O ponto mais crítico em uma possível recessão no Brasil
Temos convivido com notícias que nos sugerem estarmos nos aproximando de uma situação de recessão.
Diante dessas notícias, muitos são os comentários do tipo:
"O País já passou por outras no passado e passará por mais essa."
No entanto existe uma diferença importante a ser considerada:
A CONSCIÊNCIA FINANCEIRA DA POPULAÇÃO DAQUELA ÉPOCA E DA ATUAL.
Explico meu ponto de vista:
O Plano que nos trouxe à estabilidade econômica foi criado em 1994 no governo Itamar Franco. Considerando que um indivíduo começa a ter alguma noção de economia ( mesmo que apenas familiar ) por volta dos 8 anos, podemos pensar que os nascidos a partir de 1986 passaram a compreender a economia nacional como equilibrada e até mesmo crescente, sem saber, e muito menos conviver, com realidades negativas tais como inflação e desemprego, até porque o quê seus pais mais desejavam era esquecer desses assuntos.
Com isso, as gerações que vieram a partir dali se formaram otimistas e até mesmo acomodadas pela facilidade de emprego e multiplicidade de opções de consumo.
Portanto, nessa minha visão, o ponto mais crítico nesse período de pré-recessão que estamos vivendo seria o fato de que nossos cidadãos, com idade próxima de 30 anos, que devem ser a nossa maior força contra uma possível crise econômica nos próximos 10 anos, parecem não estar preparados e nem sequer preocupados.
Eles não sabem exatamente o que é inflação e o que a alta dessa causa na vida, não só dele, mas de todos, principalmente daqueles que não têm reservas financeiras para períodos difíceis.
Desemprego para a maioria deles é o "período que não estavam trabalhando, quase sempre por não estarem a fim de aceitar as oportunidades que apareceram", sendo durante esse, "bancados" por seus familiares. No entanto desemprego em tempos de crise significa falta de trabalho para ele E TAMBÉM para seus familiares, comprometendo a própria subsistência de toda a família.
Sempre que posso, tento alertar as pessoas com quem converso, principalmente os mais jovens, para que se esforcem para evoluir suas consciência financeiras, se organizando individual e coletivamente, para que possamos ter uma população mais forte e mais preparada para combater períodos de crise que possam vir.
Proponho conversas sobre esses temas, simulações verificando se suas situações financeiras atuais podem amenizar impactos em um possível período ruim, etc.
Afora isso, só posso sugerir que você faça o mesmo com aqueles com quem tenha relacionamento.