O QUE DESEJA ESTA MULTIDÃO?

Muitos estudiosos da fenomenologia da liderança sabem que, para liderar um grupo, o pretenso líder deve saber identificar a “síntese das ideias” daquele grupo.

Nas grandes multidões é tarefa bastante difícil estabelecer esta síntese. Entretanto, analisando os fatores culturais, a conjuntura política e a conjuntura econômica, balizadoras dos movimentos das massas, é possível deduzir, com alguma certeza, o que a multidão realmente deseja.

No dia 4 de novembro, novamente, grandes manifestações foram realizadas, mesmo com mau tempo. Milhares de grupos, cada um com suas faixas e bandeiras, tomaram as ruas e avenidas das principais cidades brasileiras.

Mas, em síntese, o que desejavam aquelas muitas centenas de milhares de pessoas? O que ligava todos aqueles grupos? Arrisco-me a afirmar que as pessoas não querem mais presenciar duas coisas fundamentais:

A primeira é a desonestidade dos políticos que, associados a determinados agentes da justiça e da administração pública, impedem a moralização da nossa corrompida democracia. Lembremo-nos que o cidadão honesto não compactua com o roubo a fraude e a mentira, sem esquecer que bom exemplo vem de cima!

A segunda coisa é a falta de crescimento econômico, que está aliada à primeira e à incompetência administrativa daqueles mesmos políticos, gerando o desemprego, a inflação e todos os fatores econômicos negativos que penalizam o povo brasileiro, principalmente os mais pobres.

Portanto, falando num português bem simples, aquele que todos entendem: os políticos precisam tomar vergonha na cara e o Brasil precisa crescer.

Ocorrendo isto, o povo ficará em suas casas, porque tudo o que está acontecendo de ruim no Brasil é consequência direta dessas duas “coisas”.