O futuro da educação está em nossas mãos (e na tecnologia)
Quando se fala em educação, a imagem que criamos na cabeça dificilmente é atrelada à inovação, ensino de programação ou até mesmo do uso de dispositivos digitais como outra via de assimilação do conteúdo. Mas será que a educação não pode se munir com essas ferramentas e treinar as habilidades dos seus alunos (e, por extensão, dos seus professores) em plataformas eletrônicas?
Qual será o futuro da educação?
Se queremos atualizar o ambiente escolar, por que não assumimos de vez que a tecnologia está aí para ser ensinada e aprendida? A escola do futuro não terá barreiras; ela será um espaço democrático, onde o fluxo de informação não para. O acesso ao conteúdo pedagógico, por exemplo, deverá ser feito de qualquer lugar, pois a Internet é fundamental nessa nova era. Muitas instituições estudantis, inclusive brasileiras, já estão lançando mão da web para promover os estudos, usando os meios disponíveis para difundir o conhecimento. É isso o que devemos perseguir; é assim que semearemos uma geração inovadora, crítica e empreendedora.
A Internet é parte essencial desse projeto, pois além do aluno estar a um clique de imagens, textos, áudios e vídeos sobre qualquer assunto, ele aprende em seu próprio ritmo e tem a possibilidade de encontrar uma abordagem com a qual mais se identifique. Isso é importante porque um grande mal da educação é dar nota aos estudantes baseando-se, na esmagadora maioria das vezes, em uma única forma de avaliação – as temidas provas -, o que pode prejudicar os indivíduos que não se adaptam bem a elas.
Tende-se a achar também que a concepção de educação do futuro envolva o uso de iPads. Haverá dispositivos – como o iPad –, mas não somente eles. Os tablets foram bem recebidos por adultos e crianças, porém como há alguns anos eles não existiam, e a tecnologia constantemente apresenta inovações e plataformas diferentes, é ruim de prever, com absoluta certeza, se os tablets deverão dominar as salas de aula ou não. Por isso, tem mais fôlego a ideia de conexão local e global do que simplesmente apontar um dispositivo ou outro.
O futuro tem a ver com o acesso, de aprender e colaborar, esteja onde estiver, o que tornará social a prática do ensino. Você ensina e aprende ao mesmo tempo. Por isso que o futuro está ligado também a cloud, porque ela removeria problemas que poderiam surgir no meio do caminho. A educação (e as escolas) não precisarão, necessariamente, de diversos softwares instalados, mas sim de uma larga conexão de Internet. Em outras palavras, a computação em cloud será a base de seu sistema, quaisquer que sejam os dispositivos usados.
Uma prática que tem se fortalecido, e que pode apontar um dos futuros da escola, é o MOOC (Massive Open Online Course), que trata de disponibilizar o conteúdo de cursos superiores em veículos online próprios ou abertos, como o Youtube. A técnica foi criada nos laboratórios de inovação da Harvard e do Massachusetts Institute of Technology, e não só alunos, como qualquer pessoa interessada em determinado assunto, pode se inscrever e fazer o curso gratuitamente e online. A plataforma mais conhecida é o edX e o conteúdo engloba praticamente todas as áreas do conhecimento.
Para quem não é familiarizado com a língua inglesa, idioma em que os cursos nestes meios normalmente são ministrados, pode buscar o que as universidades brasileiras têm a oferecer. USP, Unesp e Unicamp possuem seus MOOCs e garantem a qualidade e relevância deste projeto para a sociedade.
Se quiser elevar seu nível, a pátria educadora não pode deixar que ainda 731 mil crianças fiquem de fora das escolas, de acordo com o IBGE, e nem que 34% dos alunos cheguem ao 5º ano sem saber ler. A construção de uma educação sólida é um dever nosso para com as próximas gerações e é o que, com certeza, pode transformar uma realidade tão desigual quanto a brasileira.
Empreendedora | SDR | BDR | Closer | Customer Sucess | Marketing Digital | Executiva de Contas
8 aadorei....trecho interessante..."Isso é importante porque um grande mal da educação é dar nota aos estudantes baseando-se, na esmagadora maioria das vezes, em uma única forma de avaliação – as temidas provas -, o que pode prejudicar os indivíduos que não se adaptam bem a elas"...perfeita colocação...em um mundo globalizado e digital deveria existir outras formas de avaliação que não somente uma prova, é claro que é necessário medir e nivelar conhecimento mas a forma antiga e arcaica não acompanha a realidade.
EMEA Data & AI Governance GTM Lead @ AWS | Public Speaking Coach 🎤 | Thought Leadership
8 aNão podia concordar mais com a escolha do tema, como exemplo de uma das áreas onde a transformação digital tem maior potencial impacto. A minha experiência como profissional do mercado de IT, pai e educador, e ainda ex-docente Universitário diz-me que há aqui uma transformação maior, que ainda está por acontecer: a criação de espírito crítico e vontade de investigar. Sem esses motores, nenhuma tecnologia do mundo irá encurtar a falha que vemos hoje entre informação disponível e completo desinteresse pela ação. Excelente artigo Luiz!