O cenário da saúde na era do Metaverso
De que forma o nome mais falado da tecnologia pode impactar (direta ou indiretamente) o nosso mercado?
Se você não está morando dentro de uma bolha nos últimos meses (ou de repente se desconectou completamente das redes sociais), muito provavelmente a palavra mágica METAVERSO já passou pela sua timeline de alguma forma. Ainda mais aqui, no LinkedIn. Todo mundo quer, de alguma forma, participar de um conceito que, apesar de não ser novo, se tornou a grande obsessão do grupo liderado por Mark Zuckerberg.
É fato que todas as marcas querem tirar uma casquinha desta ideia de um ambiente virtual totalmente aprofundado, com representações em forma de avatares replicando muito do que se tem aqui no mundo “real”, só que indo adiante, muito mais adiante. E praticamente todos os setores querem entender de que forma, para além da mera presença para gerar buzz, podem estar lá dentro com algum tipo de impacto significativo. A turma do entretenimento, da moda, do varejo. E da saúde também.
Pois é. De que maneira a gente aqui do mundo da saúde vai ser impactado pelo tal do metaverso?
Pra turma trabalhando aqui na Docway, de imediato, já dá pra enxergar uma repercussão óbvia que é a evolução do que entendemos por telemedicina. A gente diz, há mais de dois anos, que a transformação digital que a pandemia “forçou” a sociedade a adotar não tem mais volta, é só pra frente e não mais pra trás. Portanto, agora que as pessoas se acostumaram às facilidades de uma consulta “digital”, ter um espaço onde elas possam fazê-lo de forma personalizada, com maior imersão, com a simulação de um consultório ao ar livre, por exemplo, seria fantástico. E o paciente se sente ainda mais à vontade porque a sua persona digital tem a cara que ele bem escolheu. Ainda mais digital, porém ainda mais humano.
Continua a facilidade, a agilidade, o conforto, a segurança, a acessibilidade para pessoas com dificuldade de locomoção. Mas agora com mais personalização e com a possibilidade da gamificação, que torna tudo mais leve e atrativo. Este espaço permite ainda um refinamento e a ampliação do ensino na área da saúde, alcançando, com a popularização do 5G, cantos longínquos do país. E o tom mais lúdico torna ainda mais efetivas eventuais campanhas de conscientização da saúde – como a recente em favor da vacinação, por exemplo.
Só que podemos ir muitos passos além disso. Vale pensar nas possibilidades para tratamentos estéticos, por exemplo, com simulações em realidades estendidas utilizando recursos de realidade virtual (VR) ou realidade aumentada (AR). Estas ferramentas podem também ajudar a sobrepor em holografia os dados personalizados de cada paciente, além de consultar reproduções em 3D do seu histórico, enxergando e sobrepondo de uma maneira quase Minority Report exames anteriores de imagem. Revejam o filme pra entender do que estou falando.
Imagina só, então, usar o metaverso para simular procedimentos mais invasivos, que representam mais risco, antes mesmo que eles aconteçam? É possível reproduzir digitalmente os detalhes específicos de cada pessoa e planejar o antes, o durante e o depois de maneira bem mais minuciosa, diminuindo drasticamente as chances de erro.
Não, não é mais coisa de filme. Não é futuro, é agora. Aliás, é justamente o que a gente repetia lá atrás, quando começamos com a telemedicina e muita gente enxergava aquilo como algo similar aos carros voadores dos Jetsons. Bom, os automóveis ainda não voam sobre as nossas cabeças. Mas as pessoas fazem sim, e com sucesso, consultas médicas por meio de suas muitas telas. Daí pra sentar no consultório virtual do seu médico dentro de um metaverso, é realmente só um pulinho.
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2 a👏👏👏
Fundadora da Comunidade de Auditores em Saúde| Auditora em Saúde e em acessos vasculares e terapia infusional
2 aGostaria de saber que empresa além da meta já está trabalhando nisso
Gerente Sênior de Soluções em Saúde no Laboratório Pfizer Ltda
2 aExcelente texto!! Como você falou, foguete não tem ré, telemedicina e realidade virtual só tiveram a sua presença acelerada por conta da pandemia. Saber tirar o melhor de tudo é a dádiva do ser humano.
Gerente de acesso / Acesso ao Mercado / KAM / Gerente de Contas / Government Affairs / Relações Institucionais / Ecossistema de Saúde/ Indústria Farmacêutica / Oncologia / Doenças Raras / Imunologia / Neurologia
2 aExcelente reflexão Fábio Tiepolo! Parabéns pelo artigo.
Gestão de Processos | Gestão em Saúde | Inovação em Saúde | Analista de Saúde | Healthcare | Pesquisa Operacional
2 aFábio Tiepolo como estão as coisas aí em 2030? 😎