Não Olhe Para Cima... mas caso olhe, vale a leitura ;)

Neste fim de semana consegui um espaço para a Netflix (aqui em casa normalmente um filme vira série em 3 capítulos...rs). A decisão por assitir o filme "Não Olhe Para Cima" foi justamente porque uma pessoa falou para mim que o filme é muito ruim e a outra totalmente ao contrário. Ah... bateu aquela curiosidade. Interpretações tão distintas merecem um tempo de análise.

Claro que não contarei o filme, mas para dar contexto, é mais um filme apocalíptico em que o responsável por tal evento é um grande meteóro (até aqui nada de novidade). Mas avançando no filme, percebemos esse não será o problema principal.

Estamos em 2022, com certeza uma fase incrível na comunicação. Com um simples app de mensagens, ligações e vídeo chamadas, podemos falar com nossos familiares e amigos em qualquer lugar do mundo (com sinal de internet, claro). Quem aqui na década de 90 precisava ligar para alguém em outro país sabe muito bem o custo e o sofrimento para isso. Realmente evoluímos e muito.

Temos muito mais informações, estudos de universidades de ponta divulgados para acesso a todos, temos muito mais clareza do nosso impacto e também como melhorar nossas ações diárias para o bem comum (como reciclagem, uso consciente dos recursos, entre outros).

O filme mostra muito claro como cada um busca a solução baseada em seu interesse e não medindo o impacto. Como a polarização cega as pessoas, ao ponto de não "olharem para cima" até que seja tarde demais. Por mais que seja evidente e comprovado o impacto do meteóro no planeta, 1/4 da população entrevistada não acreditava que esse corpo celeste sequer existia.

Este filme conectou demais com a realidade de muitos, e com a minha em especial nestas últimas semanas quando em conversa com uma pessoa ela se mostrou em dúvidas se a pandemia realmente existiu. Notem, não estou falando de alguém que não tem nenhum acesso a internet e informações, estou falando de um perfil que mora em um grande centro urbano, com seu smartphone, TV, rede de amigos e parentes, e o que mais precisar para se conectar.

Leonardo DiCaprio (como professor Randall Mindy), solta essa frase:

"O que aconteceu com a gente? Meu Deus! Como é que a gente se comunica? O que nós nos tornamos?"

E finaliza com uma pergunta que, para mim, é a âmago do filme:

"Como vamos consertar isso?"

Não teremos uma resposta única e muito menos será simples o caminho. Mas podemos comerçar com uma lista simples:

1. Fuja do sensacionalismo, isso só te instigará para o que temos de pior;
2. Saia de movimentos de polarização, eles irão beneficiar um lado em detrimento de outro;
3. E por fim, dedique mais seu tempo para aqueles que estão ao seu redor. Melhorar a vida do nosso próximo trará um efeito em você muito maior do que imagina.

Como o próprio Dr. Mindy falou, nós temos de tudo.

Tudo para nos comunicarmos melhor, sermos felizes e fazermos com que a nossa passagem por aqui seja cheia de significado e propósito.