O Capital Especulativo x Capital Produtivo - Dinheiro deve deixar os bancos e voltar para as empresas e o mercado em 2020.
Muitas são as criticas sobre o atual governo brasileiro no ano de 2019 mas algo é incontestável, apesar do baixo crescimento previsto para PIB no ano de 2020 (algo em torno de 2%), os índices de inflação tem reduzido constantemente e as taxas de juros nunca estivaram tão baixas no Brasil. Com isso as aplicações financeiras deixaram de ser tão atrativas quanto no passado e os investidores passaram a analisar o mercado com outros olhos. Os primeiros sinais já aparecem em Dezembro de 2019 com o crescimento do setor imobiliário, visto que o aluguel de um imóvel rende ao seu proprietário algo em torno de 0,6 a 0,8% ao mês, taxa duas ou quase três vezes maior do que o valor do mesmo imóvel aplicado numa poupança por exemplo.
Segundo dados do SEBRAE, as pequenas e médias empresas representam cerca de 27% do PIB brasileiro e empregam cerca de 70% da força de trabalho.
A serem mantidos os atuais níves de juros, isso afetará também a decisão dos pequenos e médios empresários, investidores que buscam aplicações mais conservadoras como o CDI e o Tesouro Direto, que penam para atingir a taxa de 0,6% ao mês. Como esses investidores são comedidos em correr riscos, esse conjunto de fatores deve impulsionar no ano de 2020 a migração de parte do capital especulativo mantido hoje em bancos, moeda estrangeira, bolsas e fundos de investimentos, para investimentos mais concretos como a compra de imoveis, a constituição de sociedades ou abertura de pequenas empresas de serviços, comércios ou fabricação de bens e produtos, visto que a taxa de lucro dessas empresas pode ser superior a 12% ao ano.
Luciano Campanhã - Sócio Fundador da Campanha Business Consulting.
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