro de 2018. Pressionado a conter a escalada da inflação, sinalizou que novos aumentos virão nas próximas reuniões. Importante lembrar que essas sucessivas altas ajudam a controlar a inflação mas, por outro lado, tem forte impacto sobre a atividade econômica, podendo levar o país a uma recessão. Tanto é que, segundo dados preliminares divulgados pelo Departamento do Comércio dos EUA, divulgados na quinta-feira, o PIB recuou 0,9% no segundo trimestre. Foi o segundo trimestre seguido de baixa, o que caracteriza uma recessão técnica.
As Estatísticas Monetárias e de Crédito divulgadas pelo Banco Central, mostram que a taxa de inadimplência do mercado, considerando os recursos livres, chegou a 3,53% em abril, o maior desde julho de 2020 (3,57%). Parte da explicação para essa alta é pelo aumento dos juros médios cobrados pelo mercado que, para pessoas físicas, chegou a 50,3% ao ano. Essa alta é reflexo direto da trajetória da alta da taxa básica de juros Selic. Outras razões podem ser apontadas para essa elevação como o desemprego, que continua alto, a diminuição da renda média familiar, falta de controle nos gastos e, o mais importante, ausência de educação financeira. Gastar mal, não saber adequar seu consumo à renda, desconhecimento do mercado financeiro, arrastam as pessoas à estagnação financeira que, em algum momento, vai acabar resultado em dívidas.
O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) de julho apresentou alta de 0,21%, acumulando um aumento de 10,08% em 12 meses. Comparativamente a junho (0,59%) a queda se deve ao arrefecimento dos preços das commodities, como o do milho (-5,00%) e da soja (-2,05%), e do minério de ferro (-11,98%). Com um peso de 60% no cálculo do indicador, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) variou 0,21% em julho, e seus componentes Bens Finais (+0,69%) e Bens Intermediários (+2,00%) apresentaram altas maiores que em junho, enquanto Matérias-Primas Brutas apresentou uma queda de 2,13%, puxado pelo algodão em caroço (-14,02%). O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), com peso de 30%, caiu 0,28%, tendo como a maior contribuição para essa queda o grupo Transportes (-2,42%). O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), com representatividade de 10%, apresentou alta de 1,16%. Esses números mostram que as intervenções do governo começam a surtir efeito, mas, cabe lembrar, qualquer interferência na dinâmica de mercado causa distorções.
Na quinta-feira a Secretaria do Tesouro Nacional, do Ministério da Economia, divulgou o Resultado Fiscal do Governo Central, que mostra um Resultado Primário (antes do pagamento dos juros da dívida pública interna) superavitário em R$ 14,4 bilhões em junho. No acumulado em 12 meses o superávit foi de R$ 72,1 bilhões. Comparando os resultados do 1º semestre de 2022 com os de 2021, nota-se que a grande influência vem das receitas não administradas da Receita Federal do Brasil (RFB), tais como Concessões e Permissões (+2.075,5%) e Dividendos e Permissões (+214,1%). Pelo lado das despesas, chama a atenção o aumento das despesas discricionárias (+61,6%). Por que será? O aumento na Receita Total (+29,5%) em função da volta à normalidade da atividade econômica e a inflação, que fazem aumentar a base de tributação, em contrapartida com o teto dos gastos, aumentam os recursos para usos diversos. Um detalhe: faz dois meses que o relatório não traz as despesas com os juros da dívida interna e, por consequência, o Resultado Nominal e o tamanho da dívida interna bruta.
A taxa de desocupação no trimestre móvel de abril a junho de 2022 recuou 1,8 ponto percentual, comparativamente ao trimestre anterior, chegando a 9,3%. Foi a menor taxa de desocupação desde 2015, segundo a PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua). O rendimento real habitual ficou em R$ 2.652, variação estável com relação ao trimestre anterior, e uma queda de 5,1% com relação ao mesmo trimestre de 2021. A taxa de informalidade (40%) se manteve constante, mas o número de trabalhadores informais chegou a 39,3 milhões, recorde da série histórica do indicador, iniciada em 2015. Estes números sinalizam que a queda da taxa de desocupação está ocorrendo por contratações de trabalhadores com menor qualificação, pois o rendimento real habitual caiu. Outro fato pode estar relacionado aos auxílios pecuniários concedidos pelo governo, que pode estar afastando as pessoas do mercado de trabalho por não terem procurado emprego nos últimos 30 dias, diminuindo, assim, a taxa de desocupação.
Segundo o Instituto Brasileiro de Economia (IBRE) da FGV, o Índice de Confiança do Comércio (ICOM) recuou 2,8 pontos em julho, registrando 95,1 pontos (100 pontos é o ponto neutro). Essa queda se deve, segundo a instituição, pela piora da percepção tanto à situação corrente dos negócios quanto das expectativas para os próximos meses. O Índice de Confiança da Indústria (ICI) apresentou queda de 1,7 ponto em junho, influenciado pela moderação do otimismo empresarial quanto à evolução dos negócios ao longo do segundo semestre, decorrentes das perspectivas de inflação e juros altos. O Índice de Confiança de Serviços (ICS), por sua vez, subiu 2,2 pontos em relação a junho, chegando ao maior nível desde setembro de 2013 (101,5 pontos). Esse resultado favorável foi influenciado pela percepção de melhora da demanda corrente, quanto das expectativas positivas para os próximos meses. O período eleitoral, segundo a FGV, pode aumentar os níveis de incerteza econômica, mas as medidas de estímulo adotadas pelo governo, recentemente, devem manter a atividade do setor aquecida. Por fim, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) apresentou uma queda de 2,9 pontos com relação a junho. Aparentemente, o efeito dos estímilos realizados pelo governo perdem força e não conseguem reverter a percepção ruim da situação financeira das famílias de menor poder aquisitivo. Apesar disso, nota-se uma melhora das perspectivas para os próximos meses sobre a economia e emprego.
O MUNDO Gunther Rudzit
Como não era para se estranhar, a estatal russa Gazprom não retomou os volumes normais de fornecimento de gás para a Europa após o término da manutenção de uma das turbinas do gasoduto Nordsteam. A empresa afirmou que, devido a condições técnicas do equipamento, teve que diminuir a entrega da commodity, chegando a praticamente 20% da capacidade de 33 milhões de metros cúbicos diários. O resultado é que ficou mais difícil para alguns países europeus conseguirem aumentar seu estoque de gás para o inverno, levando a racionamentos de energia por todo o continente. E o resultado foi mais uma discórdia entre os países membros da União Europeia, uma vez que governos como Espanha e Portugal, que não estão interconectados a outros países via gasodutos, reclamaram do projeto de cortes de 15% no consumo que a UE propôs, afirmando que seria um sacrifício desproporcional de suas populações, sem que este viesse a contribuir para a diminuição das importações russas nem para o aumento das reservas estratégicas.
Esta semana a Tunísia aprovou em referendo uma nova Constituição, o que pode ser considerado um retrocesso democrático para toda a região muçulmana. O país foi a origem das revoltas populares há onze anos, e foi o que mais havia avançado na independência das Instituições. Contudo, com uma situação econômica que não melhorou, muito menos em relação à corrupção, levou a um descontentamento muito grande com a política, resultando na eleição de um presidente que não era do meio político, um outsider, como em vários países. Inicialmente a proposta de nova Carta elaborada por um grupo de especialistas era muito mais democrática, mas Kais Saied, um ex-professor de Direito, alterou o documento para ter poderes concentrados, e dificultar a sua remoção do poder. O governo alega que ganhou por ampla maioria, com mais de 97% dos votos, mas o comparecimento foi muito baixo, inferior a 30% da população votante, resultado de um boicote dos partidos de oposição, que procuraram tirar a legitimidade do processo. Um roteiro muito parecido com o que aconteceu em outros países e agora se tornaram ditaduras ou governos autoritários, com eleições de fachada e Instituições completamente subjugadas ao governante. Que sirva de alerta a outras populações.
Um exemplo de uma situação parecida é a Nicarágua, onde Yubrank Suazo, um líder opositor ao regime de Daniel Ortega foi preso. Este não é o primeiro caso, e sim uma sequência de dezenas de pessoas, inclusive o político que concorreu com Ortega na última eleição, que vem sendo presas desde o ano passado por protestarem contra a situação do país e das políticas implementadas pelo governo. Todos os casos sempre foram justificados como sendo de traição ou de conspiração para derrubar o presidente. Este é mais um caso de regressão democrática.
A inflação e a desaceleração da economia fizeram eclodir mais protestos, desta vez em Gana. Nos últimos meses pequenas demonstrações vem acontecendo no país, mas nesta semana a dimensão dos movimentos ganhou vulto, principalmente na capital, Acra, quando a multidão entrou em choque com a polícia por dois dias seguidos. O principal motivo para esta escalada foi a aprovação de um aumento no imposto cobrado sobre a eletricidade em abril, a fim de cobrir o déficit fiscal. O país é a segunda maior economia do Oeste da África, e o segundo maior produtor de ouro do continente, o que pode colocar pressão sobre a cotação do metal se a situação se deteriorar como aconteceu no Sri Lanka.
E a África se tornou o centro das disputas de influência e apoio entre o ocidente e a Rússia, pelo menos explicitamente durante esta semana. O ministro das relações exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, fez um tour por Egito, Etiópia, Uganda e República do Congo com o objetivo de buscar apoio dentre estes governos contra o ocidente, afirmando, principalmente, que a crise do preço das commodities de grãos é resultado das sanções do G7, e que a pressão que estes vem exercendo na região é um novo colonialismo. Vários países do continente vem se abstendo nas votações da ONU que procuram condenar a Rússia. Inclusive em Uganda, país que sofre pressões muito grande por suas leis contra os direitos LGBT, o presidente Yoweri Museveni (muito influente em todo o continente), fez questão de retirar a máscara contra Covid-19 que vem usando desde o início da epidemia, para posar para fotos ao lado de Lavrov.
Como se fosse coincidência, no mesmo período o presidente francês, Emmanuel Macron, visitou Camarões, Benin e Guiné-Bissal, onde procurou “redefinir as relações” com as ex-colônias francesas, tanto em termos econômicos quanto de segurança. Quem também esteve na África foi a diretora da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid), Samantha Power, que visitou Quênia e Somália, sendo que nesta semana a embaixadora americana da ONU, Linda Thomas-Greenfield, também vai para Gana e Uganda.
Um clima de Guerra Fria por apoios e votos nos organismos internacionais definitivamente está instalado, e a África, por ter 56 países, é um palco perfeito para esta nova corrida diplomática e econômica.
Tanto é clima de Guerra Fria, que Yuri Borisov, o novo chefe da Roscosmos agência espacial russa, disse em uma reunião com o presidente Vladmir Putin, que a decisão de abandonar a Estação Espacial Internacional (ISS em inglês) até 2024 vai ser mantida. Com os voos da SpaceX o governo americano (e seus parceiros ocidentais) não depende mais dos foguetes russos para mandar seus astronautas e suprimentos para a estação, fazendo com que a Rússia não tenha mais uma posição indispensável para este empreendimento. Mas, mais do que tudo, esta postura se vier mesmo a ser implementada, será um simbolismo muito grande, pois foi justamente a cooperação espacial que marcou o auge da détente nos anos 1970, e do pós-Guerra Fria. E se realmente a Rússia vier a construir sua própria estação espacial, ou em conjunto com a China, como já aventado, estaremos definitivamente em uma nova corrida espacial.
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ARTIGO DA SEMANA Otto Nogami
Desafio dos bancos centrais: uma política monetária contracionista
A taxa de juros de equilíbrio de uma economia sofre alterações com aumentos e diminuições da oferta monetária, a partir de uma demanda por moeda estacionária. As expansões e contrações da oferta monetária fazem parte da política monetária, de responsabilidade dos bancos centrais. Por outro lado, as empresas operam objetivando a maximização do lucro, o que faz com que a expectativa de lucros é que determina a decisão de investir por parte do empresário. Essa expectativa, por sua vez, baseia-se nas relações entre três elementos: o fluxo de renda esperado advindo da aquisição do bem de capital, o preço de compra desse bem e a taxa de juros de mercado.
A política monetária pode ser definida como um conjunto de medidas adotadas pelo governo com o objetivo de controlar a oferta de moeda e as taxas de juros, de forma a assegurar a liquidez ideal da economia do país. A execução da política monetária, em última instância, tem como objetivo, por meio do controle da oferta de moeda, a elevação do nível de emprego, a estabilidade dos preços, uma taxa de câmbio realista e uma adequada taxa de crescimento econômico.
Para que as autoridades monetárias possam executar a política monetária, elas se utilizam de alguns instrumentos para influenciar a oferta de moeda e regular a taxa de juros. Essas autoridades monetárias não têm condições de interferir diretamente no cotidiano dos agentes econômicos, por exemplo, para aumentar ou reduzir o nível de consumo. Dessa forma, por meio da ação sobre as reservas bancárias e das taxas de juros, indiretamente induzem o público a alterar o perfil de seus gastos.
As ações da política monetária adotadas pelo governo atingem o setor real da economia por intermédio de variáveis de cunho financeiro, tais como, taxa de juros, custo e disponibilidade de crédito, expectativa acerca de futuras taxas de juros e riqueza privada. Assim, variações na política monetária fazem ocorrer modificações no rendimento dos ativos financeiros, no custo e disponibilidade de crédito, e preço dos ativos financeiros.
Em função da pandemia do Covid-19, é fato que, desde o segundo semestre de 2020, os preços dos bens e serviços estão aumentando. Isto se deve às medidas restritivas adotadas pelos governos (lockdown, redução do horário de funcionamento dos estabelecimentos) que levaram a uma diminuição da demanda agregada, levando muitos empreendedores à falência. Isto provocou uma queda na oferta de muitos bens e serviços, além da realocação da produção em muitos setores, provocando uma elevação generalizada dos preços.
Na tentativa de atenuar os efeitos da paralisação da atividade econômica, governos partiram para uma expansão monetária, baixando a taxa de juros e aumentando a liquidez monetária. Esta ação desequilibrou a relação entre produtos e quantidade de moeda em circulação, contribuindo para a elevação dos preços, desvalorizando a moeda nacional e aumentando os preços dos produtos e insumos importados. Contribuiu também para esse aumento dos preços a desestruturação dos setores produtivos e o colapso na logística.
Diante desse cenário surge agora o desafio aos governos em fazer os preços retrocederem. A esperança de que os mercados fossem naturalmente se ajustar, fez com que as autoridades monetárias protelassem a execução de políticas restritivas para buscar a estabilidade dos preços. Mas à medida que a inflação começa a assustar os governos atingindo patamares elevados depois de décadas (EUA – 9,1%, Zona do Euro – 8,9%, Grã-Bretanha – 7,5%, Japão – 2,4%), os bancos centrais dos países começam a elevar suas taxas básicas de juros, tentando com isso conter essa escalada dos preços.
Entretanto, essa política monetária contracionista, com a elevação das taxas básicas de juros e consequente redução da liquidez monetária, traz uma componente recessiva à atividade econômica, que leva a uma redução da demanda e da produção, aumentando o desemprego e desembocando em uma queda do produto interno bruto (PIB). E à medida que a pandemia fez com que a atividade econômica retraísse de maneira forte, essa política monetária poderá afetar ainda mais as economias dos países.
A taxa de juros é um elemento condicionante da decisão de investir por parte do empresariado, uma vez que ele só investirá em bem de capital se o rendimento esperado desse investimento (ou taxa de retorno desse investimento) for maior que a taxa de juros de mercado. As famílias, responsáveis pelas despesas de consumo, e as empresas, responsáveis pelas despesas de investimento, respondem de forma muito significativa às variações na oferta de moeda, ocasionando um efeito substancial e previsível na demanda do setor privado. Assim, as mudanças na oferta de moeda por alterações na taxa de juros, provocam mudanças na demanda agregada da economia, determinando mudanças no nível de preços, no nível de renda e no nível de emprego. Portanto, a elevação da taxa de juros de mercado reduzirá os investimentos no setor produtivo da economia, reduzindo o nível de renda e de emprego.
A elevação da taxa básica de juros também modificará a alocação da riqueza das famílias no mercado financeiro. O mercado de ações será impactado à medida que a componente recessiva fará com que a rentabilidade das empresas diminua, desestimulando os investidores a alocarem seus recursos em ações, o que levará a uma queda nos preços desses ativos. Por outro lado, esse movimento na taxa de juros aumentará a atratividade por papéis do governo (títulos da dívida pública). E diante desta perspectiva, os papéis mais demandados serão a de países que apresentam condições estruturais melhores, como os Estados Unidos.
Isso fará com que, em países como o Brasil, o interesse por títulos americanos leve a uma saída do capital de curto prazo, desvalorizando a moeda nacional. Essa desvalorização tem um lado bom, que tornará os produtos exportáveis mais competitivos em termos de preço no mercado internacional. Entretanto, à medida que o país é altamente dependente do setor externo no que diz respeito a insumos e bens intermediários, a alta da taxa de câmbio elevará dos custos de produção, pressionando ainda mais os preços da economia, dificultando a ação do Banco Central no combate à inflação.
No caso específico do Brasil, temos ainda uma situação mais crítica. Banco Central elevando a taxa de juros para conter a inflação, mas de outro lado o governo utilizando recursos para beneficiar grupos políticos e tentando conquistar votos com auxílios pecuniários às famílias, taxistas e caminhoneiros, que acabam criando condições para o aumento da demanda, indo na contramão da política monetária contracionista. Esta situação poderá levar à necessidade de aumentos maiores na taxa de juros, comprometendo a perspectiva de retomada do crescimento da economia brasileira.
Em resumo, estamos em uma situação crítica, pois a inflação não apresenta perspectivas de arrefecimento forte, por um desequilíbrio na relação entre demanda e oferta agregada, levando à necessidade de elevar ainda mais a taxa de juros. Taxa de juros alta inibe os investimentos no setor produtivo da economia, comprometendo a geração de empregos e renda. Governo altamente endividado, com o serviço da dívida aumentando, reduz o montante da poupança doméstica disponível para investimentos, o que impedirá um crescimento adequado da nossa economia, dificultando ainda mais o combate à elevação dos preços.
O MERCADO
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2 aExcelente artigo!!
Health, Safety, and Environment Manager - Greenfield Projects | Gerente de SSMA para Novos Projetos | E2G
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