O jogo mudou!

O jogo mudou!

A Pandemia nunca será um rio que passou nas nossas vidas. Ela mudou pilares relacionados a praticamente todos os campos da existência humana.

No campo organizacional o que se percebe neste início de pós-pandemia é que as empresas estão demandando um novo perfil de colaboradores: mais autônomos, mais empreendedores, capazes de assumirem sua própria jornada de aprendizagem, de desenvolvimento e, principalmente, de performance.

 As empresas começam a se dar conta de que não podem mais se dar ao luxo de terem pessoas e equipes que trabalham e entregam resultados como fruto de um processo em que cumprem ordens. É ineficiente e pouco produtivo.

 O trabalho presencial ou em home office tem hoje significados diferentes, pois a lógica do trabalho mudou, as variáveis ambientais ganharam outra tonalidade e as demandas internas e externas não são mais as mesmas.

 A liberdade de escolha que as pessoas adquiriram mudou dramaticamente a dinâmica das relações de trabalho.

 Os desafios que as empresas e as pessoas enfrentam hoje são de natureza diferente.

Os resultados que as empresas precisam alcançar não podem mais estar focados em pessoas que dependem dos seus líderes para atuarem.

Urge a criação de contextos em que as pessoas e equipes possam atuar com maior liberdade, maior poder de gestão, assumirem papeis mais ativos, relevantes e inteligentes no processo de criação de valor.

 Se por um lado as equipes precisam de líderes, por outro lado não há mais espaço nas organizações para líderes que centralizam as informações, o conhecimento, o poder decisório, gerando dependência; mesmo sendo líderes com experiência sabidamente superior, não faz mais sentido as equipes dependerem do seu poder de comando. Elas devem se referenciar nos novos modelos de trabalho em equipe, nos atuais padrões de desafios, na sua dinâmica de aprendizagem, de criar sistemas eficientes e produtivas.

 A responsabilidade pelos resultados precisa ser do coletivo, da comunidade de equipes dentro das empresas, assim também a definição das estratégias visando maximizar eficiência e produtividade.

 Os líderes serão sempre fundamentais como suporte.

O principal papel dos novos líderes é o de habilitadores da performance das pessoas, do autoconhecimento, do contínuo processo de qualificação que se tornou mandatório e permanente dentro das empresas.

 O líder franqueador que disponibiliza o seu conhecimento e a sua experiência para que as equipes ganhem torque, potência.

 Os modelos padronizados de liderança estão sendo substituídos por modelos mais flexíveis, adaptáveis às pessoas e circunstâncias. Modelos mais colaborativos, que buscam qualificar e agilizar o tempo de respostas.

 Com a consolidação do trabalho híbrido, liderar pessoas deve ser, mais e mais, uma prática personalizada.

Entramos numa era de acelerada individuação, processo crescente e irreversível, o que desloca o princípio ativo do empoderamento que estava com os líderes para as pessoas.

 O ciclo atual é de uma liderança com uma nova visão de trabalho, uma nova compreensão de desenvolvimento organizacional, de trabalho coletivo, de gestão mais igualitária. Hora de renunciar ao que deu certo até agora, por mais paradoxal que isto possa parecer para alguns.

 Quando as empresas colocam o cliente no centro - e desta vez elas parecem determinadas a fazer isto - a natureza do que é resultado muda, os parâmetros do que é performance se alteram, a lógica do que é certo ou errado perde referência, o desenho de soluções se remodela todo e, tudo indica, teria chegada a hora e a vez da famosa pirâmide organizacional invertida.

 Desafio nuclear: colocar o cliente no centro, de forma sustentável e consistente no tempo, também requer inverter a pirâmide de liderança, transformar a cultura de liderança vigente nas organizações.

Por mais que os vieses inconscientes ainda provoquem resistências, é inegável o movimento das empresas de se transformarem em espaços multiculturais, no seu sentido mais amplo, onde todas as manifestações identitárias são acolhidas e nutridas; como decorrência a teia de interações nas organizações cria múltiplos novos significados, alterando a dinâmica da geração de resultados, tornando-a muito mais rica, mas também mais complexa, transformando a arte de liderar pessoas num processo aberto, conectado às mudanças externas, integrado internamente, equânime nas relações.

 O jogo mudou, as regras mudaram.

As relações líder-liderado estão sob forte impacto de mudanças disruptivas provocadas pela disseminação do teletrabalho.

Os paradigmas que sustentam a atual cultura de liderança nas empresas estão sob efeito sísmico oriundo das mudanças profundas pelas quais as empresas estão passando, o que demanda reflexões instigantes sobre que saberes e práticas de liderança precisam emergir nas organizações.

Mário Lúcio, lendo teu artigo eu lembrei de uma mudança cultural ocorrida em Belém do Pará sob a liderança da Naná (Projeto Crescer).

Vamos marcar, também estou! Segue meus contatos prospero@genter.com.br 97387 2905

Juliana Fernandes

Executiva de Recursos Humanos - Head de RH I Business Partner | DHO I Cultura & Transformação I D&I I Gestão de Mudança I Mentora de Carreira | Impulsionando o desenvolvimento das Pessoas e do Negócio.

3 a

Boa reflexao Mario, continue postando novos artigos. bjs

Luis Baio

Fazer o Certo e o Bem, muito bem-feitos.

3 a

Pensamentos que fazem refletir, Mestre Mario Lucio...

Desafio dos bons esse meu amigo! Mas a realidade será cada vez mais essa mesmo, muito bom. Grande abraço

Entre para ver ou adicionar um comentário

Outras pessoas também visualizaram

Conferir tópicos