O Que Dizer De 2016 – O Ano Das Desconstruções

O Que Dizer De 2016 – O Ano Das Desconstruções

Mais um ano se passou e junto com ele, muitas coisas ficaram para trás. O meu 2016 foi de desconstrução, onde fui capaz de perceber a realidade da forma como ela é para mim e crescer a cada expectativa quebrada. Tudo isso é sinônimo de liberdade.

Longe de ser um ano fácil, foi um ano em que aprendi a entender e construir essa liberdade de ser. Sinto como se tivesse despido as tantas peles que mascaravam o meu verdadeiro eu e agora estivesse nua e exposta diante da multidão. Não porque precisava disso, mas porque esse é o processo natural.

Quando aprendemos a olhar nos nossos próprios olhos e entender quem somos de verdade, fica difícil esconder isso tudo na caixinha novamente. Precisamos colocar para fora, ser no mundo, e assim, nos bancamos…

Bancamos que não somos aquele modelo de perfeição que desejávamos – mesmo sem saber direito porque – que fossemos.

Bancamos que temos sentimentos que nem sempre são agradáveis. A tristeza, carência, mágoa por tantas coisas que se passaram, a solidão e o vazio que deixa de assustar.

Bancamos toda a história que nos forma e torna, sem dor ou rancor, apenas com seus espinhos e flores.

Bancamos nossa sombra e a acolhemos. Podemos ser luz também, mas entendemos que as sombras também fazem partem, e está tudo bem!

Bancamos que podemos ser diferentes e ainda assim, permanecer nesse mundo de iguais, pois não há ameaça maior do que a interna.

Tudo isso foi resultado de um processo de autoconhecimento que já me acompanha, mas cada novo passo é sempre uma caixinha de surpresas. Quando chegamos neste lugar, também deixamos de lado o controle, a permanência e a certeza, e assim, nunca sabemos o que está por vir. E essa é a grande graça de tudo isso.

E o mais incrível de toda essa jornada é que, ao mesmo tempo em que desconstruí muitas coisas, tantas outras foram construídas naturalmente.


Foi em 2016 que entendi o estilo de vida que queria de verdade. Já comecei o ano com um curso de fotografia – um sonho que me acompanhava há tempo, comecei e parei um curso de teatro – e nele fui capaz de experimentar meu corpo e minha alma livre, me libertei de amores antigos e fui até lugares que nunca achei que seria capaz de ir por amor – e foi lá, nos braços de um outro alguém, que me reencontrei… e no final das contas, é exatamente isso o que buscamos em toda a vida: nos reencontrar.

Fora o mundo profissional, que chegou já com muitos desafios e diversos convites. Aprendi espanhol em tempo record e fui internacional, justamente pois pessoas incríveis acreditaram em mim. Todos os dias, sou grata pelas pessoas que o universo coloca em minha vida, pois sim, sou um indivíduo só que já é no mundo, mas é por meio de tantas pessoas do bem que posso ser mais. Compreendi o que queria de verdade nesta jornada, realinhei meus desejos, tirei um curso de meditação que estava na gaveta há algum tempo e me surpreendi com o sucesso que ele foi – hoje, estamos em sua terceira turma. Foi também neste ano que o programa Oficina de Sonhos finalmente ficou exatamente como queria que ficasse, onde presenciei e construí a forma de uma atuação que já faço há quase 10 anos na clínica, com um nome, um espaço mais formal e isso foi também uma grande conquista.

E nestas últimas semanas do ano, com o fechamento junto com alguns clientes e paciente, percebo o quanto de trabalho tivemos, quantas vidas foram transformadas e feridas saradas – tanto neles, quanto em mim.

Trabalhar com desenvolvimento humano – seja na psicologia, coaching, treinamentos ou cursos – é um grande privilegio, pois para ajudar o outro, precisamos nos olhar e esta é a única forma de nos desenvolvermos também. Às vezes, nem sei quem ajuda mais a quem, pois cada pessoa que passa por mim, também me modifica.

No final de 2016, além de estar muito cansada – parece que saí de uma batalha – sou completamente diferente de quem era no início. E esta é a maior conquista que poderia ter no final de um ano. Este era o meu maior objetivo. E foi concluído!

Na numerologia, este foi um ano 9, de fechamento de ciclos e percebo todos os ciclos fechados… para que o próximo ano, de número 1, seja então de recomeços.

Para 2017, tenho certeza que muitas coisas virão, são ainda muitas montanhas para escalar, e com elas, muitas dificuldades surgirão. E que venham, pois tenho sede de aprender e hoje me sinto mais preparada!

Afinal, o que é a vida se não um eterno preparo?

Não estamos aqui somente por lazer e sim para construir algo de positivo para nós mesmos e para o mundo!

E espero que o seu 2016 tenha sido tão incrível e devassador como foi o meu


Gustavo Pace de Barros

Operations & Equipment / Projects Management / Lean Process / Black-Belt Lean Six Sigma Engineer / Statistical Data Analysis

8 a

Vanessa... adorei seu texto! Obrigado por compartilhar seus sentimentos e reflexões sobre esse ano tão complicado!

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