O que (provavelmente) nos espera em 2024?
Olá, 2024! Seja bem-vindo, mas venha com calma.
No fim do ano passado, a pedido do time Comunicação Institucional da InPress Porter Novelli , escrevi um artigo sobre as tendências que temos mapeadas na área de Thought Leadership. Divido o texto na íntegra por aqui.
Adianto que este ano será repleto de grandes desafios, especialmente para o C-Level. Crise climática, inteligência artificial, saúde mental (tanto a dos líderes quanto a dos colaboradores), conflitos e questões relacionadas ao desabastecimento de insumos são alguns dos tópicos na agenda dos executivos para 2024.
Além desses desafios, há uma pressão ainda mais intensa por resultados. De acordo com um estudo realizado pela Gartner, consultoria de negócios que se baseia em dados e pesquisas, CEOs e CFOs estão enfrentando uma crescente pressão por parte de investidores e proprietários para demonstrar um crescimento lucrativo. 45% dos CEOs consideram o crescimento como uma das três principais prioridades estratégicas - uma queda em relação aos 53% de 2022 -, porém, 62% dos CFOs o colocam entre suas três principais prioridades, um aumento em relação aos 59% de 2022. Entre as estratégias das lideranças, destaca-se a necessidade de priorizar projetos alinhados com as prioridades dos negócios, fazer mudanças significativas, em vez de incrementais, na alocação de capital e destinar rapidamente o capital de usos de baixo valor para os de alto valor.
Além da busca pelo crescimento, a pesquisa também aponta para outros dois macro-temas que executivas e executivos deverão enfrentar: impacto da tecnologia e atração e retenção de talento. Em linha com a pesquisa, os executivos da área de Liderança de Pensamento da InPress, que hoje conta com quase 50 líderes, sendo 27 deles CEOs das principais empresas do Brasil, caminham na mesma direção, priorizando as ações com foco no resultado, pessoas e tecnologias.
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Quando se trata de tecnologia, é impossível ignorar a inteligência artificial, que ganhou escala em 2023 e, em um curto período, está transformando os negócios e as relações pessoais. Nesse contexto, destaco uma frase dos especialistas do The Boston Consulting Group, recentemente publicada na revista Forbes: "Para ser um líder da indústria daqui a cinco anos, você precisa ter hoje uma estratégia de IA generativa clara e convincente."
A inteligência artificial abriu novas possibilidades de acesso a informações e suporte estratégico para empresas de todos os tamanhos, aumentando a competitividade em diversos setores. Podemos dizer que já estamos vivendo a Matrix (ou um episódio de Black Mirror, dependendo da sua idade). Nesse sentido, elas estão percebendo cada vez mais que seus dados são um ativo comercial importante e estratégico. Um exemplo interessante é o caso da empresa John Deere, que desenvolveu um projeto de comercialização de dados com base nas informações dos sensores de seus equipamentos agrícolas, gerando insights para melhorar a produtividade de diversos clientes no campo. No entanto, em contrapartida a essa tendência de automatização do trabalho, destaco a importância da capacidade de utilizar habilidades pessoais nos momentos em que o aspecto humano se torna fundamental.
Isso nos leva ao terceiro ponto das tendências, que é o talento, ou a escassez dele, especialmente em áreas-chave de alguns setores da indústria e comércio. Portanto, o investimento na atração e retenção de talentos deve ser constante neste ano, e as lideranças, principalmente o C-Level, possuem (também!) um grande desafio para conquistar essa força de trabalho. Um caminho que pode contribuir para essa ambição é o posicionamento estratégico de liderança de pensamento, que reforça os aspectos positivos das marcas e empresas, a partir da jornada profissional de seus líderes.
Por fim, gostaria de destacar uma soft skill que será fundamental na condução dos negócios em 2024: a empatia. Mais do que nunca, será necessário se colocar no lugar do outro. Compreender o impacto que guerras, ataques cibernéticos, questões de saúde mental, questões ambientais e suas consequências emergenciais, crises financeiras, retrocessos em questões de diversidade, entre outros temas, estão causando não apenas nos colaboradores, parceiros, mas também na liderança. Apesar dos diversos estudos e pesquisas apontarem diferentes caminhos e o avanço da inteligência artificial, ela ainda não é capaz de dizer o que nos reserva em 2024. Estar preparado com as habilidades técnicas e interpessoais necessárias será um fator decisivo para quem deseja ser a liderança do futuro, hoje ou não.
Fontes: Boston Consulting Group, Gartner.com, Forbes, Forbes Brasil e Valor Econômico.
Diretor de Estratégia na FSB Holding | Estrategista de Marcas | Reputação | Branding | Planejamento Criativo | Pai da Mavie e da Liv
11 mBom demais, Bru! Com tudo isso, como garantir a consistência da narrativa da marca que esse profissional (C-Level) lidera, né? Vai ser um ano daqueles.
Brand PR - Journalist - Corporate Communication at InPress Porter Novelli
11 mAdorei demais este artigo.