Nova oportunidade

Nova oportunidade

 "Nova oportunidade", como é difícil falar sobre isso, principalmente em minha área, a da Educação Física em geral. Embora muita gente hoje tem buscado cada vez mais se exercitar-se, prevenção, retomada e coisas assim. Parece bem atraente muitas vagas, bastante trabalho, sim, concordo. Mas para professores que assim como eu que dedicaram parte da sua vida (no meu caso 30 anos) não só com o voleibol, não está nada fácil. Ainda quando chegamos a casa dos 50 anos (ou mais), fica ainda mais difícil. São barreiras complicadas de transpor, vou falar no caso específico do voleibol que é um esporte maravilhoso, coletivo ao máximo, eu o comparo como a nossa vida, disputa-se a cada ponto, cada set, cada jogo e não tem empate. Assim vivemos no dia a dia, cada minuto, cada hora, cada dia e no final não queremos perder. O Voleibol me salvou de muitos caminhos perigosos em que a vida me apresentou, esse é um assunto para outro momento. Mas eu dizia, tive muitos momentos felizes no voleibol, posso dizer que se entendermos que derrotas e perdas fazem parte do aprendizado, da experiência, então só tive alegrias e só vitórias. Foram várias crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos que passaram pelas minhas mãos, como custamos dizer. Sabia de cada um dos detalhes de suas vidas, suas atitudes, personalidades, muitos até hoje. Porque é isso que fazemos quando montamos uma equipe para entrar em quadra, seja recreativo, amistoso ou campeonato. Os olhares de medo, alegrias, satisfação, felicidade na maioria das vezes. Vou contar uma dessas experiências em dessas competições que trabalhei, estávamos na final, era uma competição curta, minha equipe era tida como fraca, jovem, sem experiência, concordo com tudo, menos fraca, eram muito fortes, mais não sabiam. Muitos acharam, até chegaram a comentar em voz alta próximoa elas a mim, que não chegaria a lugar algum. Resumindo em pouco, chegamos até ao jogo final, perdemos de 3x0 sets. Jogamos bem dentro do limite, o adversário era muito experiente, eram em média 3 a 4 anos mais velhas que minhas atletas. Ao final do jogo, pensei vão chorar muito, porque era uma derrota doida, jogaram o que podiam naquele momento, más perdemos, se reuniram no meio quadra, se abraçaram muito, eu fiquei esperando ao lado quadra respeitando aquele momento delas, quando se voltram para mim, abri os braços e todas vieram ao meu encontro para um abraço coletivo. Notei que não estavam tristez como imaginei, estavam chorando, más ao mesmo tempo com um sorriso no rosto, que não tinha visto, foi uma grande surpresa. Foi ai que entendi que era uma Alegria por terem chegado até ali, terem enfrentado situações e experiências que até então não tinham passado, ouvido coisas, ali vi um amadurecimento, não só da atleta, más da pessoa, talvez essa seja a mairo vitória que um técnico possa ter. Más não foi só isso. A maior surpresa foi logo na sequência desse momento com minha equipe, foi ser abraçado por várias atletas da equipe adversária, elas estavam me agradecendo muito pela oportunidade ter jogado contra minha equipe, que não tinham jogado com uma equipe tão nova e tão difícil, depois tevo o abraço do técnico adversário também agradecendo muito pela oportunidade, em prantos. Eu confesso nunca ter vivido aquela situação, não sabia nem o que falar, era muito louco aquilo. Terminou com um abraço dos pais das atletas que viajaram até o local da competição, saindo de madrugada para chegar. Isso é Voleibol! Me senti como um campeão Olímpico, ou pelos meno imagino que a sensação é semelhante. Ali eu tive respeito, reconhecimento, orgulho pelo trabalho orgulho pelas jovens que ali estavam.

Bom, tenho muitas histórias afinal são 30 anos! Em outro momento quem sabe volto a contar aqui.

Contei tudo isso para falar que, mesmo com toda a dificuldade que tenho enfrentado, sem equipe para trabalhar, claro dificuldades financeiras, alguns momentos de descrédito, baixa auto estima, sofri de depressão, o que torna tudo mais difícil, más quando olho para o que fiz, já passei, experiência como essas que contei, não sei onde, arrumo forças para buscar uma nova oportunidade mesmo sabendo das dificuldades, algumas até falei no início, ainda continuo. Más confesso que cada vez está mais difícil, antes o respeito pelo trabalho pelas conquistas era valorizado, hoje isso não tem valor, o que importa bom nem sei o que mais importa hoje, sei que a experiência não conta, talvez a amizade, os padrinhos. Más a vivência, experiência essa ... Hoje a sociedade como um todo está meio fora de rumo, o esporte no caso o voleibol vem se perdendo e perdendo sua essência, que o aprendizado. Como disse e continuarei falando a minhas atletas, "VOLEIBOL É VIDA".

Más quem puder ajudar, vou agradecer, afinal quem vive de história é contador de história e acho que não terminei que contar a minha, preciso continar. Entre em contato, vou agradecer muito.




 

 

 


Roberto Affonso Pimentel

Projeto Interdisciplinar; Psicologia e Neurociência; Praxia, Cursos Práticos e Teóricos; Motricidade, Treinamento Desportivo, blog Procrie

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Enquanto busca uma oportunidade, aprofunde-se na Arte de Ensinar. Inclusive, atualizando-se, pois numa concorrência levará vantagem. Faça exercícios físicos regulares, vão melhorar o seu psiquismo e deixá-lo otimista, esperançoso. Visite e interaja em artigos que disponibilizo no Linkedin e alguns deles sumariados em....https://linktr.ee/robertoaffonsopimentel/ Acredite, vai conseguir!

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