O bife a cavalo
Em tempo recorde aprovaram, a lei das “fake news”, a dos mascarados e outras que nem precisaria de reserva legal por serem tão óbvias quanto tudo que já está legalizado, desde 1988 quando a Lei maior estipulou o “Imposto sobre as Grandes Fortunas” e a possibilidade da “CPMF” como garantidores dos pressupostos de acesso aos cargos, como o dos deputados, que todo ano novo precisam declararem a renda que angariaram no passado, limpo por não poderem tomar posse no cargo com algo que suje seu currículo exigido com estilo de vida ilibado, assim como o dos senadores que aprovam os designados para os cargos que pelo chefe do executivo são indicados, para cumprirem o que, por ele, é ordenado, no plano de governo que não pode ser desviado do de Estado, quando esse é de Direito, Bem-estar e Democrático, dito por quem manda executar os mandados, de busca e apreensão nas mansões até de quem tem um mandato, com uma prerrogativa de função que não pode ser confundida com um “foro privilegiado”, que dentro dos pressupostos é tão inviolável quanto um casarão de madames que tomam um chá da tarde no sofá da sala de seus palácios localizados ao lado da lona onde os moradores de rua ficam estirados.
Mas, o assunto é o bem-estar do mendigo que gosta da vida boa que vive em seu ambiente refrigerado, pelo frio das madrugadas gozadas nesse “forro pivilegiado”, onde alguns se eternizam e nem abrem mais os olhos para contemplarem seus céu, particular, estrelado e azul como o sangue que decora as veias de determinados corpos ancorados entre as paredes de alguns palácios aquecidos pelo calor humano de corações gelados, como os dos “fantasmas” contratados como funcionários, públicos e ganhadores de supersalários no exercício de funções onde é possível multiplicá-los e transportá-los para seu privado, com ajuda de “amigos” fazendeiros que fizeram afundar a fazenda da “União” com a mesma facilidade que afundam um Estado, só pela habilidade de se manterem montados na grana dos “bancos” onde sempre estiveram sentados, numa posição onde se ver os bois de piranha sendo devorados, enquanto a boiada passa e tapa a visão para os recursos desviados, pelos buracos do queijo suíço presenteado, para ser servido no chá da tarde das socialites inglesas nos nativos palácios, onde conversam sobre o paraíso vivido pelo mendigo que reside na rua ao lado, do lixo de interesse dos ratos, sem o qual, não seriam alimentados com os petiscos servidos entre uma conversa e outra que ocorre nas planícies e nos planaltos, alvos da fofoca dos mendigos que encaram esse “paraíso” como uma obra do divino acaso, dos agraciados com os cargos de fiscais não fiscalizados em suas funções de promoverem o descaso que faz parte do caso.
O caminho do meio é o mais sensato, entre o céu e o inferno gerado no imaginário dos que pensam que o outro vive num paraíso voluntário, quando, na verdade, ninguém pode estar confortável, nem tem estômago pra suportar uma úlcera provocada pelo erro alimentar do passado, com efeitos acumulados nas paredes que doem até na alma dos que não estão anestesiados, quando a máscara cai e o chá entra em contato, com a consciência do consumidor e dos que tomam ao lado, de lavada se não levantarem cedo do logradouro que pelo caminhão-pipa precisa ser lavado com a água que leva tudo rio abaixo, do esgoto de onde saem os intermediários, que ganham “concessões televisivas” para prometerem o paraíso em troca, até dos seiscentos reais que chagam nas mãos dos coitados, sem dinheiro para pagarem os grandes escritórios de advogados que conhecem o juiz da causa garantidora do caso em que fundos, como emergencial, podem ficar acumulado com quem paga os honorários, dos que sustentam as teses de prescrição no “Devido Processo Legal” que prevê um “tempo razoável”, que só é esgotado quando a “Justiça” é feita nos julgados, que “não prescrevem” por não estarem adstritas ao referencial do calendário, quando o objeto da causa é o desvio de recursos dos administrados, assim entendidos como os que não tem estômago para aguentarem a conversa dos que mantêm os recursos acumulados, enquanto tomam chá ao lado de esfomeados que sonham com arroz, feijão e um bife a cavalo.
Miguel Flávio Medeiros do Carmo
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