O ALTO CUSTO DE AERONAVES PARADAS E SEUS PROBLEMAS
Ao contrário do que muitos pensam, quanto mais se usa um avião ou um helicóptero, mais barata se torna a hora de voo. Já a aeronave parada custa caro. Proprietários e operadores de aeronaves de negócios podem ter a falsa impressão de que, em busca de uma redução de custos, voar menos pode ser uma boa escolha.
Parece contraditório, mas, quando uma redução de despesas é necessária em qualquer segmento empresarial, cuja operação já engloba aeronaves em seu dia a dia, a diminuição de voos é uma resposta que parece ser bastante simples, porém um tanto ingênua.
Em um primeiro momento, podemos até pensar que voar menos uma aeronave qualquer não irá gerar despesas com combustíveis, tarifas aeronáuticas ou gastos inerentes ao voo, como atendimentos em hangares e estadia da tripulação.
Porém, observando a matriz de despesas de uma aeronave de maneira global, esses dispêndios representam algo em torno de 30% do custo total de uma operação aeronáutica, sendo que o restante, em torno de 70%, ocorrerá com o operador voando ou não.
Lapso temporal
A razão disso é simples de entender. Do ponto de vista aeronáutico, todos nós temos um inimigo invencível chamado "lapso de tempo", ou simplesmente tempo. Ele atua diretamente contra as aeronaves se pensarmos que existem manutenções com vencimento de calendário, independentemente de a aeronave ter voado muito ou nada.
Por exemplo, imagine uma aeronave que tenha sua revisão geral a cada doze anos ou 2.200 horas e o custo desse serviço seja de 500 mil dólares. Se o operador tiver voado as 2.200 horas em exatos doze anos, o custo dessa revisão por hora de voo pode ser diluído e será de 227,27 dólares por hora. Já se o operador "economizou" nas horas voadas e chegou aos doze anos com apenas metade dessas horas voadas, 1.100 horas, seu custo por hora será o dobro e chegará a 454,54 dólares.
O exemplo se mostra mais evidente para aqueles operadores da aviação de negócios, que já são obrigados a garantir a aeronavegabilidade de sua aeronave por força regulatória e, todos os anos, sem exceção, cumprem uma inspeção anual chamada atualmente no Brasil de Certificado de Verificação de Aeronavegabilidade (CVA), tendo voado ou não durante o período.
Junto com a CVA, outras manutenções serão efetuadas, tanto por vencimento em horas voadas ou tempo calendárico, trazendo a verdade dos custos, que serão diretamente proporcionais às horas voadas. Cada aeronave tem seu próprio programa de manutenção, mas existem intervenções mensais, trimestrais, semestrais, anuais, bienais e seguem até dez, vinte anos para frente.
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Questões técnicas
Até aqui falamos apenas dos custos de manutenção e financeiro e como isso impacta as operações aéreas em caso de pouco uso de uma aeronave majorando o custo da hora voada. Não podemos esquecer de mencionar o aspecto técnico e os impactos de uma aeronave parada na sua manutenção e proficiência dos tripulantes.
Poucos operadores percebem que o tempo calendárico não atua apenas contra a manutenção propriamente dita, mas também é um aspecto importante de sua correta preservação.
Aeronaves foram projetadas para que seus componentes se mantenham em funcionamento, evitando corrosões, ressecamentos e mau funcionamento por pouco uso. Os manuais de manutenção descrevem claramente que aeronaves paradas por longos períodos de tempo devem ser mantidas preservadas e isso também gera despesas extras de manutenção com substituição de fluídos, óleos especiais e outros itens para que não ocorra o perecimento de componentes.
Por fim, quanto aos pilotos, a baixa densidade de voos os torna menos proficientes em suas funções, além de não conseguir manter a exigência mínima regulamentar das autoridades aeronáuticas de pousos no período diurno, noturno e operações de voo por instrumentos dentro dos últimos 90 dias a contar de sua última operação.
Isso por si exigirá que o operador permita que os pilotos efetuem voos para a manutenção da proficiência exigida em lei ou contrate treinamentos frequentes para que essas determinações legais possam ser cumpridas ou correm o risco de serem multados, tanto piloto ou operadores além de uma possível exposição desnecessária a risco.
Caso ocorra algum sinistro sem que a proficiência regulamentar dos pilotos seja observada, o operador poderá incorrer em quebra das condições de contratação de um seguro aeronáutico e não ter o seu dano coberto.
Em resumo, aeronave parada tem capacidade de gerar tantas ou mais despesas do que uma aeronave voando, além da exposição a um risco desnecessário e o operador pode ainda ter a certeza de que perderá seu maior ativo que é o tempo. Por isso é crucial você possuir uma fonte como a Aviation Parts Executive, Inc. que te forneça tudo o que você precisa para deixar sua aeronave sempre nos ares!
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10 mRenato Rita look this